Thursday, January 20, 2011

HUMOR NA VELHA SÓVIA

Numa célula do PCUS comenta-se a ida de um kamarada à decadente Berlim ocidental. Dizia o viajante:

- O desemprego é chocante, camaradas, a todas as horas do dia e da noite montes de pessoas a passear, a ir aos cafés, parados a conversar, sem estarem nos seus postos de trabalho que, certamente, perderam, camaradas.

- E a pobreza? É incrível! É triste ver lojas e lojas e lojas cheias de produtos e nem uma bicha à porta de gente para se abastecer.

Comentam todos em côro:

- QUE DECADÊNCIA!!!

Wednesday, January 12, 2011

A CRISE E OS VALORES SEGUNDO BRANDÃO FERREIRA - TEXTO COMPLETO

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A pedido de várias famílias, aqui vos deixo o texto completo da crónica do tenente coronel reformado Brandão Ferreira, publicada ontem no Público, a quem dirijo a devida vénia.

Tuesday, January 11, 2011

A CRISE SEGUNDO BRANDÃO FERREIRA

Fantástico! Finalmente percebi, explicado em linguagem p'ra militar perceber, o porquê da crise em que Portugal (e arredores...) está mergulhado:

...por causa da falta de valores e da relativização dos mesmos.

Este antigo oficial piloto aviador é a coisinha mais esquisita que conheço. E comecei a "acompanhá-lo" há um monte de anos nos artigos que ele escrevia na revista da Liga dos Combatentes. Textos cheios de Honra, Pátria, Valores, Dever ... estão a ver o género?

Claro que tudo isso a tropa e tem aos montes...

E agora sai-se-me com esta! O homem é um colosso!!!

Tuesday, January 04, 2011

SÃO BOAVENTURA SOUSA SANTOS - GÉNIO DA PROVÍNCIA

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Boaventura Sousa Santos, "génio" da província, sociólogo de merito reconhecido, é portador de um discurso de homem satisfeito consigo próprio, pela evidência de que as mais diversas razões tiveram (e têm) o condão de convergir num efeito único: ele ter sempre razão.

Quer fale sobre sociologia, economia, política (da regional e da nacional...), alta (e baixa) finança, o homem (perdão, o Homem) tem sempre razão!

Não há nada a fazer...

Como dizia o jornalista que há dias assinava um artigo sobre aquele vulto do centro Coimbrão, Boaventura Sousa Santos faz as delícias de qualquer entrevistador, sempre com frases bombásticas, ideias fracturantes, alternando atitudes de puto endiabrado e reguila com a postura do intelectual esquerdino, grave e sério. Tudo, claro, do alto da magestade e imponência da Cátedra que lhe pertence, na mais antiga Universidade Portuguesa...

E mais não vos digo. Leiam o Pedro Lomba que diz mais e melhor do que eu diria sobre aquele a quem se refere como S. Boaventura.

Eu acrescentaria, virgem e mártir...

O POPULISMO, OS EXAGEROS E OS ENCOBRIMENTOS DO MALHEIROS

Cliquem na imagem para ampliar e ler (usem a lupa do cursor)

O Público de hoje trazia uma crónica do José Vitor Malheiros (jornalista?) que reproduzo na íntegra.

É um belo exercício de má língua e ocultação da verdade, a pretexto de dois acontecimentos que facilmente mobilizam a simpatia do público:

Um deles, é a ofensiva do Governo Húngaro contra a imprensa que publique inconveniências (inclusive sobre sexo, álcool e outros crimes lesivos da moral pública, do interesse público e da ordem pública...) ou que distorça a realidade ou a descreva de forma desequilibrada.mas também contra e de cromo aqui ao lado até que tem razão!

O outro é o caso da Ensitel contra uma cliente (a Ensitel mal aconselhada, a cliente, como é natural, com tudo o que são redes sociais a seu favor - além disso, tudo indica que tinha razão).

Ora o nosso Malheiros, aproveita o caso da Hungria para tecer considerações sobre as os direitos dos cidadãos europeus, sujeitos a todos os atropelos (sublinho o todos) a pretexto do combate à crise, e sobre as liberdades na União Europeia, sujeita a todos os atropelos (volto a sublinhar o todos) a coberto do combate ao terrorismo.

O Malheiros deve viver na Lua, ou em Marte, pois a situação de duplo atropelo de todas as liberdades e todos os direitos nem nas democracias mais musculadas se verificam (States, Israel, Rússia?) quanto mais na abúlica e blasée União Europeia...

No segundo caso, o homem confunde uma acção no tribunal (por muito inábil, idiota e contraproducente que seja e foi) com uma acção cavilosa e maldosa para "amordaçar e intimidar um cidadão apenas porque não gostava do que ele dizia".

O Malheiros limita-se a apanhar a onda das redes sociais para dar uma de grande libertário.

Oculta (propositadamente?) que o Centro de Arbitragem deliberou contra a consumidora limitando-se a dizer que o Centro "também não resolveu a questão"...

A cliente da Ensitel conta tudo no seu blog e não oculta o pormenor da deliberação do Centro de Arbitragem. Não se conformou com ela, mas não a escondeu, como o escriba do Público.

A Insitel podia estar muito mal aconselhada (pelos vistos já não está - retirou a queixa e emitiu pelo menos um comunicado conciliador) mas a verdade é que actuou via tribunal, depois de o Centro de Arbitragem lhe ter dado razão.

No seu direito, portanto.

Sunday, January 02, 2011

VIVA DILMA ROUSSEF, PRESIDENTA DO BRASIL

É com muito prazer que celebro a tomada de posse de Dilma Roussef, como primeiro post de 2011.
Depois de "termos" um presidente americano mulato (para os americanos ele é preto, mesmo), temos a gora a prenda que os brasileiros nos dão elegendo uma mulher para Presidenta da República. Escrevo presidenta para repisar o feminino no cargo!
Realmente, com todo o choradinho dos arautos da desgraça, que só vêem retrocesso, pobreza, assimetrias, etc, etc, faz-me bem (a mim e aos meus argumentos) ver que muito no mundo vai avançando no sentido certo, mesmo que dê uns passos atrás de tempos a tempos.
Viva o BRASIL!
Viva a Democracia!
Viva Dilma Roussef!!!

Friday, December 31, 2010

SOZINHOS NA PEDRA

O cromo aqui ao lado até que tem razão!

Que 2011 seja um ano de encontros e re-encontros!

Um bom ANO NOVO para todos os meus leitorzinhos.

Monday, December 27, 2010

INCRÍVEL - REEMBOLSO DE MULTAS!!!

Clique no texto (do Público de hoje) para ampliar e ler
Não sei se "lá fora" também se faz assim e estou-me borrifando. O sistema é merdoso, está errado!

Ora vejam:

Um político é multado por qualquer infracção cometida como responsável do partido - em eleições, por exemplo.

O partido paga a multa, essa "despesa" é contabilizada como "despesa corrente" nas contas do partido e vai influenciar a subvenção que o partido recebe no ano seguinte.

Por outras palavras: este ano pagas a multa mas "a gente" reembolsa-te p'ró ano e ficamos amigos como dantes.

Então a multa não deveria ser para castigar infracções e desincentivar infracções futuras? Deveria, mas cá é o contrário.

Pelos vistos... ou sou eu que estou a ver mal?

Thursday, December 23, 2010

MST SOBRE XICO LOPES - A FRASE ASSASSINA

Miguel Sousa Tavares não é propriamente uma pessoa que eu estime. Pessoalmente não o conheço, como figura pública considero-o ... enfim, para amenizar, um pateta emplumado, vaidosão e dono da verdade em tudo o que lhe cheire a causa de cidadania...

Mas na página que preenche no Expresso (o tipo tinha que ter mais que uma coluna, certo? Certo!), trazia hoje uma frase verdadeiramente assassina, visando o Xico Lopes. Quem? Pois, pois, antes também não tinha reparado nele.

A frase aqui vai:

Francisco Lopes (...) homem simpático que fisicamente faz lembrar Napoleão e intelectualmente Jerónimo de Sousa.

O máximo! Ri-me a bandeiras mal pregadas...

Saturday, December 18, 2010

MANEL ALEGRE E OS MERCADOS, ESSES MALANDROS

O candidato Manuel Alegre é daquelas pessoas que consideram que os mercados são assim a modos que uns tipos com a mania de lixar o parceiro, em particular Portugal, cuja economia atacam encarniçadamente.

Acha o poeta Alegre que os Estados têm que se unir para dizerem NÃO! aos mercados e obrigarem-nos a baixar os juros para valores "justos", deixando de especular para os fazer subir, subir, subir... por aí acima, para nosso mal. E, claro, o Presidente teria uma palavra a dizer nessa campanha...

O poeta não deve ter percebido que os tais mercados não são mais que um espaço virtual onde se encontram entidades, essas bem reais, para fazerem negócios, trocas, compras e vendas, empréstimos e por aí fora.

Claro que ninguém faz negócios com um tal Mr. Mercado. Compra-se e vende-se às entidades presentes no mercado e, naturalmente, também se fazem essas operações "fora do mercado", directamente de comprador a vendedor, tal como quando compramos o carro ao nosso vizinho.

Quanto ao mercado de capitais, era bom que o poeta Alegre percebesse que ninguém, nenhum Banco, nenhum "Mercado", nos obrigou a pedir dinheiro emprestado. Nós é que procurámos continuadamente quem nos emprestasse dinheiro, não só para investir no nosso desenvolvimento, mas também para comermos, vestirmos e vivermos acima das nossas posses.

Para azar nosso, muitos dos investimentos feitos pelo Estado (e não só) não tiveram o efeito que se esperava no desenvolvimento do País, nos mais diversos aspectos. Resultado, para pagarmos os juros da dívida acumulada e para continuarmos a "viver bem" temos que pedir mais dinheiro emprestado.

E aí, para que nos emprestem mais dinheiro, há duas condições que os potenciais emprestadores têm constatar que se verificam:

1ª - Que temos condições para pagar o que pretendemos que nos seja emprestado, com pequeno risco para quem nos põe o dinheiro na mão;

2ª - que o Estado é sólido e estável e que honra os seus compromissos;

Por outras palavras: que Portugal pode e quer pagar (nas condições acordadas e não noutras, claro).

O palavreado do poeta Alegre, se é negativo quanto à 1ª condição, levanta muito sérias dúvidas quanto à segunda: com Alegre no Poder não era de espantar que, de um momento para o outro, pregasse a suspensão do pagamento dos juros da dívida e pretender juros "justos", seja o que fôr que isto signifique, na cabeça tonta do candidato.

Ou seja, com Alegre, estaríamos feitos ao bife e quem estivesse na disposição de nos emprestar dinheiro não deixaria de puxar os juros o mais para cima possível. E com toda a razão!

Friday, December 10, 2010

WIKILEAKS - REVOLTA POPULAR, MY ASS!!!

A campanha do Assange contra os States conta, como era de esperar, com os apoios tradicionais tipo conselho mundial da paz...
E chamam-lhe revolta popular!

Wednesday, December 08, 2010

Assange molesta a senhora "A" 4 vezes?!

A primeira todos caímos; a segunda cai quem quer; a terceira e a quarta só quem e mesmo nhurro!!!
Detesto o Assange mas esta acusação sucks!!!

Tuesday, December 07, 2010

NINGUÉM DIGA DESTA ÁGUA NAO BEBEREI...

Um motor do B777-200ER da TAAG teve uma falha não contida e polvilhou Almada de destroços, antes de voltar a aterrar na Portela.

Acontece aos melhores; a Qantas e o seu A380 que o digam...

Sunday, December 05, 2010

ESTÁ NA BÍBLIA - HUMOR AO MEIO DIA

Vejam esta pérola que ainda não tinha passado aqui:

Saturday, December 04, 2010

BENJAMIN FRANKLIN NA PEDRA

Esta "boca" de Benjamin Franklin (saiba mais aqui), o cientista, o diplomata, o precursor da independência das colónias, para além do homem do pára-raios, como é mais conhecido, esta "boca", dizia eu, merece destaque e por isso a trago do Facebook para aqui:

SE COMPRARES AQUILO QUE NÃO CARECES, NÃO TARDARÁS A VENDER O QUE TE É NECESSÁRIO.

Sábias palavras, adequadas a todos os tempos mas particularmente a estes em que vivemos...

VICTOR HUGO NA PEDRA

EM TEMPO DE REVOLUÇÃO, CUIDADO COM A PRIMEIRA CABEÇA QUE ROLA.

ELA ABRE O APETITE DO POVO.

Bela frase, muito adequada aos tempos em que o escritor viveu - nasceu treze anos depois da revolução francesa.

Contudo, os ensinamentos do século XX apontam noutro sentido: o apetite pelo corte de cabeças de adversários (inimigos...) políticos é particularmente notório nos intelectuais "revolucionários" que se consideram, a si próprios e ao seu grupo, detentores de toda a Razão e de toda a Verdade.

O povão vai atrás, quando vai...

Wednesday, December 01, 2010

O JOVEM CHURCHILL E A ÁFRICA

Comprei há pouco e estou a ler um pequeno livro de Winston Churchill escrito em 1908 a seguir a uma viagem que empreendeu pelo continente Africano, em particular pela África Oriental inglesa.

O livro tem, pois, mais de cem anos e foi escrito antes do seu autor se ter tornado mundialmente conhecido pela sua participação na Grande Guerra, como 1º Lorde do Almirantado, de, mais tarde, ter sido um dos heróis da 2ª guerra mundial, como 1º Ministro da Inglaterra, e de ter ganho o Nobel da Literatura.

O autor já tinha, contudo, ganho fama e conhecimentos da realidade africana ao ter estado como correspondente de guerra, participante e aventureiro na guerra dos bóeres, na África do Sul, a que ele se refere várias vezes neste livro.

Para além de descrever caçadas, paisagens e gentes (colonos, indianos e "aborígenes") o autor tece considerações sobre a evolução da África Oriental, então uma realidade recente no Império Britânico, em particular sobre o papel que poderiam ter nessa evolução os brancos e indianos, colonos e emigrantes protegidos como súbditos do Império Britânico.

Como branco nascido no fim do século XIX, não duvida nem por um instante de que a Europa tem as mais belas paisagens do mundo (para além de tudo o mais em que se manifesta a superioridade europeia...).

Este pecadilho revela-se com a comparação que faz entre as paisagens da África Oriental, que descreve com pormenor e sensibilidade, e as de outras paragens, considerando que podem superar as da África do Sul e da Índia. Mais, considera-as tão belas que até se podem comparar às dos mais belos países da Europa...

Winston Churchill tem a grande vantagem, para nós, que o lemos cem anos depois destes escritos, de poder pensar sobre o Império, os Protectorados, os colonos, os indianos e os "aborígenes" com objectividade e todo o distanciamento que lhe permite o facto de não precisar minimamente de África ou da Índia para enriquecer. Não é, pois, um colono a falar da evolução de uma terra longínqua, então protectorado, futura colónia - eventual terra de brancos.

O Protectorado Britânico da África Oriental estava, então, ainda hesitante entre continuar a "proteger" os reinos locais e evoluir para uma ou mais colónias.

No primeiro caso, prevaleceriam os interesses dos reinos locais, com a coroa Britânica a gerir os conflitos, a administrar a justiça do homem branco e a manter a ordem; no segundo, prevaleceriam os interesses dos colonos.

Churchill parece não gostar nada desta segunda hipótese, com milhares de colonos a devassarem os territórios, pondo tudo, recursos e população, ao serviço da sua sede de riqueza imediata.

Tudo isto é um bocado teórico, mas não deixa de ser interessante acompanhar os debates a que os europeus se dedicavam, teorizando sobre uma realidade que, já naquela altura, parecia fadada a evoluir para o estatuto de colónia, com os interessas dos brancos a prevalecer sobre os dos colonizados, mão de obra barata mas que tinha que ser "disciplinada" por ser composta por malta mais dada ao relaxe que ao trabalho... Afinal "o branco (...) não saíu do seu país para realizar tarefas duras" que serão "as funções do negro".

O jovem Churchill reflete ainda sobre o papel dos indianos na colonização da África Oriental, como comerciantes e como soldados, nomeadamente no direito dos países colocarem barreiras ou limitarem a imigração de pessoas de determinadas raças tidas por indesejáveis.

Refere com algum exagero a capacidade dos indianos para desempenharem a maioria das tarefas com maior sucesso que os brancos e, sobre os "aborígenes" pretos, refere a sua capacidade para aprender e para desempenhar tarefas mais ou menos complexas, se bem que no exército de Sua Magestade o seu papel se resumisse ao de praças.

Dou-vos algumas amostras para aguçar o apetite para um livro muito, muito interessante para quem se interessa pela história da colonização, em particular de África.

Essa história, nunca é demais dizê-lo, ainda está por escrever.

OS PRESIDENTES E A CRISE

Como não podia deixar de ser, a presente crise (veja sobre as crises aqui) tem dado pano para mangas no que toca a acusações entre as (várias) esquerdas e as (várias) direitas, com acusações mútuas sobre a paternidade da mesma.

A acusação mais louca vem do Poeta Alegre (não confunda com Pateta Alegre...) que diz que Cavaco, como Presidente tem uma grande responsabilidade na crise. Como Presidente?! Que poderes julga o Pateta Alegre (perdão, o Poeta Alegre) que o Presidente tem?

Está marado, só pode!

Bem, está marado, mas tem alguma razão no potencial de influência que um Presidente pode ter no eclodir de uma crise como a presente.

Recordam-se quando a Ferreira Leite era ministra das Finanças e começou a campanha pelo rigor das contas, pela diminuição do deficit e da dívida pública? Recordam-se?

Nesse tempo as vacas ainda não estava de pele e osso e o PS ainda recordava com saudade o tempo das mãos largas do governo do Guterres. O que, segundo eles, fazia sentido era investir no social, na cultura e no desenvolvimento deixando o deficit crescer dentro de limites razoáveis. Afinal estávamos no Euro, nada de mal nos podia acontecer...

E foi então que o estafermo do Sampaio pariu a sua frase lapidar, única coisa que ficou dos seus dez anos de presidência:

Há mais vida para além do deficit!

Frase assassina, verdadeiro frete feito ao seu PS, que a aproveitou para mostrar aos cidadãos que o governo tinha como único objectivo reduzir o deficit, deixando para segundo plano o desenvolvimento, o social, a kultura.

Realmente, com posições destas, não é de espantar que ao fim de uns anos a dívida tenha chegado onde chegou e o país, em crise permanente, se tenha visto sem preparação para fazer face à crise vinda de fora.

E eu votei naquele sacana, em 1996, por não gostar do Cavaco.

Erro que não voltei nem voltarei a cometer.

Safa!

O CAVACO NÃO DÁ ABÉBIAS!

Se bem que as sondagens não sejam concordantes nas pontuações, como se vê nestas duas que no passado fim de semana eram publicadas pelo Expresso (a de cima) e pelo Píblico (a do lado), a verdade é que o posicionamento relativo dos candidatos é unânime e que a evolução dos ditos também.

Todas indicam que Cavaco está bem encaminhado para limpar logo na primeira volta e que é o único candidato a subir de forma constante. Sobre ele, como meu candidato (ai de mim...) vai um post à parte.

O Chico Lopes lá vai mantendo a mesma percentagem de intenções de voto, ligadas, certamente, ao núcleo duro (calhau...) dos eleitores fiéis ao Partido.

O Nobre Bonzinho lá vai perdendo o ímpeto inicial: estas coisas cansam, não têm o interesse, a variedade e a cobertura benévola e gratuita das campanhas para dar de comer e dar injecções aos pobrezinhos d'aquem e d'alem mar... um gajo chateia-se, caramba!

O marado do Manel Alegre lá continua a papaguear as tretas do costume, daquilo que ele acha ser de esquerda, da verdadeira esquerda, o que quer que isso seja. Agora, acha que o Cavaco tem imensa responsabilidade na presente crise, não só pelos 10 anos como primeiro ministro mas (pasmem!) principalmente pelos cinco como Presidente. O gajo não bate bem, não haja dúvida...

E pronto! ... ah, desculpem-me, falta-me falar do Defensor Moura, o médico pachola do meu batalhão.

Realmente não há nada que dizer: saído do anonimato com o desvario de querer demolir o melhor (por acaso também o mais alto...) prédio de Viana (veja aqui), a ele vai voltar, fatalmente, depois de finda a 1ª volta das eleições.

Sorry Doc!

Thursday, November 18, 2010

OBVIAMENTE, EXECUTADO. BEM FEITO!

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Talvez se lembrem de um tipo já com idade de ter juízo que se associou a um puto (17 aninhos quando foi preso) para a seguinte tarefa:

O cabrão que a foto mostra ia no porta bagagem do carro conduzido pelo puto; o porta bagagem tinha um furinho por onde o cabrão disparava sobre os transeuntes (matou 13 pessoas) num plano arquitectado para obter determinadas vantagens de cariz terrorista e/ou religioso...

Foram ambos apanhados e o cabrão foi condenado à morte, God save the States!!!

Foi executado na passada semana, mais uma vez God save the States!!!

Olhando para a foto, muitas santas almas dirão:

- Coitado do homem, tem um ar tão triste! Ainda or cima, afro-americano (as santas almas têm receio de serem tomadas por racistas se disserem "um preto") nos States, deve ser uma vítima daquela horrível sociedade. Criaram um desajustado e agora matam-no para se livrarem de responsabilidades!

Gente santa, gentinha, gente de merda!

Incapazes de aceitar a responsabilidade de votar pela morte de um tipo que não presta, não respeita a vida alheia e mata pessoas...

Monday, November 15, 2010

REVISTA PLAYBOY NO SÉCULO XIX

Vejam só o que fui desencantar num baú que (ao que me dizem) veio do sótão de um antepassado meu.

Se querem ver o que ele apreciava, é só clicar aqui .

Use o cursor para folhear a revista - as páginas não passam se não o fizer.

Sunday, November 14, 2010

AINDA O EDIFÍCIO COUTINHO - A TEIMOSIA DE SÓCRATES E DEFENSOR MOURA

Clique na imagem para ampliar (use a lupa do cursor) e ler

Lembram-se desta estória que começou há mais de uma década, em que uns senhores convencidos da superioridade da sua estética e da sua visão da cidade (?!) empenharam-se em correr com os locatários (e proprietários das suas fracções) de um prédio para o deitarem abaixo.

Porquê?

Poque não se encaixava na sua "visão" do que deveria ser a requalificação da baixa de Viana do Castelo.

Só por isso?!

Claro que não, há outra razão: havia dinheiro para esbanjar, dinheiro que, obviamente, não pertencia a tão importantes decisores - pertencia (e pertence) a nós todos, comunidade organizada em Estado, plantada no extremo poente da península Ibérica e tão mal gerida, muitas vezes connosco a olhar para o outro lado...

Leiam o texto que aqui vos deixo (tirado do Expresso de ontem), clicando sobre ele para ampliar, e leiam mais clicando aqui e acoli .

Saturday, November 13, 2010

HUMOR ÀS SEIS DA MATINA

Um galo descobre a infidelidade da galinha e fica furioso! Começa a partir o galinheiro todo incluindo os ovos!

Só que lá no meio havia um 1 ovo de barro...

O galo completamente fora de si grita para a galinha:

- Ah minha grande puta! Nem o galo de Barcelos te escapou!

O FUTURO DA CRIANÇA

Do meu amigo João (não sei onde ele descola estas...), procurando em e-mails já com um par de meses, fui sacar esta, que acho muito boa.

Right?

Friday, November 12, 2010

EDITORIAL - JORNAL APOIAR Nº 66

Para ler o jornal completo, clique aqui.

EDITORIAL

Este número do APOIAR é distribuído em plena crise do não Orçamento para 2011.

A qual é uma sub-crise da crise em que Portugal está mergulhado vai para mais de um ano (upa, upa, dirá o leitor, upa, upa!).

A qual, por sua vez, se desenvolve dentro da crise mais geral (por via da bendita globalização...) inicialmente chamada do sub-prime.

Esta, por seu turno, processa-se dentro do que muito boa gente diz ser uma das crises cíclicas do capitalismo que, segundo alguns teóricos, já o deveria ter levado ao seu fim.

No meio disto tudo, senhores muito competentes e bem preparados, uns no Governo outros nas oposições, trabalham arduamente para nos salvar (a nós e à Pátria, dizem).

A bem dizer já nos andam a tentar salvar desde meados do século XIX e, que se tenha visto, só o Botas de Santa Comba conseguiu que o país vivesse com o que tinha durante um laaaargo período. Vivia pobrezinho, limpinho, temente a Deus e à Nossa Senhora de Fátima, servidor atento e obrigado aos chefes e chefinhos (as várias polícias lá estavam para o manter na linhaça...), mas, a verdade é que o Banco de Portugal foi enchendo os cofres (com dinheiro, em vez de, como de costume, se encher de notas de empréstimo, sempre a crescer), foi enchendo, enchendo, enchendo, para os ditos se esvaziarem com estrondo nos primeiros tempos do pós 25 de Abril.

O desgoverno de quem nos governa já vem de muito longe e o mal que o País é governado só é comparável com o bem que essa gente se tem governado.

O nosso povão, mais espertalhão que esperto, topa-os muito bem e justifica a sua governação com o simples ditado “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte é tolo ou não tem arte”. Eles têm-na...

E assim vamos vivendo em pleno século XXI governados por um sistema que pode garantir montes de liberdades (podemos chamar cabrão, chulo e ladrão a qualquer ministro ou ao primeiro deles, que ninguém nos vem à mão; ganda liberdade, pá!!!) mas não nos garante o governo sábio e competente da coisa pública. Desde logo porque o sistema é desenhado de modo a garantir sempre a existência de duas entidades antagónicas, o Governo e a Oposição, que, imediatamente a seguir à tomada de posse do Governo, entram em confronto: este, tentando governar; aquela tentando por todos meios minar a acção do Governo.

A Oposição é, pela sua natureza multifacetada, composta por vários partidos, logo não é una na sua acção. Só que, para nosso mal, toda a Oposição converge num ponto: minar a acção do Governo. Aí é o povão francês que explica a coisa: “... quando se trata de malhar nos chuis, todo o mundo se reconcilia”. Neste caso é no Governo, mas ideia é a mesma.

A ver vamos no que isto dá mas, como dizia um amigo meu não há muito tempo: parece-me que a coisa não vai correr bem...

No meio de tanta austeridade, tanto corte, tanta redução nos subsídios, pensões, salários, etc, etc, é de esperar que sejam (como sempre!) os mais vulneráveis, os pobres, os desempregados, os pensionistas, os reformados, os velhos, os deficientes, os doentes que mais vão sofrer com a crise. Ora os ex-combatentes encontram-se distribuídos por estes grupos e vão ser dos mais afectados por mais esta crise.

Não acredito nos efeitos benéficos de uma greve geral, efeitos que, sobre uma economia débil e em crise, são sempre mais negativos que positivos. Mas, estando o Governo e parte da Oposição manifestamente a mostrar uma grande insensibilidade para com os mais vulneráveis e uma grande relutância em cortar nas despesas supérfluas e sumptuárias, confesso, caros leitores, que cada vez me parece mais que uma grevezinha geral contribuirá para mostrar a quem nos governa que tem que virar a tesoura dos cortes para outro lado.

Quem tem que pensar no equilíbrio das contas públicas e na preservação do sistema financeiro não o deve fazer à custa de quem, por força das circunstâncias, viveu uma vida inteira a equilibrar orçamentos domésticos escassos e, mesmo assim, muitas vezes, conseguiu comprar uma casa, um carrito e pôr os filhos na Universidade.

O Ministro das Finanças teria muito a aprender com esses portugueses se tivesse humildade para tanto...

Marques Correia

Thursday, November 11, 2010

OS MACCANN NAO DESCURAM A SUA DEFESA

A advogada portuguesa dos MacCann anunciou que vai interpor recurso da sentença que determinou o levantamento do embargo à venda do livro de Gonçalo Amaral sobre o sumiço de Madeleine MacCann.

Os argumentos da advogada são, no mínimo, risíveis:

1. Gonçalo Amaral queria ganhar dinheiro com o livro;

2. Queria aumentar o sofrimento dos MacCann;

3. Queria prejudicar a investigação.

A advogada estará bêbeda?! Que é isto?!

A verdade é que que quem publica um livro tem como objectivo (um deles, pelo menos) vendê-lo e fazer dinheiro. É perfeitamente legítimo. Os Maccann, aliás, fartaram-se com fazer dinheiro à custa da mesmíssima notoriedade do caso.

Gonçalo Amaral queria aumentar o sofrimento dos MacCann?! O que ele faz no livro (ao longo de todo o livro) é demonstrar que uma das hipóteses a ser investigada era (e é) a morte da miúda e ocultação do cadáver pelos pais. Sucede em muitos casos deste tipo e, tendo falhado até agora as demais hipóteses, nomeadamente a do rapto, impunha-se que a investigação tivesse seguido a via da morte (acidental?) seguida de ocultação do corpo.

Com o livro, Gonçalo Amaral pretende prejudicar a investigação? Pelo contrário! Pretende que a investigação não seja amputada, como foi, de uma hipótese que, em muitos casos, conduz à solução da investigação. De facto, os MacCann têm usado todos os meios ao seu alcance para impedir que a sua possível participação no sumiço da filha seja investigado, prejudicando, eles sim, a investigação.

Quem não deve não teme!

Os MacCann têm usado para sua defesa pessoal uma boa parte dos fundos consideráveis que o público, sensibilizado com a sua exibida dor, lhes entregou para custear a investigação.

A situação é particularmente chata quando se sabe (estava na net, no youtube e não só) que os dois cães vindos de Inglaterra para cheirarem sangue, um, e cadáver, o outro, encontraram intenso cheiro a sangue no quarto da miúda e a cadáver no carro usado pelos MacCann. Investigar o possível papel dos pais no sumiço da filha era (e é) uma parte indispensável da investigação.

O que temem os MacCann?

Os MacCann pretendem agora que a investigação seja reaberta, mas apenas para procurar a miúda (veja aqui ), não querem que seja investigada a sua possível participação no caso.

Quantos bandidos se teriam safo se tivessem tido tanto dinheiro (como os MacCann têm, dado pelo público...) para evitarem que o seu papel fosse investigado? Quantos?

NUNO CARDOSO PREJUDICA A C.M.PORTO E SAI ILIBADO...

Palavras para quê?

Assim se vê a força do F.C.Pê...

Friday, November 05, 2010

DIFERENÇA ENTRE UM HELICÓPTERO E UM AVIÃO

Sabem qual é a diferença entre um helicóptero e um avião (segundo o meu amigo António Almeida)?

Pensem bem... olhem para o helicóptero, à esquerda.

Olhem para o aviãozinho, à direita.

Então, que vos parece?

Acha que um avião conseguia o efeito sobre os passageiros que a foto seguinte ilustra?

Eheheheheheheheh!

VAO FAZER CONTROLO PARA A "COISA" DA MAE DO LUIS HORTA

Para quem não saiba a quem se referia o Queiroz, aqui vos deixo a chipala do mocinho...

POR ISTO E QUE FALTA SEMPRE DINHEIRO PARA OBRAS E EVENTOS!!!

Era bom saber-se:
- quanto era o anterior salário deste bando de chupistas;
- qual a percentagem do "peso" da administração no orçamento da Capital da Cultura;
- quais os subsídios de reintegração que estes chupistas vao chupar no fim desta "comissão de serviço";
- etc...

Wednesday, November 03, 2010

A TIA AMPARO...

Esta é muito mazinha, foi-me enviada por um colega que descobre estas coisas sabe-se lá onde. Divirtam-se!

A Tia Amparo era uma mulher de 93 anos que estava particularmente afectada pela morte recente do seu marido.

Ela decidiu suicidar-se e juntar-se a ele no Além.

Pensando que o melhor para ela seria acabar rápido com o assunto, foi buscar a velha pistola do exército que pertencera ao seu marido e tomou a decisão de disparar um tiro no coração, já que estava destroçada pela dor da sua perda.

Não querendo falhar o tiro num órgão vital e tornar-se num vegetal e num fardo para os seus familiares, telefonou ao seu médico de família para lhe perguntar onde ficava exactamente o seu coração.

O médico respondeu-lhe:

- "Dona Amparo, que pergunta?!... O seu coração está exactamente debaixo do seu seio esquerdo" .

...e foi assim que a querida tia Amparo deu cabo do joelho!!!

Monday, November 01, 2010

GRACIA NASI - AS PERSEGUIÇÕES AOS CRISTÃOS NOVOS NA ADMIRÁVEL EUROPA CRISTÃ

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Este fim de semana prolongado, retirado em Lagos, deu-me oportunidade de avançar muito na leitura do último livro da Ester Mucznic.

Além de ser uma dar colunistas (do Público) que raras vezes perco e que leio quase sempre com gosto, deve ter sido (ela e a Filomena Mónica...) uma verdadeira brasa, na sua juventude. O que nunca é despiciendo e por isso aqui refiro.

Neste livro, Ester Mucznic traça a rota de uma senhora judia, nascida numa família de cristãos novos (eram judeus expulsos de Espanha pelos reis católicos e convertidos à força por obra e graça do Senhor D. Manuel I) desde a sua Lisboa natal até Istanbul onde, naquele reino muçulmano, pôde finalmente assumir-se como judia e praticar a sua religião.

Mas não foram apenas os reinos peninsulares que perseguiram os judeus: a rota da Senhora foi marcada por sucessivas perseguições e expulsões de Antuérpia, Veneza e Ferrara, sempre com a inquisição à perna em conluio com os monarcas, que cobiçavam a sua imensa fortuna e ambicionavam o seu confisco.

O livro é muito instrutivo em particular para quem pensa que o Hitler foi um caso isolado e atípico na convivência entre cristãos e judeus. Pode ter sido o mais violento e drástico (os meios de que dispunha eram outros...) mas o papel da Igreja na perseguição aos judeus foi muito mais antiga, duradoura, persistente e encarniçada do que a do sombrio cabo austríaco. A matança de Lisboa, atiçada pela padralhada, é disso um exemplo eloquente.

Sintomático foi o acolhimento e apoio dado pelo Império Otomano a judeus e cristãos novos, o que foi praticamente norma nas relações entre judeus e muçulmanos durante séculos até a questão palestina fazer azedar essas relações.

Leiam que vale a pena.