Thursday, May 31, 2007

A pequenina não ganha juízo

Dizia hoje na rádio a tonta da Marie de Belém, que tem o pelouro da saúde na AR, qualquer coisa como:

... todos sabemos que o fumo do tabaco faz muito mal aos fumadores mas faz ainda pior aos fumadores passivos...

Portanto, gentes: se não fumam passem a fumar porque, segundo esta maluka, não fumar faz mais mal que fumar.

É a tradução do que ela disse, ou não?!

Humor & holocausto

Ouvida não sei onde:

Sabem por que é que o Hitler se suicidou?

Foi por lhe terem mostrado a conta do gás...

Eheheheheheheheheheh

Thursday, May 24, 2007

Os abutres da cultura

A caminho da Índia, vasculhando nas revistas disponibilizadas a bordo, dei com a preciosidade que transcrevo na íntegra, sob o título "Culture vultures". A autora é uma tal Rupa Gulab, a revista é a Hard News (para quem não conhece, como eu não conhecia, podem ir a www.hardnewsmedia.com e dar uma vist de olhos). Realmente os ventos do puritanismo que sopram com violência das madrasas ameaçam influenciar as mentes mais predispostas a impor aos outros a sua moral. E a Índia, que está rodeada de países muçulmanos que tendem para repúblicas islâmicas, tem, ainda por cima umas largas dezenas de milhão de muçulmanos dentro das suas fronteiras. Leiam:

“Whenever I read or hear about Pakistan’s growing band of fundamentalists, I get on my knees, kiss the ground beneath my feet, and fervently bless my grandparents for making a very wise decision in 1947: choosing India over Pakistan. This happens at least a hundred times a day, so it keeps me nice and trim. But now that India’s moral police are beginning to give stiff competition to even the Taliban, I may have to give up this practice. The thing is, I’m frightened. Even innocent kisses are frowned upon in public places.

What shocks me most is that the moral police are doing this (they self-righteously say) to protect Indian culture. Good heavens, do you think the poor dears believe that Kamasutra was written by a dirty-minded Westerner? Or that Khajuraho temple sculptures were created by another dirty-minded Westerner? Or (gasp) that Bollywood flicks are actually made by Hollywood, and the skimpily clad stars making vulgar gestures are dirty-minded Westerners made up to look like Indians? Shouldn’t we tell them the truth? Come on, how long can we shield them from reality?

I’m sure they are reasonable people. Once they discover that Indian culture does include sensuality, they’ll probably recoil in horror, hastily pack their bags and go someplace else where minds are spotlessly pure. I have no idea where on earth this place may be, but I sincerely hope it’s very, very far away. It’s best to break the news to them gently (or else it may break their frail hearts) but we have to do it fast because they are taking the shine off India’s new super-power status by making us look incredibly small-minded and (worse word coming up) hypocritical. I’d like to make crystal clear that I’m not implying that being progressive means being debauched; I’m saying we must move with the times. And the times they are a-changin’.

I felt terribly sad when a hue and cry broke out in Pakistan after pictures of Tourism Minister Nilofer Bakhtiar hugging a male paraglider hit the press: I’m keeping my fingers crossed for her safety. A few days later, our very own moral police made my depression hit rock-bottom. They went on an effigy-burning spree because Richard Gere planted kisses on Shilpa Shetty’s cheek at an AIDS awareness event. Not a pretty sight, but honestly, it was more comical than obscene. And what did they expect her to do anyway? Slap him? I find it extremely odd that this sanctimonious lot rarely (if ever) lead protest marches against really disturbing issues like rape. Now, if they did that too, I’d be one of their biggest supporters.

What’s worrying is that India’s moral police are practically everywhere these days. Recently, Mumbai’s cops went on a rampage. Young couples engaged in PDA (Public Display Affection) were whisked away to police stations, where fines were imposed even for “offences” like holding hands. Incidentally, some of these couples were married, so you can imagine their outrage when the cops made tell-all phone calls to their mummies and daddies.

It’s getting so ridiculous, I wouldn’t be astonished if cartoon channels find themselves in trouble too. Suppose, just suppose, the moral police catch sight of Donald Duck with his wings lovingly draped around Daisy Duck? That’s certainly bound to ruffle a few feathers. Don’t forget that two channels have just been severely reprimanded for airing steamy programmes. So don’t be in a hurry to make that switch from cable TV do DTH, quite possibly it’s only a matter of time before Doordarshan becomes the only channel we’re permitted to watch.

Scary, huh?”

Tuesday, May 15, 2007

Ainda os cursos como o do Sócrates

O modo como o nosso primeiro concluiu a licenciatura em engenharia civil parece ter, finalmente, entrado no rol das coisas passadas. Ainda bem, porque estava a ser usado para enfraquecer o primeiro ministro com um detalhe que em nada o habilita ou desqualifica para o exercício do cargo.

No entanto, há um pormenor que pouco ou nada se comentou e que me parece relevante: a facilidade com que se fazem 4 ou 5 cadeiras para converter um bacharelato em licenciatura, a facilidade com que alguns dos nossos governantes, sem terem deixado de o ser, estudaram e se licenciaram enquanto exerciam os seus exigentes (?) cargos.

Estou um bocado (a modos que...) perplexo, porque eu fiz uma segunda licenciatura enquanto trabalhava e saíu-me do pêlo! As cadeiras que eram leccionadas à noite foram deixando de o ser e para ir às aulas, fazer os trabalhos, os testes e os exames, não havia facilidades. Os quase quatro anos (da outra licenciatura, deram-me equivalência a muitas cadeiras do 1º ano, poucas do 2º e a uma do 3º) foram feitos em seis, e houve um ano em que fiz só uma ou duas cadeiras por ter tido muito que fazer naquele ano na empresa onde, então, trabalhava.

Bom, mas eu não andava numa qualquer UNI, andava no Técnico e não era ministro, nem secretário de estado, nem deputado.

Aparentemente, as funções que referi devem ser sinecuras para permitirem que se assuma com sucesso a condição de trabalhador-estudante, ou os cursos que os nossos governantes tiraram são cursos da Maria Cachucha ou ainda as cadeiras foram dadas (no sentido mais lato do verbo dar) de borla ou quase. Como parece ter sido o caso, tão documentado nos jornais e ainda sob investigação, das cadeiras que "deram" ao Sócrates.

Bem anda a Ordem dos Engenheiros quando separa o trigo do joio e, para além do estágio que toda a gente tem de fazer, sujeita os titulares de "certos cursos" e de "certas escolas" a um exame de admissão.

Veja-se o modo como o Sócrates tirou as tais cadeiras na UNI e compreende-se a posição da Ordem!

Ela mi fu rapita

Que ninguém é perfeito já a minha prima Carolina dizia.

Que a estória da pequena Maddie cheira que tresanda, digo eu ... e vá lá, vá lá!

Que os pais da miuda andem na pinocada com outros casais que curtem bué as trocas, tudo bem, se calhar isso nem sequer é para aqui chamado...

Que não tenham querido usar o serviço gratuito de baby sitting do aldeamento, é lá com eles (até ver).

Que não tenham querido os walkie talkies para acompanharem o sono dos filhos, enfim.

Que tenham dito que durante o jantar iam de vez em quando ver como estavam os putos, parece que é mentira, a acreditar nos funcionários do restaurante e nos do aldeamento a quem fazia muita confusão que eles ficassem a jantar nas calmas, com os putos a dormir. Não só naquela noite, como nas anteriores, a ponto de lhes ofereceram os tais walkie talkies.

Pode ser chato dizê-lo, mas cá vai: até parece que estavam a por os putos mesmo a jeito para alguém os levar. Alguém bem definido? Simplesmente alguém?

Pergunta/alvitra do inspector da judite: para dormirem a horas tão soalheiras (19h30), não estariam sedados?

. . . . . . . . .

Se isto é maldade, lembremo-nos da pobre mãe da Joana, como ela andava desesperada à procura da filha, nos primeiros dias, quando afinal parece (tudo indica) que matou, esquartejou e deu a comer aos porcos a catraia com a ajuda do mano.

Let's wait & see...

Sunday, May 13, 2007

Fátima - 90 anos de embuste

Fátima é hoje um local de culto mariano perfeitamente implantado e estabilizado, com os factos que lhe deram orígem tão distantes no tempo que quaisquer dúvidas que tenham surgido no início e ao longo dos anos podem ser perfeitamente enquadradas e em nada afectam a sua "verdade histórica".

Saber se o que Lúcia disse em 1917 é mais verdade que o que foi dizendo ao longo dos anos, principalmente a partir de 1935, é um exercício que só ajuda a que Fátima seja falada, seja discutida, e, repito, em nada a afecta.

Naturalmente, daqui a 100 anos, o que contará será, como hoje, saber se o complexo é visitado por 5 ou 10 milhões de peregrinos, se o Papa vem ou não vem nesse ano, qual é o cardeal que preside, quantos milagres ocorreram, quantas toneladas de velas são incineradas (é um espectáculo e peras: as velas são autenticamente atiradas para as monumentais assadeiras construídas para dar vazão aos milhares velas que os devotos prometeram acender).

Andaram bem os padres que criaram Fátima, que apostaram em três pastorinhos, um meio tonto, uma muito pequenina e propensa a assumir o que a prima mais velha achava e uma "prima mais velha" marcadamente mitómana, teimosa e suficientemente esperta para perceber que tinha a ganhar tudo (enfim, perdeu a liberdade...) em alinhar no esquema. O cónego Formigão bem pode estar satisfeito, sobre a sua nuvenzinha: enquanto visconde de Montelo fez o que pode para publicitar o novo culto, para promover as peregrinações, para dar um substracto "sério" à coisa.

Da história completamente terra a terra (a boneca em cima da carrasqueira, do tamanho da Virgínia, a falar com uma voz fininha e a dizer, sem mexar os beiços, "eu sou a nossa senhora" ou "eu sou a imaculada conceição") que contou em 1917 evoluiu para uma história que foi retocando à medida que a sua "educação" conventual progredia, com uma senhora mais brilhante que mil sóis, com um manto onde se destacava uma estrela, um coração a sobressair do peito, sangrando abundantemente, a aparição precedida pelo anúncio de um anjo, enfim, um mimo!

Para a Igreja, a contas com o anticlericalismo dominante, aquilo foi uma verdadeira tábua de salvação, que vingou e que dá hoje receitas de que a Igreja tanto necessita.

A última vez que lá fui (não há mais de dois meses) não deixei de considerar uma notável coincidência a forma de nave espacial escolhida para a nova basílica. Fina de Armada deveria ter ficado muito satisfeita (não sei se é viva ou morta), ou não tivesse ela defendido a tese de que o que aconteceu em Fátima em 1917 foi uma visita de um extraterrestre a contactar a população local.

Thursday, May 10, 2007

Islamismo: Hirsi Ali fala do que sabe!

Curiosamente, quem nos apresenta a muçulmana Hirsi Ali é Esther Mucznik, israelita, que escreve no Público.

Hirsi Ali nasceu na Somália (a foto mostra as características fisionómicas das raparigas daquela parte de África, esguias de nariz e rosto finos, normalmente belíssimas) passou pela Arábia Saudita e Quénia, foi trocada, vendida e comprada, excisada e finalmente fugiu para a Holanda.

Não teve aí uma vida fácil pois as suas posições frontais e desassombradas em relação ao mundo islâmico ferem o fino gosto da rapaziada para quem "não podemos ofender as pessoas de outras culturas com as manifestações da nossa", devemos tomar posições islâmicamente correctas, esconder o Natal e a Páscoa, e outras barbariadaes quejandas.

Sem tomar as palavras de Hirsi Ali como "a Verdade" e sem lhe dar especial credibilidade por ter tido uma vida desgraçada, ouçamos, ao menos o que tem a dizer sobre uma realidade e um mundo que conhece bem:

"O Islão é irreformável e incompatível com a emancipação da mulher".

"Fiz esta viagem (da Somália até à Holanda) em direcção aos direitos humanos. Hoje sei que um destes mundos é simplesmente melhor que o outro."

"A verdade é que uma sociedade onde há medo de falar não é uma sociedade livre e ganhar a guerra das ideias é também ousar ofender".

"Nos meus ouvidos ainda ressoam as diatribes do iman apelando ao castigo de Theo (Théo Van Gogh, o neonazi assassinado na Holanda) e prometendo para mim a maldição divina sob a forma de cegueira e de um cancro no cérbro e na língua".

"Apesar do que se diz, este país (os States, qual havia de ser?!...) continua a ser o reino da liberdade".

E por aqui me fico, para os meus leitorzinhos meditarem (se não fôr muitas vezes, não lhes faz doer a cabeça...)

Lisboa...

Não é completamente original (e o que o é?...) mas é uma frase com montes de potencialidades:

LISBOA É UM ASSUNTO DEMASIDAMENTE SÉRIO PARA SER DEIXADO À ELITE LISBOETA, RESPONSÁVEL POR A CIDADE TER CHEGADO ONDE CHEGOU.

(in Público, 10 Maio 2007)

Wednesday, May 09, 2007

E viv'ó SARKO!!!!

Só um pequenino apontamento sobre a pátria das revoluções, da burocracia e da xenofobia:

Depois das "manifestações" de "jovens" que, chateados com a vitória "da direita", queimaram, entre outras coisas, uma scooter (de um grande kapitalista, presumo), espero que Sarko retome o seu discurso sobre a escumalha suburbana e lhe aplique as medidas convenientes.

Chega de 28 de Maio (ou será Maio de 68?)!!!

Sunday, May 06, 2007

Tribunal condena agressão a professora. Aleluia!!!

Será que está algo a mudar? Será que as cabras que agridem professores que não aturam as más criações dos rebentos vão passar a levar pela medida grande? Será?!

Pelo menos, desta vez foi.

Um juiz de Braga condenou a "heroica" autora da agressão a uma professora a uma multa de cerca de € 2.100,00 e a indemnizar a agredida em € 5.000,00. E deixou bem claro que a metia na choça se ela não caísse com o cacau, e depressinha!

A isto chamo eu uma boa notícia! Falta agora fazer o mesmo aos papás dos meninos que agridem ou/e insultam professores e ficam na boa por serem menores.

A lei responsabiliza os pais pelos delitos dos rebentos enquanto estes são menores. Portanto, espero que a coisa pegue, nem que seja de empurrão, e passe a haver condenação de alguém sempre que um professor seja agredido.

A lei deveria, aliás, ser revista para permitir que a agressão a um professor, em funções ou em consequência das suas funções, seja agravada como delito contra um agente da autoridade. Afinal, a relação professor-aluno é uma função social, ensino da juventude, seja esse ensino obrigatório ou não.

Vamos lá ver como é que isto evolui, que pior do que está é difícil...

Saturday, May 05, 2007

O beijo e o Islão (ou Ahmadinejad e a professora)

Segundo o Público de ontem, o presidente iraniano terá sido criticado por ter beijado a luva da sua antiga professora primária, em público.

Alguns peritos em islamismo e estudiosos do Corão (incluindo o mullah Cat Stevens) mostraram-se estupefactos, pois a professora estava vestida com modéstia (os pés e artelhos, que a foto não mostra, também estavam cobertos de negros panejamentos) e o Ahmadinejad tinha os cotovelos tapados (parece que esta malta, quando se excita, fica com os cotovelos avermelhados devido ao afluxo intenso de sangue àquela conhecida zona erógena).

O PND,AA! julga saber a verdadeira razão da reprimenda: olhando bem a foto, vemos que a suposta professora primária é, afinal, um homem disfarçado de velha e o Islão, como é sabido, condena severamente as pessoas portadoras de diferença no campo da orientação sexual.

Nesse campo, a expressão máxima permitida é que os rapazes passeiem de mãos dadas, como é tão comum no mundo islâmico.

..................................

Consultando um dos alfarrábios da Prof Dra Edith Star, a propósito de rapazes de mão dada, recordo que a palavra "almoço" veio directamente do árabe, por junção numa só das duas palavras AL e MOÇO (em português: "o rapaz"). Este prato era muito apreciado pelos mouros que se instalaram no Allgarve e que deixaram vestígios em todo o sul da península.

Já a expressão "pequeno almoço" teve uma génese ligeiramente diferente, tendo evoluído, de forma algo enviesada, de AL MOÇO PEQUENO (em português "o menino", com a variante algarvia "o moçe p'quene"). Esta expressão foi assimilada pelos comunas e a isso se deve o facto de se dizer, maldosamente, que os comunas comiam criancinhas ao pequeno almoço.

Aprendam, leitorzinhos, que a Prof Dra Edith Star não dura para sempre...

Thursday, May 03, 2007

Editorial do Apoiar nº 45

Marques Correia

Os últimos tempos foram dominados pela crise dos reféns no Irão, pela vitória do Botas no concurso para o melhor português de todos os tempos e ainda pelo rescaldo do referendo ao aborto, versão 2.

Deixo passar a questão dos diplomas do 1º Ministro (e das aldrabices na UNI) por manifesta falta de interesse para o comum dos mortais, quanto mais para os ex-combatentes.

A questão dos soldados ingleses aprisionados pelo Irão acabou em nada, o que permite concluir que os partidários da confrontação com o grande Satã e seus acólitos talvez não tenham tanto poder como os sound bytes do sr Ahmadinejad podem sugerir.

Ainda bem, que de guerras e mortos já aquela região tem que chegue e sobre.

Quanto ao concurso para escolher o maior português de todos os tempos, ficámo-nos pelo prolongamento póstumo da luta entre o regime autoritário e retrógrado de Salazar, com a Pide como tropa de choque, e o PCP, defensor da implantação em Portugal de um regime copiado da pátria dos amanhãs que cantam (ou cantavam...) e do Grande Pai Stalin. O concurso foi, pois, desvirtuado, se alguma virtualidade encerrava, com este regresso à guerra fria para consumo doméstico.

Uma outra interpretação, talvez rebuscada, fornece uma hipótese de explicação do modo como o Estado (ou a sociedade, por procuração) trata os ex-combatentes: cerca de 60% dos votantes no dito concurso apoiam Salazar ou Cunhal, ou seja, se a amostra é representativa, 60% dos portugueses consideram os ex-combatentes com stress de guerra como traidores (lembram-se da posição da Liga nos tempos do general Pinto Magalhães e do Prof Herlander Duarte?) ou como defensores do colonialismo e do Estado Novo.

Se calhar a falta de apoio, a falta de seguimento que têm tido as leis que, a duras penas, são produzidas na AR, a sistemática penúria de verbas, se calhar nada disso é fruto do acaso.

Dá que pensar...

Na última Assembleia Geral da APOIAR foi apresentado aos sócios o novo esquema de financiamento do Ministério da Defesa Nacional que aponta no sentido de um corte significativo no apoio do Estado às associações de antigos combatentes, o que poderá conduzir a uma diminuição da actividade que estas associações desenvolvem, substituindo-se ao apoio que as instituições públicas de saúde deveriam prestar.

Só a gestão rigorosa e parcimoniosa que tem sido conduzida pela Direcção da APOIAR permitiu que esta nova atitude do Mindef não tivesse tido consequências gravosas no funcionamento da APOIAR já em 2006.

A famosa Rede de Apoio aos ex-combatentes continua por realizar e não parece estar mais próxima hoje do que quando foi anunciada já lá vão uns quantos anos.

Com a nova política de financiamento das associações adoptada pelo Mindef e sem a Rede avançar, parece inevitável que o apoio aos ex-combatentes corre o risco de se degradar, se não mesmo voltar aos níveis de há anos atrás, quando só o Júlio de Matos prestava algum apoio às vítimas do stress de guerra.

Terá mesmo que ser asim?

Quando vai o Estado ganhar alguma vergonha?!

Ah! Ganda Carmona; força, Professor!

Deliciei-me com a declaração do professor: não se sente culpado de crime nenhum, a lei em vigor não o obriga a demitir-se nem a suspender o mandato, mesmo que metade (menos um) de todos os vereadores se demitisse, a lei viabiliza a continuação da Câmara (a lei privilegia, aliás, a estabilidade: a câmara quase só cai ... se quiser), portanto, fica onde está, para onde foi eleito.

Que ele ficou numa posição muito difícil (refiro-me ao corte do apoio do PSD, o resto é paisagem), ficou; que dificilmente vai conseguir fazer passar o que quer que seja, na Câmara ou na Assembleia, também.

Mas não deixa de me dar muito gozo que um tipo não se deixe levar pelo que a maioria (ou melhor, "as maiorias") pensa, não se deixe empurrar (ainda por cima por moralistas baratos como o Zé Sá Fernandes) e faz o que acha que deve.

... e aposto que o processo de que é arguido vai dar em nada.

A ver vamos!

Tuesday, May 01, 2007

Altar urbano

Vindo pelo eixo norte-sul, na saída para Telheiras, quem é que já reparou numa espécie de altar (posto de guarda?), todo arranjado e caiado de branco, à sombra de uma figueira, com um velhote a cumprimentar quem passa?

Nunca o vi pedir esmola.

Esta manhã estava muito murcho, todo embrulhado num velho roupão, com um gorro enterrado na cabeça.

Passa aqui parte do dia mas ao fim da tarde zarpa para outro sítio onde, talvez, passe a noite.

Aqui fica a nota e a foto.