Thursday, December 27, 2007

E vai uma...

Os bandos de atrasados mentais que acreditam no mito das 64 (ou serão 200?) virgens aguardando-os no Paraíso, depois do martírio, continuam a sua criminosa actividade.

Desta vez foi a Benazir, uma mulher que teve a audácia de "vestir calças" num país em que os tais merdosos têm uma sólida base nas milhentas madrasas piolhosas onde os madrasos cultivam a arte de não fazer nada em nome do Allah.

Quem os coisasse a todos...

Wednesday, November 21, 2007

Sai 200 chibatadas para a violada do canto!!!

Esta nem no Irão do Ayatola Komeini, só mesmo na Arábia Saudita.

Aquele bando de cabrões, padralhada ignara e enfatuada, juízes papa hóstias e lúbricos, condenou uma rapariga violada por sete mânfios a 3 meses de choldra mais 100 chibatadas.

Cada um dos ditos mânfios serviu-se dela, em média, duas vezes (a acusação refere-se a 14 violações) o que lhes valeu entre 1 e 2 anos de prisão. Tadinhos...

Como a rapariga não se ficou, fez estardalhaço e recorreu, os rapagões levaram um pouco mais, entre 2 e 3 anos de prisão.

A malandra da rapariga, por ter tentado influenciar os sereníssimos juízes corânicos (a tal padralhada lúbrica e ignara) com a pressão dos media ocidentais, passou de 100 para 200 chibatadas e 6 meses de prisão.

Perguntarão os meus saudosos leitorzinhos:

- Afinal, qual foi o crime da rapariga? Ser violada é crime?!

- É verdade, responde, pressuroso, o je; faltou dizer isso: a marota estava num carro com um homem que (imaginem!) nem era da família dela (só os dois, vejam lá!!!), quando os brincalhões a abordaram e levaram para local apropriado à função que pretendiam desempenhar e que ela desempenhasse.

Só isso?! Só isso! As brigadas de Repressão do Vício e Promoção da Virtude, que zelam pela pureza dos ares e dos lares naquelas terras duplamente santas, estavam atentas (consta que não dormem!) e não se deixaram enganar, fazendo vista grossa de tão grosseira violation dos bons costumes, só por a rapariga ter sido violada.

Afinal, estava a pedi-las, não era?!

......................

PS: Sua Magestade Sereníssima, a rainha de Inglaterra (e o Papa também...) recebeu e tomou chá com o rei Abdallah da Arábia Saudita (um homem moderno e muito ocidental, dizem), mas o governo Inglês faz um grande estardalhaço por o octogenário, decrépito, racista e putanheiro do Mugabe vir a Portugal à conferência Europa - África.

A política é uma coisa muuuuuuuuiiiiiiiiiiito difícil...

Estariam bêbados?!

Ontem ao fim da tarde apercebi-me de umas cantorias na rua da empresa onde trabalho, em frente à Força Aérea, no Figo Maduro.

Disseram-me que era uma manif por causa da chegada iminente do Hugo Chavez, de visita ao colega e compagnon de route Sócrates, a convite deste.

Imaginei um monte de malta pronta para gozar com o pateta, com palavras de ordem em que o Por qué no te callas?! não deixaria de ter presença marcante.

Fui lá baixo ver e deparo-me com uns cinquenta infelizes sessentões, de ar vagamente intelectual à la gauche, entoando disparates no género de

Chavez, amigo, o povo está contigo!

e

Democracia, sim! Ditadura, não!

A que propósito? Estariam bêbados?!

Que coisa esquisita...

PS: parece que aqui há uns dias, os mesmos cinquenta andaram a comemorar (?!) os 90 anos da defunta revolução de Outubro...

Saturday, October 27, 2007

Carta de candidatura

Esta carta de candidatura (a um cargo que nada tinha que ver com desporto) chegou-me por mão amiga, sabedoura da minha fixação no insólito & fantástico.

Leiam, e não percam o fôlego:

"Carta

O meu nome é XXXXXXXXXXXXXX sou uma pessoa de personalidade muito forte, e ao tornar-me presidente da direcção de um clube complementei-me a nível pessoal nomeadamente conseguindo um espírito de liderança sabendo colocar uma equipa a trabalhar em sintonia, aprender o que é que as outras pessoas estão a pensar com respeito a necessidades, conseguir organizar as tarefas e dar resposta a tudo o necessario gerindo o tempo, conseguir manter a postura quer estejam a falar mal de mim quer bem e falar com essas pessoas conseguindo demonstrar o nosso ponto de vista e reconhecer o ponto de vista deles e conseguir levar as pessoas para o ponto que penso ser o correcto, saber ouvir as pessoas e saber dar uma resposta pensada e pronta às pessoas, gosto de trabalhar em sítios onde ao longo do tempo vá havendo uma evolução positiva das coisas construindo pedra sobre pedra para obter uma estrutura bastante sólida mas estando sempre com a mente muito aberta a novas ideias, considero uma grande falta de respeito o atraso sendo ainda mais grave o não avisar.

Ao ser treinador de ténis de mesa também me permitiu construir uma equipa à qual prefiro chamar de familia na qual me permitiu ter uma relação mais próxima das pessoas (que no lugar de presidente da direcção não deveria ter), onde aparecia problemas de ordem psicológica dos atletas com idades entre os 13 e os 24 anos e ao longo do tempo ia conseguindo resolver tentando que os atletas se conseguissem abstrair desses problemas e se concentrassem naquilo que estavam a fazer, em resumo o irmão mais velho que eles gostariam de ter.

Alem de muito responsável, dedicada, cumpridora dos seus compromissos e que gosta muito de aprender coisas novas as quais são facilmente apreendidas, também sou uma pessoa divertida.

Os meus passatempos são o desporto além do ténis de mesa, o ténis de campo, o basketball desde de muito pequeno que pratico todo o tipo de desporto, gosto de estar com os amigos."

... não foi seleccionado para a entrevista.

CASA PIA - voltamos à mesma!!!

Com o processo longe do fim e os réus cada vez mais "na maior" começam a aparecer notícias de que, como era de esperar, tudo está a voltar à antiga.

E digo que era de esperar por duas razões ponderosas: por um lado, continua, ao que parece, o abandono das crianças "internadas", à "guarda do Estado" e, por outro, a "generosidade" de senhores que "gostam muito de crianças" e têm quem os proteja e quem faça vista grossa (convenhamos que a maioria da população...) a generosidade, dizia eu, deve estar mais forte que nunca, depois de um período de (alguma) abstinência.

Portanto, como diz a minha prima Carolina, junta-se a fome à vontade de comer, na verdadeira acepção da palavra.

Claro que há uma terceira razão: o próprio Estado mostra muito pouco interesse em evitar que as crianças à sua guarda sejam negligenciadas, sejam alvo e depois vítimas de toda a sorte de abusos, maus tratos, etc.

Como dizia Pedro Namora hoje, na televisão, alguém se interessa em ver se os putos faltam às aulas? Se, à noite, estão todos na cama? Caso não estejam, onde estão?

As instituições de recolha de crianças estão hoje a anos luz das do tempo do Dickens, mas, ao que parece, só em condições de "habitabilidade", saúde, alimentação, etc, ditas "materiais".

No mais, as crianças são votadas ao mais vergonhoso abandono, ao mais completo desamparo, sujeitas a praxes violentas e aviltantes, completamente à mercê dos mais velhos e de vigilantes de duvidosos méritos.

Puta de vida!...

STRESS DE GUERRA - TROPAS BRITÂNICAS NO IRAQUE

Do nosso enviado ao Abu Dhabi, Al Marqktoum K'urhreiah, na foto, recebemos o seguinte despacho:

Caros leitores, o jornal Khaleej Times, trazia na semana passada uma interessante notícia, que se transcreve na íntegra, sobre a incidência esperada do Stress de Guerra entre as tropas britânicas no Iraque e Afeganistão. Aí vai!

"Mental health alert for UK troops leaving Iraq

GOVT DECIDES TO INCREASE FUNDING TO 'COMBAT STRESS'

By Luke Baker

LONDON - As Britain prepares to pull hundreds of troops out of Iraq, doctors and nurses at home are get-in ready to treat not only their physical wounds, but also the psychological ones.

More than four years of conflict in Iraq, and six years of fighting in Afghanistan, have taken a toll on the armed forces, both in terms of the number killed - at last count 252 - as well as the number mentally and physically wounded In the past week, the government has taken steps to tackle both aspects of the problem, amid criticism from the families of retuning soldiers and some veterans' groups that not enough is being done to assist those fighting the unpopular wars.

One move was to increase the lump-sum payments made to soldiers severely wounded in attacks to as much as $570,000.

But potentially more crucial in the long term was a decision to increase funding to Combat Stress, a charity that helps veterans suffering from severe war-induced mental conditions. Combat Stress was founded a year after World War I to help servicemen returning with what was then called "shell shock" but today is often defined as post-traumatic stress disorder (PTSD).

The charity has around 8,000 patients on its books including veterans of World War II the Falklands War, the first Gulf War, the Balkans and now Iraq and Afghanistan.

The decision to increase its funding - by a substantial 45 per cent - comes amid evidence that many more soldiers returning from Iraq and Afghanistan are being diagnosed with psychological damage than those returning from previous conflicts.

The reason may be due to soldiers being more willing these days to come forward with their problems, but it is also due to the intensity and unpredictability of today's conflicts "In World War II, a soldier generally knew when fighting was going to happen on a given day and was prepared for it,'' said Dr Nigel Hunt, associate professor of health psychology at the University of Nottingham and an expert in PTSD.

"In Iraq, it's so unexpected Nothing may happen to a soldier for days or weeks, and then on an ordinary patrol, a bomb will go off That unpredictability can be very disturbing'', Combat Stress says soldiers as young as 21 are now coming to it for help as early as 11 months after being discharged from the army.

Before Iraq and Afghanistan, the average time it took people to come forward with problems was 13 years.

Reuters"

Monday, October 22, 2007

Ainda o BCP dos Jardim

Curta e grossa:

A CMVM pergunta a Jardim Gonçalves se deu 12 milhões ao filho, ele responde:

OH PUIS DEI !

(enviada pelo meu amigo Tony, sempre acutilante)

Sunday, October 21, 2007

Sc'AIRBUS...

Cartoon que encontrei no Abu Dhabi, sobre o salão aeronáutico de Le Bourget 2007.

No stand da Boeing havia o seguinte placard:

SAVE! BUY BOEING!

No da Airbus havia outro placard, com a seguinte frase:

BUY! SAVE AIRBUS!

BCP: o jardim dos Gonçalves

Devo andar (ou sou...) bué da tapado porque só agora percebi (?) qual era o problema do Jardim Gonçalves em se agarrar ao poder de forma tão desabitual. O homem chegou ao ponto de correr com um PCA autónomo e independente para colocar lá um pau mandado, o cinzento e obscuro Pinhel que, ao aceitar o cargo no seguimento do longo e conturbado processo que culminou na saída do Paulo Teixeira Pinto, não pode ter qualquer dúvida que a autonomia de que dispõe não é nenhuma. Excepto, e aí tem toda a autonomia, para fazer o que o decrépito engenheiro deseja que se faça.

A série de notícias libertadas ao longo da semana deixou agora claro que o Jardim pretende manter o controlo para aguentar os favores que o banco prestou e continua a prestar aos filhos do geronte, bem como a alguns membros dos vários Conselhos que copulam (perdão, de cúpula) o banco. Realmente era preciso aparecer o desbocado do Joe Berardo para alguém dizer em público, preto no branco, que a percentagem dos lucros com que os administradores & companhia se aboletam é perfeitamente desproporcionada e constitui um verdadeirio roubo aos accionistas.

Agora sabemos que, para além disso, também os amigos e filhos (e o mais que se virá a descobrir, pois o Banco de Portugal e a CMVM estão com investigações em campo) se sentam à mangedoura farta do banco para se financiarem a custo zero em empréstimos com que lançam negócios em que o BCP figura, muitas vezes, como principal cliente.

Para uma organização conotada com a Opus Dei (e com a Opus Gay, segundo se diz à boca pequena...) e para um Banco com o prestígio que o BCP já teve (sim, sim, falo no passado) não está nada mal!

O cartoon do Vasco, publicado no Público de hoje, que aqui se reproduz com a devida vénia, vem mesmo por o dedo na ferida...

Ainda a famigerada classe dos médicos...

Se bem que com muuuuuito atraso, não queria deixar passar em branco mais uma boutade do exemplar de homo (pouco)sapiens que detem o cacete na Ordem dos Médicos.

O Ministro, vendo o que toda a gente já vê desde sempre, resolveu, e bem, começar a moralizar um bocadinho o modo como os divinos físicos (o dr Africano Neto, um verdadeiro cromo, referia-se aos seus pares como os deuses da medicina, os únicos que podem apalpar as vossas mulheres, etc, etc) resolveu, dizia eu, controlar o tempo que os tipos passam no hospital, de uma forma mais efectiva que o livro de ponto.

Com o "ponto" feito pela apresentação da impressão digital, ou pelo reconhecimento ocular, ou outro elemento biométrico, é mais difícil o clínico fazer o ponto de vários dias, de uma assentada, e com as horas de entrada e saída a baterem certo com o horário que lhe é exigido (se alguma coisa se pode exigir a esta gente...).

O caceteiro mor, mais a batucada dos sindicatos, manifestou de pronto a sua oposição a tão absurda (?) forma de controlo que iria fazer baixar imenso a motivação dos médicos. O bastonário afirmou mesmo estar cientificamente provado que a produtividade dos médicos baixa quando a sua efectividade no serviço é controlada de forma tão taxativa. O tipo tem uma cara de pau que me espanta!

Senhor Ministro, não ceda perante esta cambada de cazukuteiros, tipos desqualificados e sem escrúpulos que têm conseguido manter uma situação de pleno emprego e plena impunidade para a classe, enquanto o desgraçado do cidadão tem que se sujeitar a longuíssimas esperas porque suas excelências pouco consultam e pouco operam ... nos hospitais públicos. Em benefício, claro, da sua actividade privada para onde, muitas vezes, o desgraçado do doente é obrigado a passar, para obter um atendimento razoável. Isto, quando tem "disponibilidades", naturalmente.

Até quando?

Médicos: vil razza danatta

Os médicos, mais a sua divina Ordem, deixam-me perplexo com mais frequência do que eu gostaria. Partilho essa perplexidade com os meus devotos leitorzinhos:

Sempre pensei que os médicos acreditavam mesmo na treta de que a sua ética (what?!) era uma coisa que vinha do fundo dos tempos, do juramento do Hipócrates, e que não mudava com duas cantigas.

O actual bastonário (o termo caceteiro assentava-lhe melhor...) considerava há dias ridículo que o ministro da saúde tivesse exigido a alteração do código de ética dos ditos físicos, para o conformar com a lei, no tocante ao aborto; mais dizia que obviamente (?!!!!) isso iria ser feito.

O Expresso de ontem refere nova alteração ao tal código de ética (quê?!) que deixará de condenar a eutanásia (enfim, pelo menos em determinadas condições).

O patético, gágá, ultra conservador e antigo (muuuuuito antigo) bastonário que dá pelo nome de Gentil Martins veio ontem a terreiro, no Público, defender o tal conceito de código de ética imutável que poderia estar em contradição com a lei, obrigando o médico a haver-se com a sua consciência (têm?!) quando realizam actos que, sendo legais e de acordo com o código de disciplina da Ordem, estão em contradição com o código da (tal) ética.

Afinal, em que ficamos?

Por que será que o "padroeiro" dos médicos se chamou Hipócrates? Será coincidência, ou algo mais?...

Friday, October 19, 2007

Outra vez (ainda...) a Casa Pia

A inenarrável Catalina Pestana tem andado nos últimos tempos a dizer umas coisas que me arrepiam, mas a senhora é mesmo uma coisa do outro mundo. Acho que é Deus Nosso Senhor que lhe bufa ao ouvido (ela é freira, ou é aparência?) quais são os culpados, e de quê... enfim, ao menos tem o mérito de nos fazer lembrar que um bando de cabrões (é mais forte que o asséptico "abusadores") continua à solta e a exercer as acções pelas quais os seus membros estão a ser julgados.

O C'uz voltou a apresentar coisas na televisão (ou na rádio, whatever), o gajo do Ferrari continua a apalpar putos no consultório (só maiores de 14 anos, ao que parece), o embaixador continua na sua reforma imperturbada, o Paulo Merdoso continua a sua carreira de servidor do Estado (pela conversa da freira, não percebi se, na ideia dela, ele é culpado ou não...).

Hoje vi, no Correio da Manha, uma notícia mais interessante: após três anos de processo e audiências o fadista João Braga foi multado em € 3.000,00 e foi condenado a pagar ao Pedro Namora nada menos de € 50.000,00 (cinquenta mil euros).

O desbocado fadista (desbocado e marialva: em tempos gabava-se de não saber fazer nada na cozinha - nem estrelar um ovo; nem precisa, claro, já que acha que essa divisão da casa é o reino das "senhoras"...), o desbocado, dizia eu, que é muito amiguinho do réu Carlos Cruz, em 2004, junto à prisão onde o amiguinho estava arrecadado, teceu considerações sobre o Pedro Namora, chamando-lhe palhaço (insulto muito corrente entre a desqualificada malta da bola...) e insinuando que ele teria usado métodos estranhos (que especificou) para financiar a sua licenciatura.

O Pedro Namora não se ficou (e muito bem!) e agora o fadista amigo e defensor de putativos pedófilos vai ter que cair com os carcanhóis, que é para aprender.

Bem feita!

Wednesday, October 17, 2007

Che Guevara foi para junto de S. Lenine Virgem e Martir ha 40 anos

O Kamarada Che, depois de andar a tentar levar a revolucao ao Congo (nao me lembro a qual deles, ou aos dois) foi levar a sua mensagem (a bala, que os Kapitalistas sao surdos) a Bolivia e ai foi cacado e limpo, como era de esperar que sucedesse, mais ano, menos ano.

Que eh como quem diz, mais revolucao exportada, menos revolucao exportada.

Quando estive em Cuba, que fiz questao que sucedesse antes do Castro e Fidel sair (completamente) de cena, trouxe de la uma bela T shirt com a fronha do Che, de boina por cima de uma longa melena, olhos sonhadores (?) e estrela vermelha em destaque. As feiras de artesanato tem sempre a sua barraquinha de icones do Imperio Sovietico, com camisolas as risquinhas da marinha, os quepis do exercito vermelho, os discos com os coros do mesmo, etc, etc.

Para quem cresceu em plena guerra fria, com as guerras de libertacao um pouco por todo o lado, a guerra da Argelia a acabar, a do Vietname a evoluir dos conselheiros ate ao afundanco completo dos camones no delta e no Tet (guerra particularmente intensa no territorio norte americano e nas universidades, um pouco por todo o mundo livre) e assistiu, aliviado, a derrocada do Imperio Sovietico, a queda do muro de Berlim e a reunificacao da Alemanha, a nostalgia desses tempos desculpa (digo eu) que se olhe o bandido que foi Che (responsavel pelas execucoes sumarias dos suspeitos de traicao, na Sierra Maestra, e dos contra revolucionarios pro Batista, dos primeiros tempos do regime castrista) com uma certa bonomia e ate saudade. Se calhar o homem era mesmo um visionario romantico que so queria o bem das populacoes a cujo seio levou a guerra civil - pelo menos tentou leva-la, quem sabe? Nos, na altura, ate achavamos que sim (tadinhos, eramos novos e burrinhos, que fazer?...)

Dequalquer modo, o que o Che representou esta a extinguir-se rapidamente, e ainda bem, pelo que nao faz grande mal usarmos o seu potencial folclorico e estetico para decorar o nosso dia a dia.

Assim sendo, que viva el Che, cono!!!!

O "cono" e o que aparece sem o til. Que chatice!!!

Saturday, October 13, 2007

Mais vale tarde... VIVAM AS BARRAGENS!!!!!!!!!!!!

Apos Bruxelas ter dado luz verde a barragem do Baixo Sabor, e da barragem de Odelouca ter arrancado (de vez?) os nossos amados governantes la resolveram deixar-se de hesitacoes e publicaram o plano de construcao de barragens: nada menos que dez delas!

Claro que os defensores das centrais termicas, os venraveis ambientalistas (com o careca da Quer Cus a frente), na sua sanha ignara contra as barragens, comecaram ja a fazer batucada, aludindo, nunca explicando, ao mal (?) que as ditas fazem ao ambiente. Parece que a coisa se resume a ocupar com agua margens do rio que, doutra forma, seriam pasto para os bichinhos...

Estes honrados cidadaos (bolas, nao e que tinha escrito "palermas"?!) terao, por acaso, alguma ideia genial de como aproveitar a agua dos rios que corre, incontinente e dasaproveitada, para o mar (poetico, ha?) sem represas, barragens e coisas assim? Nao terao, os paloncos, qualquer premonicao (creio que coisas mais cientificas que isso nao entra nas suas delicadas e gentis cabecitas) de que o consumo de agua doce esta a crescer e a disponibilidade desta so cresce nas zonas dos glaciares e da calota polar que vao derretendo a medida que as centrais termicas (e, va la, os nossos popos) bombeiam gases para a atmosfera?

Neste particular, conto com a teimosia do Socrates para nao voltar atras com o plano de construcao das barragens, em particular com a do baixo Sabor que transformara um vale totalmente inaproveitado numa reserva de agua potavel, num lago para o pessoal nadar e andar de barco (a vela, pelo menos) e numa fonte de energia limpa. Esperando que os bichinhos se desloquem para o lado e desmintam o careca da Quer Cus que pensa que os ditos ficam a ver a agua a subir, a subir, ate se afogarem...

Este magnifico texto que deixo aos meus fieis leitorzinho foi comecado num computador que so tinha caracteres arabes e uns muito sumarios caracteres "nossos" (algures nos emiratos arabes unidos) e acabado no aeroporto de Amsterdam, num computador que tambem nao tinha nem til, nem acentos, nem c cedilhado. Tenho que resolver a questao da fraca capacidade de carga do meu portatil, ta visto.

Aqui fica o meu pedido de desculpas.

Wednesday, October 03, 2007

P'ra não dizerem que não falei de flores...

Quando, há uns dias, me perguntaram em quem ia votar, respondi que ia votar contra o Menezes.

De facto, muita gente lá do grupio dizia coisas do género:

Do mal, o Mendes...

Afinal, vamos mesmo ter que gramar com o mal já que a maioria do grupio o achou, ainda assim, menos mau que o Mendes.

Ao menos, a coisa, que andava paradona, paradona, deve animar um bocado...

O Pedro cheirou a oportunidade e, vai daí, saltou para a ribalta com uma atitude d'homem (homem masculino, como diz o meu amigo João) vista por uns bons milhões de compatriotas (entre directos e diferidos) e comentada (quase sempre favoravelmente) por quase toda a maralha.

Isto vai aquecer, ai vai, vai!

Voltámos ao tempo das vitórias morais, tá visto!

A onda de disparates a respeito dos jogos da selecção portuguesa de raguebi (ou será reiguebi? ou...), as honrosas derrotas por menos de cem de diferença com os cavernículas da Nova Zelândia, a quase vitória com a Roménia, etc, etc, porra!

Que falta de pachorra, meus, que falta de pachorra.

Um bando de grootas (lembram-se do Jonhnny Groota? não se lembram, pronto...) gordalhufos e a cantar a portuguesa (parece que a sabem de cor, vá lá, vá lá) com ares agressivos, aos berros, tidos por uma espécie de intelectuais, amadores, uns gentlemen do desporto.

Leiam o que dizia há uns dias um gajo, João Miguel Tavares, no DN, e poupo algum esforço de digitação. Só uns cheirinhos:

"E cantam o hino nacional com um tal entusiasmo que se Louis Pasteur fosse vivo ainda os vacinava."

"... mas daí a transformá-los nos maiores heróis da Nação só porque andam num campeonato do mundo a perder os jogos todos (e por muitos) é capaz - digo eu - de ser um bocadinho exagerado."

""Ficou a sensação que era possível derrotar a Itália." (Título do Público)Ficou a sensação, ficou. Eu às vezes também tenho a sensação que podia jogar melhor à bola que o Messi. Que podia ser mais esperto que o Bill Gates."

"Mas, de quando em quando, a Pátria dá nisto: elege os seus heróis, fecha as cortinas do pensamento, e chora muito a ouvir o hino nacional. É esquisito. Mas é assim."

Aí vai o link, não percam:

http://dn.sapo.pt/2007/09/25/opiniao/quem_nao_atura_elogios_raguebi_levan.html

Thursday, September 20, 2007

Esta gaja não é marada?!

Depois da filha do Solnado falar com Deus (e ele lhe responder!!!!!) só me faltava mais esta maradona a querer ser a mamã da Maddie...

Porra, que isto está tudo maluco, ou quê?!

Sunday, September 16, 2007

A admirável cultura do mundo Muçulmano

Com a devida vénia, transcrevo a parte de um texto de Miguel Monjardino, publicado no Expresso de sábado, referente à civilização, cultura, investigação científica no mundo islâmico . Os destaques são meus.

Deve ser lido (e meditado) pelos meus amigos que, quando se fala em árabes, fazem um ar sonhador e lembram a sua liderança nas artes e nas matemáticas há uns bons 1000 (MIL) anos.

Ok, John Kings? (um abraço!)

Não percam!

"Durante décadas soubemos e interessámos-nos muito pouco por aquilo que se passava no vasto e diverso mundo muçulmano. Durante esses longos anos, as únicas coisas que nos interessaram de uma forma consistente nesse mundo foram o duro conflito político e territorial entre palestinianos e israelitas e o preço do barril do petróleo. O resto era uma espécie de terra incógnita, distante e irrelevante. O 11 de Setembro mudou este estado de coisas.

Os ataques desse dia tornaram os países e sociedades muçulmanas muito mais transparentes. A transparência, por sua vez, mostrou-nos coisas muito interessantes. E perturbantes, também. Veja-se o caso da investigação científica. Esta semana vale a pena relembrar que Bagdade foi o maior centro de investigação científica mundial no século IX. E, pelo menos até ao século XII, o Islão foi líder na investigação científica. Os séculos seguintes foram simplesmente desastrosos. Do centro, o Islão passou primeiro para a periferia da ciência. E a seguir tornou-se irrelevante.

Em 2002, o relatório da ONU sobre o Desenvolvimento Humano Árabe foi particularmente claro em relação à dimensão do enorme falhanço dessas sociedades ao nível científico e cultural. 'Todo o mundo árabe', dizia o relatório, 'traduz cerca de trezentos e trinta livros por ano, um quinto do número de livros traduzidos na Grécia'.

O relatório chamava ainda a atenção para o facto de nos mil anos que se seguiram ao esplêndido século IX os Árabes terem traduzido o mesmo número de livros que a Espanha traduz num ano.

Em 2003, o segundo relatório sobre o Desenvolvimento Humano Árabe reconhecia a existência de um 'fosso de conhecimento' entre os países desenvolvidos e os países árabes e recomendou uma série de medidas para melhorar a situação. Quatro anos depois, continuamos à espera da renascença científica árabe. Porquê?

Num ensaio publicado no número de Agosto da revista 'Physics Today' ( www.physicstoday.org ), Pervez Amirali Hoodbhoy, director do Departamento de Física na Universidade de Quaid-i-Azam em Islamabade, Paquistão, defende que não é só o mundo árabe que está decadente do ponto de vista científico. Para o reputado professor paquistanês esta decadência abraça todo o mundo islâmico contemporâneo.

Uma comparação com o Brasil, Índia, China e EUA ao nível da publicação de ensaios e citações académicas mostra um atraso muito substancial do mundo islâmico. Comparados com os 30 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), os cinquenta e sete países da Organização da Conferência Islâmica (OIC) têm um número extremamente baixo de cientistas, engenheiros e técnicos. O número de patentes produzidas durante as últimas décadas nos países da OIC é simplesmente ridículo. Apesar de existirem cerca de mil e oitocentas universidades no mundo islâmico, nenhuma delas figura na lista das quinhentas melhores universidades mundiais compilada pela Universidade Jiao Tong em Xangai.

Como se isto não fosse suficientemente mau, a liberdade académica e cultural nas universidades islâmicas continua a ser severamente restringida. Hoodbhoy escreve que na sua universidade, a segunda melhor universidade da OIC, existem três mesquitas mas não há uma única livraria. Abdus Salam pode ter ganho o Prémio Nobel da Física em 1979 mas, como as suas crenças religiosas foram declaradas heréticas pelo Governo paquistanês em 1974, nenhuma universidade paquistanesa aceitou recebê-lo nas suas instalações até à sua morte.

Hoodbhoy conclui que a ciência não regressará ao mundo islâmico enquanto não forem levadas a cabo profundas reformas políticas e religiosas nos países da OIC."

Miguel Monjardino

Greve de zelo?!

Os briosos rapazes da Brigada de Trânsito da GNR resolveram mandar parar uma ambulância que seguia velozmente por uma autoestrada do norte com dois doentes a bordo.

Estou mesmo a imaginar a cena:

- Facultava-me os seus documentos e os da viatura, por favor? - palavras ditas enquanto batia uma pala indolente.

- Ó sô guarda, olhe que levo dois doentes muito mal para as urgências de ... (não se percebeu o nome da terreola).

- A lei é igual p'ra todos, nem prós ministros a gente devia abrir excepções. - Olha calmamente os documentos, dá a volta à viatura para ver se está tudo nos conformes, vai ao párabrisas a ver se os selos estão ok, volta para o motorista.

- Faça o favor de se apear p'ra soprar no balãozinho.

- Ok, sr guarda, mas olhe que aqueles desgraçados ainda esticam, com este atraso todo, 'tou a avisar... (soprou, soprou)

- Você está mas é a ver se se balda, e já me estragou este coiso. Toca a soprar num novo e veja lá se sopra tudo o que tem nos pulmões.

Novas sopredelas, mais longas e compenetradas. O cívico olha o aparelhómetro, dá-lhe umas pancadinhas com as costas do indicador, e resmunga:

- Bom isto deve estar avariado, não passa do zero nem à porrada. Vá lá à sua vida, e veja se anda com juízo, ouviu? Olhe que eu o trago debaixo d'olho!

A ambulância lá seguiu o seu caminho, mas o certo é que um dos evacuados baicou uma hora depois de chegar ao hospital.

A demora pelo caminho terá influenciado o desfecho? Se calhar, não.

Mas a verdade é que não lembra ao menino Jesus que uma ambulância seja mandada parar quando segue sinalizando a sua função, com um desgraçado (dois, neste caso) a bordo.

Não bastaria tirar a matrícula e averiguar junto do INEM se a dita ia mesmo em serviço de urgência ou se o condutor ia com pressa para se encontrar com a namorada?

Ou o esforçado agente estaria em greve de zelo?

Monday, September 10, 2007

Pensamento profundo

Ouvido esta manhã no Portugalex:

Se o aeroporto em Alcochete espanta os flamingos, em Fátima espantará as aparições?

Saturday, September 08, 2007

Morreu o Pavarotti

... é só para assinalar a morte de um grande cantor.

http://www.dailymotion.com/related/2565731/video/x2x1cm_pavarotti-nellave-maria-di-shubert_news

Felizmente para nós outros, ele não teve em grande conta o que os críticos do bel canto bolsavam quando o criticavam alarvemente por continuar a cantar quando a voz já não era a de outros tempos e (mais alarvemente ainda) por "se misturar" com a plebe da música não erudita.

Acho que graças a ele a ópera se tornou um bocadinho suportável para a malta nova que, através das suas interpretações, tomou contacto com belas canções que, afinal, de eruditas e "cultas" não têm nada. Muitas delas já andavam na boca da população antes mesmo da estreia das óperas de que faziam parte. Eram (são?) música popular.

Palmas para o Pavarotti!!!

http://www.youtube.com/watch?v=VCIyzNISw1Q

Thursday, August 23, 2007

Do melhor do Agualusa

Ando a ler "As Mulheres do meu Pai". Muito bom!

Tem um pormenor que o torna particularmente recomendável a quem, por vezes, não tem mais de 10 ou 15 minutos para ler: é constituído por pequenos textos que, se bem que encadeados na narrativa, podem ser lidos autonomamente sem ficarmos com a coisa a meio (salvo, claro, a estória global).

Biscas para vos atrair (ou repelir os incréus):

"Luanda é uma espécie de Lisboa às escuras."

"Esse preto não sabe dançar (...) é falso de côr. Aposto que come muamba com arroz."

"O tabaco mata, está aqui escrito. Sabe como se chama isso? Publicidade enganosa. Um tipo compra um maço de tabaco para se matar, naturalmente, vai para casa, fuma os cigarros todos e o que acontece? Continua vivo, Com sorte, morre vinte ou trinta anos depois."

Não percam!

Sunday, August 19, 2007

Quibaxe, etc

Às voltas com o google earth, a ver se as fotos de Luanda já estavam actualizadas (não sei qual é o critérios dos gajos e os fotogramas na área urbana de Luanda, a que tem maior definição, têm mais de um, talvez dois anos), dei uma saltada a Quibaxe. Não dá para se ver nada, a definição é péssima, é escusado tentar aproximar que não se consegue ver nada de nada - nem ruas, nem casas, temos que acreditar que naquele ponto assinalado fica mesmo Quibaxe.

Só que clicando no icon aparece um link que nos leva a montes de literatura e fotos, mais daquela que destas, sobre as campanhas de Angola, guerra colonial, com muita coisa que pode interessar a quem o tema diz alguma coisa.

Então, vá:

http://espacoetereo.no.sapo.pt/AngolaDiario.htm

Saturday, August 18, 2007

Os selvagens da Almargem (Verde Eufémia?!)

Ontem, um bando de malfeitores destruíu um campo de milho transgénico, no Algarve. Eram uma espécie de representantes do José Bové, o rapaz "ambientalista" e activista anti globalização, que ficou famoso por destruir um Mc Donalds em França e encabeçar as folclóricas manifs quando reúne o G7 (ou G8, whatever).

A polícia (GNR, etc) assistiu a tudo, permitiu a destruição no campo e limitou-se a identificar meia dúzia dos vândalos.

Identificados os ditos, mandou-os em paz.

Da rapaziada anti globalização, anti transgénicos, anti autoestrada para o Algarve com "aquele" traçado, anti barragens em geral e de Odelouca em particular, nada de bom há a esperar.

São o que são (merda?) e o que são continuarão a ser.

Mas a polícia, Senhor?! A polícia deixa destruir propriedade privada nas suas barbas e nas do proprietário, contra a vontade e ante o desespero deste, e não faz nada?! Não prende o bando de sacanas e não os apresenta ao tribunal no dia seguinte para, ao menos, passarem a noite na choça?!

Que raio de merda é esta?!

Estamos feitos...

Wednesday, August 15, 2007

A África do Sul profunda é que manda

Reapararam na demissão da vice ministra da Saúde da África do Sul?

Não ligam a essas merdas ?

Yeah, right!

Pois deviam ligar: naquele desgraçado país, um dos mais devassados pela SIDA, os poderes públicos continuam a alinhar pelas ideias "tradicionais" de que a doença não tem nada que ver com o HIV, mas com ... não se sabe o quê. Espíritos? Se calhar...

Ainda como vice de Mandela, já o agora presidente M'Beki dizia, do alto da sua cátedra, durante uma conferência mundial sobre a SIDA, na África do Sul (lembram-se de um puto que foi uma espécie de ícone, durante a dita confererência?), dizia ele que os rectrovirais não tinham interesse nenhum até porque a SIDA não tinha nada que ver com vírus, nem com o HIV nem com outro qualquer.

Agora, como presidente (sem a tutela de Mandela), as suas ideias passaram a fazer lei. A ministra que ele escolheu para a saúde é um cromo que defende o uso de mezinhas e emplastros à base de alho (e banha de cobra, suspeito eu) e não dá apoio ao tratamento dos sidosos com os novos medicamentos que, principalmente entre os maricas dos States, conseguiram transformar uma doença altamente mortífera numa doença praticamente crónica, com uma esperança de sobrevida à infecção bastante alta. Refiro os "estragados" porque o sucesso foi maior entre eles: têm uma maior "consciência de classe" e tiveram, quase desde o início da epidemia, uma maior consciência da necessidade de tomarem medidas preventivas, e tomaram-nas mesmo.

Pois parece que a vice ministra teria a mania das modernices e era favorável ao tratamento com rectrovirais e pelo investimento na vacina, achando pouco eficazes as mezinhas de alho e o tratamento com virgens (o tratamento tradiconal...).

Por isso, foi demitida.

O M'Beki é um gajo instruído, tinha obrigação de fazer melhor. Que diabo, pelo menos esta sua loucura não é imputável aos colonos nem aos racistas afrikander...

Sunday, August 12, 2007

A Dalila está a pensar em processar o Estado...

A nova coqueluche da intelectualidade tonta, uma tal Dalila Qualquer Coisa (na foto, agarrada a um putativo Sansão), está ponderar processar o Estado. Carago, a gaja é de força! Até já tem um advogado que está a estudar a questão, nomeadamente a indemnização a pedir.

Estava-se mesmo a ver que a gaja quer é massa!!!!

Então um funcionário público acha que tem o direito de vir para a televisão, jornais, etc, tornar públicas as suas divergências com a tutela, mas quer, ao mesmo tempo, continuar sob a mesma tutela, mantendo o cargo para o qual foi nomeada, com as inerentes mordomias, mais a exposição mediática obtida?!

E a gaja acha-se nesse direito, como se fosse uma cidadã comum, e não um membro (não quis dizer uma peça...) da administração pública com deveres de lealdade para com a estrutura a que pertence. Por muito boa directora de museu que tenha sido, é (continua a ser) uma funcionária pública e não uma cidadã qualquer exterior à administração, sem quaisquer deveres para com ela para além de pagar pontualmente os seus impostos. Não tem nada que vir a público manifestar as suas divergências (ou convergências) com a estrutura que a tutela e de cujo funcionamento tem uma quota parte de responsabilidade. Foi demitida, e muito bem, e vem agora tentar sacar dinheiro ao Estado para a compensar do aborrecimento de estar em casa a ganhar sem fazer nenhum, como muito funcionário do Estado entre duas nomeações...

Espera que em Setembro lhe façam uma manifestação de apoio espontânea "abrangente, aberta e participada", diz o Expresso de ontem.

E quer, note-se, dinheiro proveniente dos impostos com que nós, cidadãos comuns, alimentamos a máquina a que a tal de Dalila pertence.

Integrem a gaja já noutro serviço qualquer, como técnica (ela deve ser formada em alguma coisa) que isto de ganhar sem trabalhar, à espera de lhe ser atribuído outro cargo de direcção, não pode continuar!

(e depois não querem que lhes chamemos) Bando de chulos!!!!!

Sunday, August 05, 2007

História de Angola

Se se interessam pela coisa, dêem um salto ao blog sobre a história de Angola que aqui deixo. É tratado de uma forma um tanto opinativa (tanto quanto pude ver), mas interessante e ilustrada.

Take a look:

Viagem Pela História de Angola

Thursday, August 02, 2007

Luanda, ai, Luanda!

Para quem quer ler qualquer coisa sobre Luanda, aqui fica um link:

http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=4703

Enjoy!

Wednesday, August 01, 2007

Temos que discutir (e votar) a pena de morte

O cabo da GNR, pessoa pacata e bom chefe de família, habitual peregrino a Fátima (se não era, vai passar a ser....), homem de honra e respeito, foi condenado a 25 anos de prisão pela morte das três mocinhas.

Com esta "moldura penal", não se percebe bem o que fazer com um tipo que daqui a 16 anos pode sair em liberdade e encontrar (ser encontrado) pelos pais, irmãos, namorados, amigos, das mocitas que, daqui a 16 anos, estarão tão mortas como quando o cabo as aviou.

Ah! Não esquecer que com 1/4 da pena cumprida (salvo erro) e bom comportamento, o cabo vai poder candidatar-se a uma saída precária.

Aviará outra catraia?

Fará como o bom padre Frederico?

Ou será aviado por alguém que não esquece tão depressa os crimes do facínora?

........

Suspeito que o cabrão não chega ao Natal: vai-se tornando habitual as prisões tratarem da saúde a criminosos com este perfil. Ou seja, a justiça acaba por ser feita, não obstante a benevolência dos nossos legisladores.

Pobre Cidade...

O novo Presidente da CML tomou hoje posse. Parece que vai poder governar com uma minoria de vereadores, "ajudado" pelo Zé Sá Fernandes, o tal que fazia falta.

O acordo está aberto a outros participantes, talvez o do PCP, se calhar a louca da arquitecta Roseta...

Para já, os votos incertos do Zé custam o seguinte: a CML tem que garantir que em todos os novos empreendimentos imobiliários, 20% dos apartamentos são vendidos "a preços inferiores ao mercado"!!!! Ou seja, a CML vai chantagear os requerentes: ou cedem, ou os projectos não serão licenciados.

Os tribunais vão entupir, claro!

O mais chato disto é que o palerma do Zé pretende levar ao extremo o que o João Soares começou. O João realojou os "pobrezinhos" ao lado de quem comprava os apartamentos, em zonas nobres da cidade, enquanto grande parte de nós, os pagadores de impostos, temos que comprar casa fora de Lisboa para poder ter uma casa razoável (ou comprar em Lisboa uma merda de casa...).

O pateta do Zé pretende meter "os pobrezinhos" nos próprios prédios: um andar em cada cinco é para vender ou alugar "abaixo dos preços de mercado". Os assaltos ficarão muito mais facilitados, mas, se calhar, não é isso que o solidário Zé pretende.

Obrigado, Zé!

Sunday, July 29, 2007

Revista APOIAR nº 46 - Editorial (com supressões)

(...) Nestes três meses, o calendário assinala várias datas significativas, do aniversário da APOIAR ao 10 de Junho, passando pela batalha de La Lys, o 25 de Abril, o 1º de Maio, o aniversário da ADFA, num mix que reune efemérides de âmbito nacional e de âmbito local, umas poucas mais vivas e sentidas, outras em vias de caírem no esquecimento ou, simplesmente, saírem de moda.

Nesta última categoria está o 25 de Abril. Data marcante para quem viveu parte da sua vida no tempo da outra senhora, é notório que pouco ou nada diz a quem nasceu já no pós 25 de Abril. Afinal também o dia da Restauração da independênciia foi importantíssimo mas foi em 1640 (há um tempão!) de modo que (quase) só um grupo de excêntricos se reune numa jantarada para o evocar. O destino do 25 de Abril não será diferente e o discurso do Presidente da República foi disso o reconhecimento perfeito ao falar da necessidade de procurar novas formas de comemorar Abril. Voilá!

O 10 de Junho, que já foi dia da Raça e é agora dia de Portugal e das Comunidades (se a memória não me falha), continua a ter uma comemoração itinerante, a oficial, a das medalhas, e outra realizada junto ao monumento aos combatentes da guerra de África, o Encontro Nacional do Combatente. Os media ignoram ambas, mas lá vão dando um pequenino espaço à primeira - afinal vai lá o Presidente, que sempre vai distribuindo uma medalhas (foge cão, que te fazem Barão; para onde, para onde? que me fazem Conde) às figuras que se destacaram da plebe. Tudo como dantes, QG em Abrantes. Adiante!

Quanto ao 1º de Maio, está nitidamente fora de moda andar de braço no ar a gritar slogans contra o patrão, muitas vezes sem se saber a quem chamar tal coisa, depois de ter composto um look proleta com umas roupas coçadas, guardadas no fundo do guarda fato para estes eventos de rua. Já não há proletas a sério: até o Manel Carvalho da Silva está à beira de fazer o doutoramento. Ponham os olhos no Lula, esse sim, um verdadeiro proleta, a quem ouvi chamar em tempos o Carvalho da Silva brasileiro. Esse, sim! (...)

Texto completo em http://www.geocities.com/associacao_apoiar/pag3.htm

Link para a revista: http://www.geocities.com/associacao_apoiar/

Friday, July 27, 2007

teste

teste - isto está esquisito...

Thursday, July 26, 2007

MEU DEUS!!!!!!!!!

WARNING - post intimista

Como o tempo passa e um gajo se faz velho!

Andava com a ideia de que já não postava nada há umas semanitas, talvez duas ou três, mas qual quê?!

Então não é que não posto nada desde 19 de Junho, ou seja, há mais de um mês e uma semana?!!!! Há mais de 5 semanas!

Realmente, a vida de trabalhador da privada é uma grande porra. Qualquer dia tenho que voltar para o "sector público" para voltar a entrar às 9 e sair às 17h30, ter fins de semana sem telefonemas nem e-mails a entupir a mail box (isto se o portátil ficasse em casa ...), e ter uns fins de tarde e umas noites sem preocupações com "o trabalho", só a curtir.

O que vale é que daqui a 10 ou 11 anos posso reformar-me... eheheheheheh!

. . . . .

Não me levem muito a sério: que estou cheio de traça e aqui (aeroporto de Nîmes) não há puto, temos que ir almoçar "à cidade" e voltar a correr para cá. Pensando bem, sinto-me cada vez mais novo (a sério!)

Tuesday, June 19, 2007

Brandos costumes

Desgraçadamente, os brandos costumes nesta nossa santa terrinha são tudo menos um mito.

Aqui pode matar-se o vizinho (ou a filha dos vizinhos) que, se em 15 anos não nos apanharem, já não nos apanham mais. Pois é, os crimes de morte prescrevem ao fim de 15 anos!

Nos States a coisa fia mais fino: há poucos dias, um refinadíssimo racista e assassino foi condenado a prisão perpétua por um crime cometido há 43 anos. O senhor, agora com 71 anos e ar estudadamente acabado, foi nos seus tempos de juventude um dragão imperial (ou coisa que o valha) no Ku Klux Klan. No exercício das suas altas funções aviou dois pretos que se aventuraram em terras do sul, dominadas pelo white trash de então. Foi uma limpeza: atados a um poste, meio mortos de porrada, foram atirados ao Mississipi para acabarem de morrer.

Claro que o white trash se considerava uma elite, o que não deixa de ser familiar, quando pensamos nas actuais cavalgaduras cá do rectângulo que a si mesmo se consideram elites.

Mas adiante: a presente condenação, para além de tardia, só pecou por leve. Parece óbvio que, com os instrumentos penais de que os tribunais americanos dispõem, o que faria sentido seria condená-lo à morte, com execução rápida, se não, o tipo ainda se fina por si e lá fica impune, sem remédio...

Afinal, o senhor já andou à solta 43 anos, a gozar o pagode anos e anos a fio.

Já chega, não?!

Friday, June 15, 2007

Frase

O casamento entre homossexuais

é como a cerveja sem álcool

o nome é o mesmo mas o produto não tem nada que ver com o original.

Ressalva-se aqui que o autor da frase (eusinho, pois então!) é inabalavelmente favorável ao casamento entre gays (casem-se carago!), completamente avesso a qualquer forma de homofobia e um defensor acérrimo da liberdade de cada um "o fazer" à sua maneira. Mais declara que não é nem nunca foi gay (não é que isso tenha alguma coisa de mal...).

Contudo, dar o nome a uma coisa que não é a mesma coisa que o nome designa, não é coisa que me pareça bem. É assim (quase) tão ridículo como aquela malta que abomina o casamento e vai pedir uma declaração à Junta de Freguesia atestanto que vive com fulana em união de facto...

Sunday, June 10, 2007

O cultíssimo Presidente Cavaco dixit

Ontem ouvi na rádio (Antena 1 ou 2) o Senhor Presidente Cavaco Silva a ler os Lusíadas, no lançamento de uma iniciativa da CM Setúbal. Qualquer coisa como os Lusíadas em versão manuscrita, a que o Senhor Presidente dá o seu alto e douto patrocínio.

Para além das dificuldades óbvias que manifestou em ler uma coisa que não sabia de cor e salteado (eram os primeiros dez versos do primeiro canto, santo Deus!!!), o ignaro Senhor, a dada altura, leu o seguinte:

"... entre gente remota identificaram

um novo reino que tanto sublimaram."

Eu nem queria acreditar no que ouvia!

Identificaram, Senhor Presidente?! Identificaram?! Era isso que estava lá escrito?! (se calhar, até era...)

Já para o canto sa sala com orelhas de burro até ao fim da aula!!!!!!

Claro que o ignorante que apresentava a coisa (locutor ou o que fosse) deixou passar a bacorada nas calmas, como o deixou o Público de hoje...

Suponho que na sua grande maioria, os portugueses, mesmo que tenham ouvido, também não se aperceberam de nada.

.........

Sinto-me só, porra!

Thursday, May 31, 2007

A pequenina não ganha juízo

Dizia hoje na rádio a tonta da Marie de Belém, que tem o pelouro da saúde na AR, qualquer coisa como:

... todos sabemos que o fumo do tabaco faz muito mal aos fumadores mas faz ainda pior aos fumadores passivos...

Portanto, gentes: se não fumam passem a fumar porque, segundo esta maluka, não fumar faz mais mal que fumar.

É a tradução do que ela disse, ou não?!

Humor & holocausto

Ouvida não sei onde:

Sabem por que é que o Hitler se suicidou?

Foi por lhe terem mostrado a conta do gás...

Eheheheheheheheheheh

Thursday, May 24, 2007

Os abutres da cultura

A caminho da Índia, vasculhando nas revistas disponibilizadas a bordo, dei com a preciosidade que transcrevo na íntegra, sob o título "Culture vultures". A autora é uma tal Rupa Gulab, a revista é a Hard News (para quem não conhece, como eu não conhecia, podem ir a www.hardnewsmedia.com e dar uma vist de olhos). Realmente os ventos do puritanismo que sopram com violência das madrasas ameaçam influenciar as mentes mais predispostas a impor aos outros a sua moral. E a Índia, que está rodeada de países muçulmanos que tendem para repúblicas islâmicas, tem, ainda por cima umas largas dezenas de milhão de muçulmanos dentro das suas fronteiras. Leiam:

“Whenever I read or hear about Pakistan’s growing band of fundamentalists, I get on my knees, kiss the ground beneath my feet, and fervently bless my grandparents for making a very wise decision in 1947: choosing India over Pakistan. This happens at least a hundred times a day, so it keeps me nice and trim. But now that India’s moral police are beginning to give stiff competition to even the Taliban, I may have to give up this practice. The thing is, I’m frightened. Even innocent kisses are frowned upon in public places.

What shocks me most is that the moral police are doing this (they self-righteously say) to protect Indian culture. Good heavens, do you think the poor dears believe that Kamasutra was written by a dirty-minded Westerner? Or that Khajuraho temple sculptures were created by another dirty-minded Westerner? Or (gasp) that Bollywood flicks are actually made by Hollywood, and the skimpily clad stars making vulgar gestures are dirty-minded Westerners made up to look like Indians? Shouldn’t we tell them the truth? Come on, how long can we shield them from reality?

I’m sure they are reasonable people. Once they discover that Indian culture does include sensuality, they’ll probably recoil in horror, hastily pack their bags and go someplace else where minds are spotlessly pure. I have no idea where on earth this place may be, but I sincerely hope it’s very, very far away. It’s best to break the news to them gently (or else it may break their frail hearts) but we have to do it fast because they are taking the shine off India’s new super-power status by making us look incredibly small-minded and (worse word coming up) hypocritical. I’d like to make crystal clear that I’m not implying that being progressive means being debauched; I’m saying we must move with the times. And the times they are a-changin’.

I felt terribly sad when a hue and cry broke out in Pakistan after pictures of Tourism Minister Nilofer Bakhtiar hugging a male paraglider hit the press: I’m keeping my fingers crossed for her safety. A few days later, our very own moral police made my depression hit rock-bottom. They went on an effigy-burning spree because Richard Gere planted kisses on Shilpa Shetty’s cheek at an AIDS awareness event. Not a pretty sight, but honestly, it was more comical than obscene. And what did they expect her to do anyway? Slap him? I find it extremely odd that this sanctimonious lot rarely (if ever) lead protest marches against really disturbing issues like rape. Now, if they did that too, I’d be one of their biggest supporters.

What’s worrying is that India’s moral police are practically everywhere these days. Recently, Mumbai’s cops went on a rampage. Young couples engaged in PDA (Public Display Affection) were whisked away to police stations, where fines were imposed even for “offences” like holding hands. Incidentally, some of these couples were married, so you can imagine their outrage when the cops made tell-all phone calls to their mummies and daddies.

It’s getting so ridiculous, I wouldn’t be astonished if cartoon channels find themselves in trouble too. Suppose, just suppose, the moral police catch sight of Donald Duck with his wings lovingly draped around Daisy Duck? That’s certainly bound to ruffle a few feathers. Don’t forget that two channels have just been severely reprimanded for airing steamy programmes. So don’t be in a hurry to make that switch from cable TV do DTH, quite possibly it’s only a matter of time before Doordarshan becomes the only channel we’re permitted to watch.

Scary, huh?”

Tuesday, May 15, 2007

Ainda os cursos como o do Sócrates

O modo como o nosso primeiro concluiu a licenciatura em engenharia civil parece ter, finalmente, entrado no rol das coisas passadas. Ainda bem, porque estava a ser usado para enfraquecer o primeiro ministro com um detalhe que em nada o habilita ou desqualifica para o exercício do cargo.

No entanto, há um pormenor que pouco ou nada se comentou e que me parece relevante: a facilidade com que se fazem 4 ou 5 cadeiras para converter um bacharelato em licenciatura, a facilidade com que alguns dos nossos governantes, sem terem deixado de o ser, estudaram e se licenciaram enquanto exerciam os seus exigentes (?) cargos.

Estou um bocado (a modos que...) perplexo, porque eu fiz uma segunda licenciatura enquanto trabalhava e saíu-me do pêlo! As cadeiras que eram leccionadas à noite foram deixando de o ser e para ir às aulas, fazer os trabalhos, os testes e os exames, não havia facilidades. Os quase quatro anos (da outra licenciatura, deram-me equivalência a muitas cadeiras do 1º ano, poucas do 2º e a uma do 3º) foram feitos em seis, e houve um ano em que fiz só uma ou duas cadeiras por ter tido muito que fazer naquele ano na empresa onde, então, trabalhava.

Bom, mas eu não andava numa qualquer UNI, andava no Técnico e não era ministro, nem secretário de estado, nem deputado.

Aparentemente, as funções que referi devem ser sinecuras para permitirem que se assuma com sucesso a condição de trabalhador-estudante, ou os cursos que os nossos governantes tiraram são cursos da Maria Cachucha ou ainda as cadeiras foram dadas (no sentido mais lato do verbo dar) de borla ou quase. Como parece ter sido o caso, tão documentado nos jornais e ainda sob investigação, das cadeiras que "deram" ao Sócrates.

Bem anda a Ordem dos Engenheiros quando separa o trigo do joio e, para além do estágio que toda a gente tem de fazer, sujeita os titulares de "certos cursos" e de "certas escolas" a um exame de admissão.

Veja-se o modo como o Sócrates tirou as tais cadeiras na UNI e compreende-se a posição da Ordem!

Ela mi fu rapita

Que ninguém é perfeito já a minha prima Carolina dizia.

Que a estória da pequena Maddie cheira que tresanda, digo eu ... e vá lá, vá lá!

Que os pais da miuda andem na pinocada com outros casais que curtem bué as trocas, tudo bem, se calhar isso nem sequer é para aqui chamado...

Que não tenham querido usar o serviço gratuito de baby sitting do aldeamento, é lá com eles (até ver).

Que não tenham querido os walkie talkies para acompanharem o sono dos filhos, enfim.

Que tenham dito que durante o jantar iam de vez em quando ver como estavam os putos, parece que é mentira, a acreditar nos funcionários do restaurante e nos do aldeamento a quem fazia muita confusão que eles ficassem a jantar nas calmas, com os putos a dormir. Não só naquela noite, como nas anteriores, a ponto de lhes ofereceram os tais walkie talkies.

Pode ser chato dizê-lo, mas cá vai: até parece que estavam a por os putos mesmo a jeito para alguém os levar. Alguém bem definido? Simplesmente alguém?

Pergunta/alvitra do inspector da judite: para dormirem a horas tão soalheiras (19h30), não estariam sedados?

. . . . . . . . .

Se isto é maldade, lembremo-nos da pobre mãe da Joana, como ela andava desesperada à procura da filha, nos primeiros dias, quando afinal parece (tudo indica) que matou, esquartejou e deu a comer aos porcos a catraia com a ajuda do mano.

Let's wait & see...

Sunday, May 13, 2007

Fátima - 90 anos de embuste

Fátima é hoje um local de culto mariano perfeitamente implantado e estabilizado, com os factos que lhe deram orígem tão distantes no tempo que quaisquer dúvidas que tenham surgido no início e ao longo dos anos podem ser perfeitamente enquadradas e em nada afectam a sua "verdade histórica".

Saber se o que Lúcia disse em 1917 é mais verdade que o que foi dizendo ao longo dos anos, principalmente a partir de 1935, é um exercício que só ajuda a que Fátima seja falada, seja discutida, e, repito, em nada a afecta.

Naturalmente, daqui a 100 anos, o que contará será, como hoje, saber se o complexo é visitado por 5 ou 10 milhões de peregrinos, se o Papa vem ou não vem nesse ano, qual é o cardeal que preside, quantos milagres ocorreram, quantas toneladas de velas são incineradas (é um espectáculo e peras: as velas são autenticamente atiradas para as monumentais assadeiras construídas para dar vazão aos milhares velas que os devotos prometeram acender).

Andaram bem os padres que criaram Fátima, que apostaram em três pastorinhos, um meio tonto, uma muito pequenina e propensa a assumir o que a prima mais velha achava e uma "prima mais velha" marcadamente mitómana, teimosa e suficientemente esperta para perceber que tinha a ganhar tudo (enfim, perdeu a liberdade...) em alinhar no esquema. O cónego Formigão bem pode estar satisfeito, sobre a sua nuvenzinha: enquanto visconde de Montelo fez o que pode para publicitar o novo culto, para promover as peregrinações, para dar um substracto "sério" à coisa.

Da história completamente terra a terra (a boneca em cima da carrasqueira, do tamanho da Virgínia, a falar com uma voz fininha e a dizer, sem mexar os beiços, "eu sou a nossa senhora" ou "eu sou a imaculada conceição") que contou em 1917 evoluiu para uma história que foi retocando à medida que a sua "educação" conventual progredia, com uma senhora mais brilhante que mil sóis, com um manto onde se destacava uma estrela, um coração a sobressair do peito, sangrando abundantemente, a aparição precedida pelo anúncio de um anjo, enfim, um mimo!

Para a Igreja, a contas com o anticlericalismo dominante, aquilo foi uma verdadeira tábua de salvação, que vingou e que dá hoje receitas de que a Igreja tanto necessita.

A última vez que lá fui (não há mais de dois meses) não deixei de considerar uma notável coincidência a forma de nave espacial escolhida para a nova basílica. Fina de Armada deveria ter ficado muito satisfeita (não sei se é viva ou morta), ou não tivesse ela defendido a tese de que o que aconteceu em Fátima em 1917 foi uma visita de um extraterrestre a contactar a população local.

Thursday, May 10, 2007

Islamismo: Hirsi Ali fala do que sabe!

Curiosamente, quem nos apresenta a muçulmana Hirsi Ali é Esther Mucznik, israelita, que escreve no Público.

Hirsi Ali nasceu na Somália (a foto mostra as características fisionómicas das raparigas daquela parte de África, esguias de nariz e rosto finos, normalmente belíssimas) passou pela Arábia Saudita e Quénia, foi trocada, vendida e comprada, excisada e finalmente fugiu para a Holanda.

Não teve aí uma vida fácil pois as suas posições frontais e desassombradas em relação ao mundo islâmico ferem o fino gosto da rapaziada para quem "não podemos ofender as pessoas de outras culturas com as manifestações da nossa", devemos tomar posições islâmicamente correctas, esconder o Natal e a Páscoa, e outras barbariadaes quejandas.

Sem tomar as palavras de Hirsi Ali como "a Verdade" e sem lhe dar especial credibilidade por ter tido uma vida desgraçada, ouçamos, ao menos o que tem a dizer sobre uma realidade e um mundo que conhece bem:

"O Islão é irreformável e incompatível com a emancipação da mulher".

"Fiz esta viagem (da Somália até à Holanda) em direcção aos direitos humanos. Hoje sei que um destes mundos é simplesmente melhor que o outro."

"A verdade é que uma sociedade onde há medo de falar não é uma sociedade livre e ganhar a guerra das ideias é também ousar ofender".

"Nos meus ouvidos ainda ressoam as diatribes do iman apelando ao castigo de Theo (Théo Van Gogh, o neonazi assassinado na Holanda) e prometendo para mim a maldição divina sob a forma de cegueira e de um cancro no cérbro e na língua".

"Apesar do que se diz, este país (os States, qual havia de ser?!...) continua a ser o reino da liberdade".

E por aqui me fico, para os meus leitorzinhos meditarem (se não fôr muitas vezes, não lhes faz doer a cabeça...)

Lisboa...

Não é completamente original (e o que o é?...) mas é uma frase com montes de potencialidades:

LISBOA É UM ASSUNTO DEMASIDAMENTE SÉRIO PARA SER DEIXADO À ELITE LISBOETA, RESPONSÁVEL POR A CIDADE TER CHEGADO ONDE CHEGOU.

(in Público, 10 Maio 2007)

Wednesday, May 09, 2007

E viv'ó SARKO!!!!

Só um pequenino apontamento sobre a pátria das revoluções, da burocracia e da xenofobia:

Depois das "manifestações" de "jovens" que, chateados com a vitória "da direita", queimaram, entre outras coisas, uma scooter (de um grande kapitalista, presumo), espero que Sarko retome o seu discurso sobre a escumalha suburbana e lhe aplique as medidas convenientes.

Chega de 28 de Maio (ou será Maio de 68?)!!!

Sunday, May 06, 2007

Tribunal condena agressão a professora. Aleluia!!!

Será que está algo a mudar? Será que as cabras que agridem professores que não aturam as más criações dos rebentos vão passar a levar pela medida grande? Será?!

Pelo menos, desta vez foi.

Um juiz de Braga condenou a "heroica" autora da agressão a uma professora a uma multa de cerca de € 2.100,00 e a indemnizar a agredida em € 5.000,00. E deixou bem claro que a metia na choça se ela não caísse com o cacau, e depressinha!

A isto chamo eu uma boa notícia! Falta agora fazer o mesmo aos papás dos meninos que agridem ou/e insultam professores e ficam na boa por serem menores.

A lei responsabiliza os pais pelos delitos dos rebentos enquanto estes são menores. Portanto, espero que a coisa pegue, nem que seja de empurrão, e passe a haver condenação de alguém sempre que um professor seja agredido.

A lei deveria, aliás, ser revista para permitir que a agressão a um professor, em funções ou em consequência das suas funções, seja agravada como delito contra um agente da autoridade. Afinal, a relação professor-aluno é uma função social, ensino da juventude, seja esse ensino obrigatório ou não.

Vamos lá ver como é que isto evolui, que pior do que está é difícil...

Saturday, May 05, 2007

O beijo e o Islão (ou Ahmadinejad e a professora)

Segundo o Público de ontem, o presidente iraniano terá sido criticado por ter beijado a luva da sua antiga professora primária, em público.

Alguns peritos em islamismo e estudiosos do Corão (incluindo o mullah Cat Stevens) mostraram-se estupefactos, pois a professora estava vestida com modéstia (os pés e artelhos, que a foto não mostra, também estavam cobertos de negros panejamentos) e o Ahmadinejad tinha os cotovelos tapados (parece que esta malta, quando se excita, fica com os cotovelos avermelhados devido ao afluxo intenso de sangue àquela conhecida zona erógena).

O PND,AA! julga saber a verdadeira razão da reprimenda: olhando bem a foto, vemos que a suposta professora primária é, afinal, um homem disfarçado de velha e o Islão, como é sabido, condena severamente as pessoas portadoras de diferença no campo da orientação sexual.

Nesse campo, a expressão máxima permitida é que os rapazes passeiem de mãos dadas, como é tão comum no mundo islâmico.

..................................

Consultando um dos alfarrábios da Prof Dra Edith Star, a propósito de rapazes de mão dada, recordo que a palavra "almoço" veio directamente do árabe, por junção numa só das duas palavras AL e MOÇO (em português: "o rapaz"). Este prato era muito apreciado pelos mouros que se instalaram no Allgarve e que deixaram vestígios em todo o sul da península.

Já a expressão "pequeno almoço" teve uma génese ligeiramente diferente, tendo evoluído, de forma algo enviesada, de AL MOÇO PEQUENO (em português "o menino", com a variante algarvia "o moçe p'quene"). Esta expressão foi assimilada pelos comunas e a isso se deve o facto de se dizer, maldosamente, que os comunas comiam criancinhas ao pequeno almoço.

Aprendam, leitorzinhos, que a Prof Dra Edith Star não dura para sempre...

Thursday, May 03, 2007

Editorial do Apoiar nº 45

Marques Correia

Os últimos tempos foram dominados pela crise dos reféns no Irão, pela vitória do Botas no concurso para o melhor português de todos os tempos e ainda pelo rescaldo do referendo ao aborto, versão 2.

Deixo passar a questão dos diplomas do 1º Ministro (e das aldrabices na UNI) por manifesta falta de interesse para o comum dos mortais, quanto mais para os ex-combatentes.

A questão dos soldados ingleses aprisionados pelo Irão acabou em nada, o que permite concluir que os partidários da confrontação com o grande Satã e seus acólitos talvez não tenham tanto poder como os sound bytes do sr Ahmadinejad podem sugerir.

Ainda bem, que de guerras e mortos já aquela região tem que chegue e sobre.

Quanto ao concurso para escolher o maior português de todos os tempos, ficámo-nos pelo prolongamento póstumo da luta entre o regime autoritário e retrógrado de Salazar, com a Pide como tropa de choque, e o PCP, defensor da implantação em Portugal de um regime copiado da pátria dos amanhãs que cantam (ou cantavam...) e do Grande Pai Stalin. O concurso foi, pois, desvirtuado, se alguma virtualidade encerrava, com este regresso à guerra fria para consumo doméstico.

Uma outra interpretação, talvez rebuscada, fornece uma hipótese de explicação do modo como o Estado (ou a sociedade, por procuração) trata os ex-combatentes: cerca de 60% dos votantes no dito concurso apoiam Salazar ou Cunhal, ou seja, se a amostra é representativa, 60% dos portugueses consideram os ex-combatentes com stress de guerra como traidores (lembram-se da posição da Liga nos tempos do general Pinto Magalhães e do Prof Herlander Duarte?) ou como defensores do colonialismo e do Estado Novo.

Se calhar a falta de apoio, a falta de seguimento que têm tido as leis que, a duras penas, são produzidas na AR, a sistemática penúria de verbas, se calhar nada disso é fruto do acaso.

Dá que pensar...

Na última Assembleia Geral da APOIAR foi apresentado aos sócios o novo esquema de financiamento do Ministério da Defesa Nacional que aponta no sentido de um corte significativo no apoio do Estado às associações de antigos combatentes, o que poderá conduzir a uma diminuição da actividade que estas associações desenvolvem, substituindo-se ao apoio que as instituições públicas de saúde deveriam prestar.

Só a gestão rigorosa e parcimoniosa que tem sido conduzida pela Direcção da APOIAR permitiu que esta nova atitude do Mindef não tivesse tido consequências gravosas no funcionamento da APOIAR já em 2006.

A famosa Rede de Apoio aos ex-combatentes continua por realizar e não parece estar mais próxima hoje do que quando foi anunciada já lá vão uns quantos anos.

Com a nova política de financiamento das associações adoptada pelo Mindef e sem a Rede avançar, parece inevitável que o apoio aos ex-combatentes corre o risco de se degradar, se não mesmo voltar aos níveis de há anos atrás, quando só o Júlio de Matos prestava algum apoio às vítimas do stress de guerra.

Terá mesmo que ser asim?

Quando vai o Estado ganhar alguma vergonha?!

Ah! Ganda Carmona; força, Professor!

Deliciei-me com a declaração do professor: não se sente culpado de crime nenhum, a lei em vigor não o obriga a demitir-se nem a suspender o mandato, mesmo que metade (menos um) de todos os vereadores se demitisse, a lei viabiliza a continuação da Câmara (a lei privilegia, aliás, a estabilidade: a câmara quase só cai ... se quiser), portanto, fica onde está, para onde foi eleito.

Que ele ficou numa posição muito difícil (refiro-me ao corte do apoio do PSD, o resto é paisagem), ficou; que dificilmente vai conseguir fazer passar o que quer que seja, na Câmara ou na Assembleia, também.

Mas não deixa de me dar muito gozo que um tipo não se deixe levar pelo que a maioria (ou melhor, "as maiorias") pensa, não se deixe empurrar (ainda por cima por moralistas baratos como o Zé Sá Fernandes) e faz o que acha que deve.

... e aposto que o processo de que é arguido vai dar em nada.

A ver vamos!

Tuesday, May 01, 2007

Altar urbano

Vindo pelo eixo norte-sul, na saída para Telheiras, quem é que já reparou numa espécie de altar (posto de guarda?), todo arranjado e caiado de branco, à sombra de uma figueira, com um velhote a cumprimentar quem passa?

Nunca o vi pedir esmola.

Esta manhã estava muito murcho, todo embrulhado num velho roupão, com um gorro enterrado na cabeça.

Passa aqui parte do dia mas ao fim da tarde zarpa para outro sítio onde, talvez, passe a noite.

Aqui fica a nota e a foto.

Sunday, April 29, 2007

... é verdade, o 25 de Abril!

E então não é que me esqueci do 25 de Abril?!

Nesse belo feriado fui dar uma volta pelo recém inaugurado túnel do Marquês (à noite, nas calmas, passada toda aquela confusão que vi pela televisão), não me apercebi de nenhuma inclinação que me incomodasse e, note-se, percorri o túnel de Monsanto para Lisboa. O limite de 40 km/h até me pareceu ridículo, se bem que os especialistas em tráfego e túneis, ETT, Zé Sá Fernandes e João dos Automobilizados o achem excessivo: segundo eles, 30 km/h deveria ser o limite, e vá lá, vá lá!!!.

Ainda vi, de relance, o Cabaco (carago!) a discursar sobre a busca de novas formas de celebrar Abril e um rapaz do meu clube (guess which), na AR, a avisar a malta contra os perigos da falta de liberdade de imprensa (parece que os coronéis do lápis azul estão a postos; será isso?).

Felizmente, para a malta nova (o futuro da Nação...) esta data não difere muito das muitas que encontram nas placas toponímicas, o 5 de Outubro, o 1º de Dezembro, o 28 de Maio, que se misturam e confundem com o 4 de Infantaria, o Artilharia 1 (ou será 16?), enfim uma trabalheira compreender essa treta toda.

Digo "felizmente" porque, para eles, para a malta nova, a "democracia" e a "liberdade" são realidades tão naturais como o sol e a como a sucessão dos dias e das noites, que existem desde sempre (o sempre é, como tudo, relativo).

E assim, daqui a não muitos anos, o 25 de Abril será comemorado por um grupo de malta com os pés para a cova (quem já foi espreitar as comemorações do 5 de Outubro, ali junto ao Técnico, sabe do que falo) ante a indiferença do resto da população para quem o Salazar foi um estadista do século XX, com museu em Santa Comba Dão, do qual se diz que nem era tão bera como o Marquês de Pombal.

Nesses tempos, imagina-se um gajo culto, com um curso de Estudos Olisiponenses e tudo, a explicar a um amigo que o tal Pombal é o tipo do leão, que se chama assim por ter uma estátua por cima do túnel do Marquês, que foi o gajo que mandou construir o dito túnel.

Do Zé Sá Fernandes e do seu medo das inclinações ninguém se lembrará, claro!

Sunday, April 22, 2007

O herói de Virginia Tech

O massacre perpetrado pelo estudante na Virginia Tech merece-me três pequenas notas, melhor, duas pequenas e uma grande nota:

  1. quantos mais massacres terão que ocorrer até que os States instituam um controlo apertado sobre a venda e posse de armas de fogo? Ainda me lembro do Charlton Heston, decrépito e julgando-se a representar o papel de um cow boy do século XIX, a perorar sobre o direito de posse de arma de fogo, que os americanos têm e devem continuar a ter, para se defenderem. Imagino que a polícia é um complemento (dispensável?) desse esquema individual de defesa...
  2. o rapazinho, coitadinho, tímidinho, solitariozinho, doentinho, etc, etc, mata 32 pessoas e dita para a câmara que quem teve a culpa foram ... os outros! Nem a responsabilidade do que fez ele assume, o grandecíssimo ... doentinho!
  3. quando o assassino apareceu à porta de uma sala de aulas, o professor, de 75 anos, sobrevivente do holocausto, fez-lhe frente, acabou por ser morto, mas o seu sacrifício permitiu a grande parte dos alunos saltarem pelas janelas e salvarem as vidas. Isto, sim, é um HERÓI!

Os ideias rapadas, skins piolhosos

O cavalheiro da esquerda (sem ofensa...) esteve envolvido no assassinato do caboverdiano Alcino, ocorrido há anos no Bairro Alto. Apanhou quatro anos de pildra e continua a destilar o mesmo ódio boçal contra os não brancos que o levou ao raid para "caçar pretos" com um bando de "valentes" da sua igualha, durante o qual sovaram até à morte o sobredito Alcino.

O título deste post remete para a saudosa Filosofia de Ponta, dos bons tempos do Independente, e para o que os nazis chamavam aos judeus. Pretende ser um duplo (e merecido) insulto ao bando de idiotas que militam nos grupos de extrema direita racista, caceteira e xenófoba.

Saturday, April 21, 2007

CHHHHHHH... não se pode negar o holocausto

Era fatal como o destino: em vez de se acabar com a lei idiota que criminaliza a negação do holocausto em países mais afectados pelas memórias da segunda guerra mundial, a mancha está a alastrar.

A UE, onde se concentram o pior que os países europeus têm quer na burocracia, quer no politicamente correcto, decidiu que os seus membros devem criminalizar a negação do holocausto.

Por enquanto, parece que não é crime negar que D. Afonso Henriques tenha batida na mãe; por enquanto também se pode negar a existência de Deus e da nossa senhora de Fátima.

Mas a verdade é que, por este andar, tenho que me por a pau e deixar de lembrar a história passada a 13 de Maio de 1917, na Cova da Iria, em que a catraia Lúcia de Jesus, filha do Abóbora, contou que viu uma boneca em cima duma carrasqueira, do tamanho da Virgínia, a falar com uma voz muito fininha e sem mexer os beiços.

Esta lei é uma anedota e atenta directamente contra os fundamentos da liberdade de pensamento e de opinião e da sua consequente expressão.

É que um dos aspectos basilares da liberdade é precisamente a possibilidade de cada um dizer (e pensar) as maiores asneiras sem ter à perna um fiscal do combate ao vício e da promoção da virtude. E, por este andar, vamos ter mesmo, ai vamos, vamos!

Leiam o que o Pacheco Pereira escreve no Expresso de hoje, sobre este assunto, - ele tem muito mais pachorra que eu para explicar estas coisas a quem não quer perceber...

. . . . . .

Aqui vai uma prova de que o holocausto existiu mesmo; sobre isso o autor deste blog não tem dúvidas, mas reconhece aos outros o direito de pensarem de forma diferente, mesmo que seja só para chatear. E, convenhamos, os judeus andarem a viver à custa do que aconteceu aos seus pais há 60 anos é, no mínimo, grotesco!

...e depois falam dos iranianos!

A senhora de que a foto mostra o nariz não pode vir a Portugal a uma congresso sobre direitos humanos por falta de visto. Sendo iraniana, fica-se logo a pensar que é o regime dos mullahs que não a deixa sair do país, certo?

Errado! A senhora está a trabalhar nos States, tem um visto simples que não lhe garante a re-entrada, caso saia de lá. E como (segundo o Público, por "razões burocráticas e políticas") o mini estado que controla a imigração lhe recusou um visto para entradas e saídas múltiplas, a boa da Shirin acha mais prudente não sair dos States.

E isto tendo recebido o Nobel da Paz em 2003 - será que aqueles gordos burocratas e imaginam como potencial bombista suicida?

Para um país que se proclama o paraíso das liberdades, não está nada mal...

O monopólio das farmácias vai acabar, aleluia!!!!

Parece que é desta: a lei que garantia aos farmacéuticos mais precisamente aos licenciados em farmácia o monopólio da posse das farmácias, vai, finalmente, ser revogada.

Já pensaram que "lindo" que seria se uma empresa de construção só pudesse ser propriedade de um licenciado em engenharia civil ou arquitectura? E se uma petroquímica só pudesse ser de um licenciado em engenharia químico-industrial? etc, etc, etc?! Já pensaram?!

Pois é isso mesmo que se passa com as farmácias, como se a responsabilidade pelo cumprimento das normas da indústria dependessem das aptidões do "dono" e não de a empresa ter uma estrutura organizada, certificada, etc, etc, e não de nessa estrutura certos postos chave tivessem que ser assumidos por pessoas com determinadas qualificações.

E ainda há Carneiras que defendem o statu quo com a linguagem convicta com que o fez a tontinha que a imagem mostra.

Deus a benza e proteja, como (consta que) protege os pobres de espírito a quem tornou herdeiros do reino dos céus!

Saturday, April 14, 2007

As ideias que não se apagam

Afinal, a CML, sempre pressurosa, lá retirou ou mandou retirar o cartaz dos Gatos que fazia contraponto ao dos skins reciclados.

Depois de verem o seu cartaz todo borrado pelos democratas-de-uma-banda-só, os skins substituiram-no por um outro, novinho em folha, com o mesmo lay out mas com dizeres diferentes. Reivindicam agora o direito a terem opinião diferente da main stream (sê-lo-á, mesmo main, essa stream?) sobre a posição face aos emigrantes. Dizem eles que "as ideias não se apagam, discutem-se" - explica lá isso ao BE e ao PC, ó meu!

Cá para mim, têm toda a razão, com este segundo cartaz: não percebo porque carga de água a posição a favor da maior abertura aos emigrantes deve ter mais liberdade de expressão que a posição contrária à entrada de mais emigrantes. A segunda posição até pode ser idiota, até pode ser contrária aos interesses da sociedade, da economia, etc, mas por que carga de água é que deve ser censurada? A resposta óbvia é porque sim!

Com a proibição de fumar, de dizer verdades inconvenientes (vide STJ aí mais abaixo), de registar a raça de um tipo (mais tarde ou mais cedo, o género também), de gravar imagens de pessoas em público, na via pública, estamos a chegar muito perto do dia em que alguém irá ao Irão fazer um estágio nas Brigadas de Combate ao Vício e Promoção da Virtude.

Já lá estou a imaginar o palerma do Louçã...

Thursday, April 12, 2007

Com a verdade me ofendo (ACTUALIZAÇÃO)

Será que toda a gente se apercebeu dum acontecimento perfeitamente tarado que aconteceu na semana passada? Então, vá:

Resumidamente, um tipo qualquer (duma Câmara, dum clube de futebol, who cares?!) queixou-se de um jornal porque o dito publicou que o senhor tinha uma dívida grande ao Fisco.

Como tinha mesmo, o tribunal absolveu o jornal.

O senhor escalou a coisa e a Relação confirmou a sentença.

Não satisfeito, o tal senhor insistiu e recorreu para o Supremo.

Os Supremos Juízes deram-lhe razão. Porquê?

Porque, não obstante o dito senhor dever mesmo uma pipa de massa ao Fisco, os Super Juízes consideraram que a notícia não tinha relevância social, pelo que não tinha nada que ser publicada, até porque lesou a imagem do dito senhor.

E esta, hã, perguntaria o defunto Pessa!!!!

A imprensa não pode noticiar nada que seja verdade, sem que os senhores Super Juízes o autorizem, pois passa a fazer jurisprudência a ideia de que com a verdade me ofendes.

Puta de terra esta!

......

Espero, claro, que um qualquer Tribunal Europeu reponha a coisa nos eixos, até porque os senhores Super Juízes, se calhar, estavam com um grãozinho na asa (a votação terá sido a seguir ao almoço) e não sabiam o que faziam...

AFINAL:

Como muitas vezes se passa, não podemos confiar no que noticia a nossa comunicação dita social. Cingindo-me apenas ao Público, um dos intervenientes na querela (a outra é o Sporting), deparei hoje com a notícia que transcrevo na íntegra que poderia titular como

"Afinal a bebedeira do Supremo não terá sido tanta assim e a razão do Público também não"

Aí vai:

Saturday, April 07, 2007

Gandas Gatos!!!

Os Gatos Fedorentos merecem felicitações pelo modo engraçado e eficaz como reagiram ao cartaz do PNR.

Nada como ridicularizar os skins e os seus descendentes mais quadrados, em vez de lhes dar importância como o pateta do Louçã de Loyola, cada vez mais assumidamente uma espécie de inquisitor mór do reyno.

O PNR tem todo o direito de não querer cá mais emigrantes desde que o faça como manda a sapatilha: sem incitar ao ódio, ao racismo, etc. E não incitaram, por muito que o dito Louçã gostasse que o tivessem feito e disso os tenha acusado...

.....

Ridícula é a posição anunciada pela CML: vai mandar remover o cartaz dos Gatos (e multá-los) porque só os partidos políticos têm o direito de conspurcar o Marquês de Pombal com propaganda; os privados não têm esse direito, mesmo que se tratem de cartazes políticos!

Ainda a malta do NÃO (até quando?!)

O Público da passada 5ª feira trazia um artigo em que uma tal Isilda Pegado, uma sujeita perfeitamente desvairada que ficámos a conhecer aquando da última campanha do NÃO, tirava conclusões delirantes sobre os resultados do referendo.

Resumidamente, dizia a tia (é uma tia, claro!), que como o referendo não foi vinculativo e apenas 25% dos portugueses "quer o aborto livre" (enfim, é uma interpretação defensável), a AR não pode legislar no sentido indicado pelo resultado do mesmo. É que a tia não p'cebe bem isso de vinculativo ou lá que é, 'tá a ver?!

Isso mesmo: a tia acha que como o coiso não foi vinculativo, a AR fica de mãos atadas - tem que ir a novas legislativas em que a questão doaborto seja explicitamente discutida e votada para que a AR possa legislar no sentido que as eleições indicarem.

Claro que a tia não explica como será a sua atitude se o partido vencedor apoiar o SIM e tiver, digamos, 51% (maioria absoluta) tendo votado 51% dos eleitores, ou seja, se apenas 0,51 x 0,51 = 25% (mais coiso, menos coiso) dos eleitores tiverem votado no partido vencedor que apoiasse o SIM. Como ela refere ter sucedido agora, com o referendo.

A gaja é perfeitamente louca: dias antes tinha desenvolvido o mesmo "raciocínio" num seminário, mas foi mais longe, pois contava como pró NÃO todos os que não votaram SIM no referendo, e acrescentava-lhe mais cerca de 1,5 milhões de crianças por nascer que, segundo a tia, contavam pelo NÃO!!!!!

Assim tão desonesta, a tia vai p'ró Inferno, não achááááá´?!

É (também) malta desta que defende o NÃO e a quem o Público dá espaço.

Espaço, ou corda para se enrodilharem...

Monday, March 26, 2007

A guerra do Iraque e o pateta do Soares

A Associação 25 de Abril (sempre, sempre,ao lado do povo e contra o Império, jáááááá) arranjou um debate para assinalar mais um aniversário da guerra do Iraque (3 anos, 4?...).

Na sessão pontificaram os habituais anti americanos (perdão, anti Bush...) com destaque para o Mário Soares, a Ana Gomes (cada vez mais tola e mais de regresso ao MRPP ou, se calhar, a bater à porta do Bloco), o tonto do Freitas do Amaral, mais um ou dois rapazes do Bloco de Extrema Esquerda (a Ana Amaral Dias, salvo erro).

O Marocas, excitadíssimo, acha que tem que ser responsabilizado o Durão Barroso porque recebeu, nos Açores, o Bush, o Blair e o Aznar para (pasmem, como eu pasmei!) decidirem o ataque ao Iraque.

Então, quando a reunião ocorreu, o Durão foi acusado (e ridicularizado) de ter servido de mestre de cerimónias (ouvi, na altura, muito pior) dum encontro destinado a apoiar o Bush na sua decisão de atacar o Iraque.

Agora, sem pestanejar e sem temer que os presentes pasmassem ante a sua (desmedida) cara de pau e desonestidade intelectual, o Marocas vem dizer que o Durão e o Aznar participaram na decisão de atacar o Iraque!

Em que ficamos, carago?!