Thursday, March 31, 2011

HUGO CHAVEZ RECEBEU PRÉMIO ARGENTINO PELA LIBERDADE DE IMPRENSA

Não é gozo!

Uma universidade argentina premiou o Chavez pela excelência da liberdade de imprensa na Venezuela, o qual, ao receber a distinção, bolsou alarvemente um

"que viva el pensamiento libre, fuera de la hegemonia, coño!".

Assim vai a América Latrina...

NOTA: a tradução para castellano é minha e o coño é um acrescento da minha lavra...

Wednesday, March 30, 2011

O FIM DE UM MENTIROSO, ALDRABÃO E CARA DE PAU - UM ARTISTA...

No Público de hoje José Victor Malheiros massacra Sócrates de forma implacável, com a amargura de quem se sente traído nos seus ideais esquerdalhos por um político cheio de arte e determinação que, pouco a pouco se foi enterrando na sua teia de mentiras e embuste.

Victor Malheiros não reconhece em Sócrates quaisquer méritos pessoais que lhe permitam uma situação profissional, uma sinecura que lhe confira alguma segurança no abandono do Poder.

Não: a última chance de "vida" para Sócrates é a política. E ela parece estar a chegar ao fim.

O massacre termina com:

"... em plena fase de candidaturas (...) vamos descobrir que, numa gruta sob o largo do Rato, existem homens (...) capazes de liderar o partido (...) competentes, dinâmicos (...) honestos, com consciência social (...). O que é pena é que tenham passado todos estes anos a jogar às cartas."

Leia o texto completo clicando nele para ampliar.

Tuesday, March 29, 2011

GUERRA "LEGAL" GUERRA DE MERDA

Será que a seguir ao derrube (ainda estou para ver...) do Kadafi a gloriosa coligação benzida e ungida pelo Conselho de Segurança da ONU vai atirar-se a seguir ao Querido Líder, ao Gbagbo, ao tipo da Belarus, o facínora Lukashenko, aos generais de Myanmar?

Huuuuummmmm, suspeito que os grandes princípios, o evitar que um ditador reprima a tiro o "seu povo" é cantiga para boi dormir, treta mesmo, como dizem os nossos irmãos brazukas!

Ainda por cima o Querido Líder não tem petróleo, aquilo é só pedras mesmo... nem arroz em condições medra naquela terra.

Confesso que prefiro o Bush - com ele, ao menos, no bullshit...

Sunday, March 27, 2011

Maricas do padre...

VIAGEM INAUGURAL LUANDA-MALANGE

Estava perfeitamente convencido que tinha publicasdo este post. Afinal, revendo a matéria dada, apercebi-me que estava "guardado" sem ser finalizado.

Aí vai.

É um regalo ver Angola a recomeçar a funcionar.

Finda a guerra civil (com a morte matada do pilantra Savimbi) o País reconstrói-se dia a dia e lá virá o tempo em que as multidões que pululam nos muceques de Luanda voltarão para a "província", atraídos por empregos e melhores condições de vida.

Precisamente o que buscaram em Luanda durante a guerra civil e depois dela, fazendo do "esquema" o modo de vida, uma espécie de desenrascanço nacional.

Vejam a re-inauguração da linha de caminho de ferro Luanda Malange, praticamente imobilizada depois a independência.

A carruagem ao lado faz inveja aos nossos intercidades...

Material circulante novo, estações novas ou renovadas, um mimo!

Ontem foi 4 de Fevereiro, início da luta armada para correr com os colonos.

Hoje é um belo dia para este post.

Vejam o resto da reportagem no portal da Angop, cliquem aqui

RECORDANDO RENATO CAROSONE

Ontem a rádio trouxe-me à memória o quarteto de Renato Carosone que aí pelos anos 50 lançou uma canção que há pouco foi aproveitada pela publicidade a um banco (salvo erro): o Tu vuo fa l'americano.

Deixo-vos dois links (é só clicar no nome), um para a referida canção outro para o Torero, também famosa na época.

O Tu vuo fa l'americano foi também "usado" no filme O Talentoso Mr Ripley (Matt Damon e Jude Law) que também aqui fica.

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Tuesday, March 08, 2011

HOMENAGEM A MILLOR FERNANDES, UM TIPO DO ª*?(&%"#+º»

Quem leu a revista "O Cruzeiro", para além do Amigo da Onça lembra-se certamente das crónicas do Millor Fernandes. Ainda é vivo e recomenda-se.

Veja mais sobre ele, clicando aqui e acoli.

Deixo-lhe a crónica FODA-SE!, um verdadeiro ensaio sobre o bem que nos faz largar um palavrão na hora e na circunstância certa.

Divirta-se e... aprenda!

Foda-se

Por Millor Fernandes (adaptado)

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela diz.

Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?

O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor.

Reorganiza as coisas. Liberta-me.

"Não quer sair comigo?! - então, foda-se!"

"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então, foda-se!"

O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição. Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.

"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"?

"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão matemática.

A Via Láctea tem estrelas comó caralho!

O Sol está quente comó caralho!

O universo é antigo comó caralho!

Eu gosto do meu clube comó caralho!

O gajo é parvo comó caralho!

Entendes?

No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".

Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem.

O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto.

Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida.

Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência. Solta logo um definitivo:

"Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!".

O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)

Há outros palavrões igualmente clássicos.

Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba.

Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito assim, põe-te outra vez nos eixos.

Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.

E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"?

Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta:

"Chega! Vai levar no olho do cu!"?

Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima. Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".

Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?

Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"

Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!”

Então:

Liberdade,

Igualdade,

Fraternidade

e

foda-se!!!

Mas não desespere:

Este país … ainda vai ser “um país do caralho!

Atente no que lhe digo!

MANEL ALEGRE - O POETA

Acabadas as eleições presidenciais, as segundas em que o Manel Alegre saíu da sua hibernação de décadas na Asssembleia da República (uma espécie de Alegrossáurio do Jurássico Superior) para nos tentar vender a sua versão dos verdadeiros valores de Abril e da esquerda, esperao que o homem se deixe de tentar brilhar onde é um zero à esquerda e volte àquilo em que é bom: a poesia.

Deixo-vos aqui um poema musicado pelo Luís Cíla, cantado pelo Adriano.

A melodia não é a que prefiro, a captação está merdosa, mas não encontrei a Canção Terceira cantada por Luís Cília, na versão do seu LP Portugal - Angola Canções da Luta.

Mas do mal, o menos...

Cliquem aqui Cançao Terceira

Quando desembarcarmos no Rossio canção

Vão dizer que a rua não é um rio

Vão apresar o teu navio

Carregado de vento carregado de pão

Dirão que trazes tempestades

Dirão que vens de espada em riste

Dirão que foi sangue o vinho que pediste

Quando desembarcarmos no Rossio

Vão vestir-te com grades

Que é um vestido para todas as idades

Na pátria dos poetas em Rossio triste

Virão em busca do teu sonho e do teu pão

E vão exigir a nossa rendição

Mas eu canção

Eu gritarei de pé no teu navio

Não!

Monday, March 07, 2011

OUTRA VEZ OSCAR WILDE

Se eu tivesse um ídolo, este tipo era o principal candidato.

Um espírito absolutamente ímpar.

Claro que acabou mal ...

Sunday, March 06, 2011

O ASILO DE SÃO LUÍS DOS FRANCESES

Quando o médico me disse que operava na clínica de São Luis, no Bairro Alto, não tinha a mínima ideia de que clínica se tratava.

A internet esclareceu um pouco, mas pouco mais: tratava-se do Hospital de Saint Louis, na rua Luz Soriano, coordenadas para o GPS, mapa e... mais nada.

Também conhecido por hospital Francês, trata-se de uma unidade de saúde, mais clínica que propriamente hospital, encravada no coração do Bairro Alto, com acessos difíceis, ruas estreitinhas...

O edifício em que está instalada é muito antigo (não encontrei a data em lado nenhum, no Brasil ainda havia uma imperatriz...), adaptado aos requisitos de um hospital modernos, com bloco operatório, UCI, etc.

Os quartos do bloco original do edifício estão numa zona que se desenvolve em torno de um jardim, com claustros fechados (em caixilharia de alumínio lacado, que o frio aperta...) com paredes revestidas a azulejos antigos, com painéis de santos (um deles com uma ponta coberta por uma calha técnica...).

Um dos painéis tem a assinatura da casa Viúva Lamego, mas não é claro que os restantes tenham a mesma orígem.

Andei pela net a ver se havia mais sobre o edifício ou sobre o Asyle de Saint Louis des Français, mas não encontrei nada...

Se encontrar, dou mais detalhes.

Friday, March 04, 2011

A MALTA PÓS 25 DE ABRIL

Clique para ampliar e ler

Leiam este artigo do Vasco Pulido Valente, sob a forma de carta de um moço nascido depois do 25 de Abril, dirigida ao sr Dr Mário Soares.

Muito naturalmente, as patacoadas do Marocas de que foi o "anti Salazar" não lhes dizem rigorosamente nada, como nada lhes dizem as grandes preocupações do PC com o "aumento da precaridade" ou as filosofias do Pateta Alegre de que a Liberdade está em perigo (estava, se o Cavaco ganhasse as eleições...).

Para eles, o Salazar é uma figura tão longínqua como o Afonso Costa é para nós, a Liberdade é um dado adquirido e a precaridade é a norma no mercado de trabalho (problema é não ter trabalho).

Parece que o Mário Soares está preocupado que a malta que se vai manifestar na avenida da Liberdade no dia 12 de Março esteja desejosa do advento de um Chefe ou coisa parecida.

Coitado, não percebe nada do que se passa no nosso tempo...