Saturday, October 27, 2007

Carta de candidatura

Esta carta de candidatura (a um cargo que nada tinha que ver com desporto) chegou-me por mão amiga, sabedoura da minha fixação no insólito & fantástico.

Leiam, e não percam o fôlego:

"Carta

O meu nome é XXXXXXXXXXXXXX sou uma pessoa de personalidade muito forte, e ao tornar-me presidente da direcção de um clube complementei-me a nível pessoal nomeadamente conseguindo um espírito de liderança sabendo colocar uma equipa a trabalhar em sintonia, aprender o que é que as outras pessoas estão a pensar com respeito a necessidades, conseguir organizar as tarefas e dar resposta a tudo o necessario gerindo o tempo, conseguir manter a postura quer estejam a falar mal de mim quer bem e falar com essas pessoas conseguindo demonstrar o nosso ponto de vista e reconhecer o ponto de vista deles e conseguir levar as pessoas para o ponto que penso ser o correcto, saber ouvir as pessoas e saber dar uma resposta pensada e pronta às pessoas, gosto de trabalhar em sítios onde ao longo do tempo vá havendo uma evolução positiva das coisas construindo pedra sobre pedra para obter uma estrutura bastante sólida mas estando sempre com a mente muito aberta a novas ideias, considero uma grande falta de respeito o atraso sendo ainda mais grave o não avisar.

Ao ser treinador de ténis de mesa também me permitiu construir uma equipa à qual prefiro chamar de familia na qual me permitiu ter uma relação mais próxima das pessoas (que no lugar de presidente da direcção não deveria ter), onde aparecia problemas de ordem psicológica dos atletas com idades entre os 13 e os 24 anos e ao longo do tempo ia conseguindo resolver tentando que os atletas se conseguissem abstrair desses problemas e se concentrassem naquilo que estavam a fazer, em resumo o irmão mais velho que eles gostariam de ter.

Alem de muito responsável, dedicada, cumpridora dos seus compromissos e que gosta muito de aprender coisas novas as quais são facilmente apreendidas, também sou uma pessoa divertida.

Os meus passatempos são o desporto além do ténis de mesa, o ténis de campo, o basketball desde de muito pequeno que pratico todo o tipo de desporto, gosto de estar com os amigos."

... não foi seleccionado para a entrevista.

CASA PIA - voltamos à mesma!!!

Com o processo longe do fim e os réus cada vez mais "na maior" começam a aparecer notícias de que, como era de esperar, tudo está a voltar à antiga.

E digo que era de esperar por duas razões ponderosas: por um lado, continua, ao que parece, o abandono das crianças "internadas", à "guarda do Estado" e, por outro, a "generosidade" de senhores que "gostam muito de crianças" e têm quem os proteja e quem faça vista grossa (convenhamos que a maioria da população...) a generosidade, dizia eu, deve estar mais forte que nunca, depois de um período de (alguma) abstinência.

Portanto, como diz a minha prima Carolina, junta-se a fome à vontade de comer, na verdadeira acepção da palavra.

Claro que há uma terceira razão: o próprio Estado mostra muito pouco interesse em evitar que as crianças à sua guarda sejam negligenciadas, sejam alvo e depois vítimas de toda a sorte de abusos, maus tratos, etc.

Como dizia Pedro Namora hoje, na televisão, alguém se interessa em ver se os putos faltam às aulas? Se, à noite, estão todos na cama? Caso não estejam, onde estão?

As instituições de recolha de crianças estão hoje a anos luz das do tempo do Dickens, mas, ao que parece, só em condições de "habitabilidade", saúde, alimentação, etc, ditas "materiais".

No mais, as crianças são votadas ao mais vergonhoso abandono, ao mais completo desamparo, sujeitas a praxes violentas e aviltantes, completamente à mercê dos mais velhos e de vigilantes de duvidosos méritos.

Puta de vida!...

STRESS DE GUERRA - TROPAS BRITÂNICAS NO IRAQUE

Do nosso enviado ao Abu Dhabi, Al Marqktoum K'urhreiah, na foto, recebemos o seguinte despacho:

Caros leitores, o jornal Khaleej Times, trazia na semana passada uma interessante notícia, que se transcreve na íntegra, sobre a incidência esperada do Stress de Guerra entre as tropas britânicas no Iraque e Afeganistão. Aí vai!

"Mental health alert for UK troops leaving Iraq

GOVT DECIDES TO INCREASE FUNDING TO 'COMBAT STRESS'

By Luke Baker

LONDON - As Britain prepares to pull hundreds of troops out of Iraq, doctors and nurses at home are get-in ready to treat not only their physical wounds, but also the psychological ones.

More than four years of conflict in Iraq, and six years of fighting in Afghanistan, have taken a toll on the armed forces, both in terms of the number killed - at last count 252 - as well as the number mentally and physically wounded In the past week, the government has taken steps to tackle both aspects of the problem, amid criticism from the families of retuning soldiers and some veterans' groups that not enough is being done to assist those fighting the unpopular wars.

One move was to increase the lump-sum payments made to soldiers severely wounded in attacks to as much as $570,000.

But potentially more crucial in the long term was a decision to increase funding to Combat Stress, a charity that helps veterans suffering from severe war-induced mental conditions. Combat Stress was founded a year after World War I to help servicemen returning with what was then called "shell shock" but today is often defined as post-traumatic stress disorder (PTSD).

The charity has around 8,000 patients on its books including veterans of World War II the Falklands War, the first Gulf War, the Balkans and now Iraq and Afghanistan.

The decision to increase its funding - by a substantial 45 per cent - comes amid evidence that many more soldiers returning from Iraq and Afghanistan are being diagnosed with psychological damage than those returning from previous conflicts.

The reason may be due to soldiers being more willing these days to come forward with their problems, but it is also due to the intensity and unpredictability of today's conflicts "In World War II, a soldier generally knew when fighting was going to happen on a given day and was prepared for it,'' said Dr Nigel Hunt, associate professor of health psychology at the University of Nottingham and an expert in PTSD.

"In Iraq, it's so unexpected Nothing may happen to a soldier for days or weeks, and then on an ordinary patrol, a bomb will go off That unpredictability can be very disturbing'', Combat Stress says soldiers as young as 21 are now coming to it for help as early as 11 months after being discharged from the army.

Before Iraq and Afghanistan, the average time it took people to come forward with problems was 13 years.

Reuters"

Monday, October 22, 2007

Ainda o BCP dos Jardim

Curta e grossa:

A CMVM pergunta a Jardim Gonçalves se deu 12 milhões ao filho, ele responde:

OH PUIS DEI !

(enviada pelo meu amigo Tony, sempre acutilante)

Sunday, October 21, 2007

Sc'AIRBUS...

Cartoon que encontrei no Abu Dhabi, sobre o salão aeronáutico de Le Bourget 2007.

No stand da Boeing havia o seguinte placard:

SAVE! BUY BOEING!

No da Airbus havia outro placard, com a seguinte frase:

BUY! SAVE AIRBUS!

BCP: o jardim dos Gonçalves

Devo andar (ou sou...) bué da tapado porque só agora percebi (?) qual era o problema do Jardim Gonçalves em se agarrar ao poder de forma tão desabitual. O homem chegou ao ponto de correr com um PCA autónomo e independente para colocar lá um pau mandado, o cinzento e obscuro Pinhel que, ao aceitar o cargo no seguimento do longo e conturbado processo que culminou na saída do Paulo Teixeira Pinto, não pode ter qualquer dúvida que a autonomia de que dispõe não é nenhuma. Excepto, e aí tem toda a autonomia, para fazer o que o decrépito engenheiro deseja que se faça.

A série de notícias libertadas ao longo da semana deixou agora claro que o Jardim pretende manter o controlo para aguentar os favores que o banco prestou e continua a prestar aos filhos do geronte, bem como a alguns membros dos vários Conselhos que copulam (perdão, de cúpula) o banco. Realmente era preciso aparecer o desbocado do Joe Berardo para alguém dizer em público, preto no branco, que a percentagem dos lucros com que os administradores & companhia se aboletam é perfeitamente desproporcionada e constitui um verdadeirio roubo aos accionistas.

Agora sabemos que, para além disso, também os amigos e filhos (e o mais que se virá a descobrir, pois o Banco de Portugal e a CMVM estão com investigações em campo) se sentam à mangedoura farta do banco para se financiarem a custo zero em empréstimos com que lançam negócios em que o BCP figura, muitas vezes, como principal cliente.

Para uma organização conotada com a Opus Dei (e com a Opus Gay, segundo se diz à boca pequena...) e para um Banco com o prestígio que o BCP já teve (sim, sim, falo no passado) não está nada mal!

O cartoon do Vasco, publicado no Público de hoje, que aqui se reproduz com a devida vénia, vem mesmo por o dedo na ferida...

Ainda a famigerada classe dos médicos...

Se bem que com muuuuuito atraso, não queria deixar passar em branco mais uma boutade do exemplar de homo (pouco)sapiens que detem o cacete na Ordem dos Médicos.

O Ministro, vendo o que toda a gente já vê desde sempre, resolveu, e bem, começar a moralizar um bocadinho o modo como os divinos físicos (o dr Africano Neto, um verdadeiro cromo, referia-se aos seus pares como os deuses da medicina, os únicos que podem apalpar as vossas mulheres, etc, etc) resolveu, dizia eu, controlar o tempo que os tipos passam no hospital, de uma forma mais efectiva que o livro de ponto.

Com o "ponto" feito pela apresentação da impressão digital, ou pelo reconhecimento ocular, ou outro elemento biométrico, é mais difícil o clínico fazer o ponto de vários dias, de uma assentada, e com as horas de entrada e saída a baterem certo com o horário que lhe é exigido (se alguma coisa se pode exigir a esta gente...).

O caceteiro mor, mais a batucada dos sindicatos, manifestou de pronto a sua oposição a tão absurda (?) forma de controlo que iria fazer baixar imenso a motivação dos médicos. O bastonário afirmou mesmo estar cientificamente provado que a produtividade dos médicos baixa quando a sua efectividade no serviço é controlada de forma tão taxativa. O tipo tem uma cara de pau que me espanta!

Senhor Ministro, não ceda perante esta cambada de cazukuteiros, tipos desqualificados e sem escrúpulos que têm conseguido manter uma situação de pleno emprego e plena impunidade para a classe, enquanto o desgraçado do cidadão tem que se sujeitar a longuíssimas esperas porque suas excelências pouco consultam e pouco operam ... nos hospitais públicos. Em benefício, claro, da sua actividade privada para onde, muitas vezes, o desgraçado do doente é obrigado a passar, para obter um atendimento razoável. Isto, quando tem "disponibilidades", naturalmente.

Até quando?

Médicos: vil razza danatta

Os médicos, mais a sua divina Ordem, deixam-me perplexo com mais frequência do que eu gostaria. Partilho essa perplexidade com os meus devotos leitorzinhos:

Sempre pensei que os médicos acreditavam mesmo na treta de que a sua ética (what?!) era uma coisa que vinha do fundo dos tempos, do juramento do Hipócrates, e que não mudava com duas cantigas.

O actual bastonário (o termo caceteiro assentava-lhe melhor...) considerava há dias ridículo que o ministro da saúde tivesse exigido a alteração do código de ética dos ditos físicos, para o conformar com a lei, no tocante ao aborto; mais dizia que obviamente (?!!!!) isso iria ser feito.

O Expresso de ontem refere nova alteração ao tal código de ética (quê?!) que deixará de condenar a eutanásia (enfim, pelo menos em determinadas condições).

O patético, gágá, ultra conservador e antigo (muuuuuito antigo) bastonário que dá pelo nome de Gentil Martins veio ontem a terreiro, no Público, defender o tal conceito de código de ética imutável que poderia estar em contradição com a lei, obrigando o médico a haver-se com a sua consciência (têm?!) quando realizam actos que, sendo legais e de acordo com o código de disciplina da Ordem, estão em contradição com o código da (tal) ética.

Afinal, em que ficamos?

Por que será que o "padroeiro" dos médicos se chamou Hipócrates? Será coincidência, ou algo mais?...

Friday, October 19, 2007

Outra vez (ainda...) a Casa Pia

A inenarrável Catalina Pestana tem andado nos últimos tempos a dizer umas coisas que me arrepiam, mas a senhora é mesmo uma coisa do outro mundo. Acho que é Deus Nosso Senhor que lhe bufa ao ouvido (ela é freira, ou é aparência?) quais são os culpados, e de quê... enfim, ao menos tem o mérito de nos fazer lembrar que um bando de cabrões (é mais forte que o asséptico "abusadores") continua à solta e a exercer as acções pelas quais os seus membros estão a ser julgados.

O C'uz voltou a apresentar coisas na televisão (ou na rádio, whatever), o gajo do Ferrari continua a apalpar putos no consultório (só maiores de 14 anos, ao que parece), o embaixador continua na sua reforma imperturbada, o Paulo Merdoso continua a sua carreira de servidor do Estado (pela conversa da freira, não percebi se, na ideia dela, ele é culpado ou não...).

Hoje vi, no Correio da Manha, uma notícia mais interessante: após três anos de processo e audiências o fadista João Braga foi multado em € 3.000,00 e foi condenado a pagar ao Pedro Namora nada menos de € 50.000,00 (cinquenta mil euros).

O desbocado fadista (desbocado e marialva: em tempos gabava-se de não saber fazer nada na cozinha - nem estrelar um ovo; nem precisa, claro, já que acha que essa divisão da casa é o reino das "senhoras"...), o desbocado, dizia eu, que é muito amiguinho do réu Carlos Cruz, em 2004, junto à prisão onde o amiguinho estava arrecadado, teceu considerações sobre o Pedro Namora, chamando-lhe palhaço (insulto muito corrente entre a desqualificada malta da bola...) e insinuando que ele teria usado métodos estranhos (que especificou) para financiar a sua licenciatura.

O Pedro Namora não se ficou (e muito bem!) e agora o fadista amigo e defensor de putativos pedófilos vai ter que cair com os carcanhóis, que é para aprender.

Bem feita!

Wednesday, October 17, 2007

Che Guevara foi para junto de S. Lenine Virgem e Martir ha 40 anos

O Kamarada Che, depois de andar a tentar levar a revolucao ao Congo (nao me lembro a qual deles, ou aos dois) foi levar a sua mensagem (a bala, que os Kapitalistas sao surdos) a Bolivia e ai foi cacado e limpo, como era de esperar que sucedesse, mais ano, menos ano.

Que eh como quem diz, mais revolucao exportada, menos revolucao exportada.

Quando estive em Cuba, que fiz questao que sucedesse antes do Castro e Fidel sair (completamente) de cena, trouxe de la uma bela T shirt com a fronha do Che, de boina por cima de uma longa melena, olhos sonhadores (?) e estrela vermelha em destaque. As feiras de artesanato tem sempre a sua barraquinha de icones do Imperio Sovietico, com camisolas as risquinhas da marinha, os quepis do exercito vermelho, os discos com os coros do mesmo, etc, etc.

Para quem cresceu em plena guerra fria, com as guerras de libertacao um pouco por todo o lado, a guerra da Argelia a acabar, a do Vietname a evoluir dos conselheiros ate ao afundanco completo dos camones no delta e no Tet (guerra particularmente intensa no territorio norte americano e nas universidades, um pouco por todo o mundo livre) e assistiu, aliviado, a derrocada do Imperio Sovietico, a queda do muro de Berlim e a reunificacao da Alemanha, a nostalgia desses tempos desculpa (digo eu) que se olhe o bandido que foi Che (responsavel pelas execucoes sumarias dos suspeitos de traicao, na Sierra Maestra, e dos contra revolucionarios pro Batista, dos primeiros tempos do regime castrista) com uma certa bonomia e ate saudade. Se calhar o homem era mesmo um visionario romantico que so queria o bem das populacoes a cujo seio levou a guerra civil - pelo menos tentou leva-la, quem sabe? Nos, na altura, ate achavamos que sim (tadinhos, eramos novos e burrinhos, que fazer?...)

Dequalquer modo, o que o Che representou esta a extinguir-se rapidamente, e ainda bem, pelo que nao faz grande mal usarmos o seu potencial folclorico e estetico para decorar o nosso dia a dia.

Assim sendo, que viva el Che, cono!!!!

O "cono" e o que aparece sem o til. Que chatice!!!

Saturday, October 13, 2007

Mais vale tarde... VIVAM AS BARRAGENS!!!!!!!!!!!!

Apos Bruxelas ter dado luz verde a barragem do Baixo Sabor, e da barragem de Odelouca ter arrancado (de vez?) os nossos amados governantes la resolveram deixar-se de hesitacoes e publicaram o plano de construcao de barragens: nada menos que dez delas!

Claro que os defensores das centrais termicas, os venraveis ambientalistas (com o careca da Quer Cus a frente), na sua sanha ignara contra as barragens, comecaram ja a fazer batucada, aludindo, nunca explicando, ao mal (?) que as ditas fazem ao ambiente. Parece que a coisa se resume a ocupar com agua margens do rio que, doutra forma, seriam pasto para os bichinhos...

Estes honrados cidadaos (bolas, nao e que tinha escrito "palermas"?!) terao, por acaso, alguma ideia genial de como aproveitar a agua dos rios que corre, incontinente e dasaproveitada, para o mar (poetico, ha?) sem represas, barragens e coisas assim? Nao terao, os paloncos, qualquer premonicao (creio que coisas mais cientificas que isso nao entra nas suas delicadas e gentis cabecitas) de que o consumo de agua doce esta a crescer e a disponibilidade desta so cresce nas zonas dos glaciares e da calota polar que vao derretendo a medida que as centrais termicas (e, va la, os nossos popos) bombeiam gases para a atmosfera?

Neste particular, conto com a teimosia do Socrates para nao voltar atras com o plano de construcao das barragens, em particular com a do baixo Sabor que transformara um vale totalmente inaproveitado numa reserva de agua potavel, num lago para o pessoal nadar e andar de barco (a vela, pelo menos) e numa fonte de energia limpa. Esperando que os bichinhos se desloquem para o lado e desmintam o careca da Quer Cus que pensa que os ditos ficam a ver a agua a subir, a subir, ate se afogarem...

Este magnifico texto que deixo aos meus fieis leitorzinho foi comecado num computador que so tinha caracteres arabes e uns muito sumarios caracteres "nossos" (algures nos emiratos arabes unidos) e acabado no aeroporto de Amsterdam, num computador que tambem nao tinha nem til, nem acentos, nem c cedilhado. Tenho que resolver a questao da fraca capacidade de carga do meu portatil, ta visto.

Aqui fica o meu pedido de desculpas.

Wednesday, October 03, 2007

P'ra não dizerem que não falei de flores...

Quando, há uns dias, me perguntaram em quem ia votar, respondi que ia votar contra o Menezes.

De facto, muita gente lá do grupio dizia coisas do género:

Do mal, o Mendes...

Afinal, vamos mesmo ter que gramar com o mal já que a maioria do grupio o achou, ainda assim, menos mau que o Mendes.

Ao menos, a coisa, que andava paradona, paradona, deve animar um bocado...

O Pedro cheirou a oportunidade e, vai daí, saltou para a ribalta com uma atitude d'homem (homem masculino, como diz o meu amigo João) vista por uns bons milhões de compatriotas (entre directos e diferidos) e comentada (quase sempre favoravelmente) por quase toda a maralha.

Isto vai aquecer, ai vai, vai!

Voltámos ao tempo das vitórias morais, tá visto!

A onda de disparates a respeito dos jogos da selecção portuguesa de raguebi (ou será reiguebi? ou...), as honrosas derrotas por menos de cem de diferença com os cavernículas da Nova Zelândia, a quase vitória com a Roménia, etc, etc, porra!

Que falta de pachorra, meus, que falta de pachorra.

Um bando de grootas (lembram-se do Jonhnny Groota? não se lembram, pronto...) gordalhufos e a cantar a portuguesa (parece que a sabem de cor, vá lá, vá lá) com ares agressivos, aos berros, tidos por uma espécie de intelectuais, amadores, uns gentlemen do desporto.

Leiam o que dizia há uns dias um gajo, João Miguel Tavares, no DN, e poupo algum esforço de digitação. Só uns cheirinhos:

"E cantam o hino nacional com um tal entusiasmo que se Louis Pasteur fosse vivo ainda os vacinava."

"... mas daí a transformá-los nos maiores heróis da Nação só porque andam num campeonato do mundo a perder os jogos todos (e por muitos) é capaz - digo eu - de ser um bocadinho exagerado."

""Ficou a sensação que era possível derrotar a Itália." (Título do Público)Ficou a sensação, ficou. Eu às vezes também tenho a sensação que podia jogar melhor à bola que o Messi. Que podia ser mais esperto que o Bill Gates."

"Mas, de quando em quando, a Pátria dá nisto: elege os seus heróis, fecha as cortinas do pensamento, e chora muito a ouvir o hino nacional. É esquisito. Mas é assim."

Aí vai o link, não percam:

http://dn.sapo.pt/2007/09/25/opiniao/quem_nao_atura_elogios_raguebi_levan.html