O Público de hoje trazia uma crónica do José Vitor Malheiros (jornalista?) que reproduzo na íntegra.
É um belo exercício de má língua e ocultação da verdade, a pretexto de dois acontecimentos que facilmente mobilizam a simpatia do público:
Um deles, é a ofensiva do Governo Húngaro contra a imprensa que publique inconveniências (inclusive sobre sexo, álcool e outros crimes lesivos da moral pública, do interesse público e da ordem pública...) ou que distorça a realidade ou a descreva de forma desequilibrada.mas também contra e de cromo aqui ao lado até que tem razão!
O outro é o caso da Ensitel contra uma cliente (a Ensitel mal aconselhada, a cliente, como é natural, com tudo o que são redes sociais a seu favor - além disso, tudo indica que tinha razão).
Ora o nosso Malheiros, aproveita o caso da Hungria para tecer considerações sobre as os direitos dos cidadãos europeus, sujeitos a todos os atropelos (sublinho o todos) a pretexto do combate à crise, e sobre as liberdades na União Europeia, sujeita a todos os atropelos (volto a sublinhar o todos) a coberto do combate ao terrorismo.
O Malheiros deve viver na Lua, ou em Marte, pois a situação de duplo atropelo de todas as liberdades e todos os direitos nem nas democracias mais musculadas se verificam (States, Israel, Rússia?) quanto mais na abúlica e blasée União Europeia...
No segundo caso, o homem confunde uma acção no tribunal (por muito inábil, idiota e contraproducente que seja e foi) com uma acção cavilosa e maldosa para "amordaçar e intimidar um cidadão apenas porque não gostava do que ele dizia".
O Malheiros limita-se a apanhar a onda das redes sociais para dar uma de grande libertário.
Oculta (propositadamente?) que o Centro de Arbitragem deliberou contra a consumidora limitando-se a dizer que o Centro "também não resolveu a questão"...
A cliente da Ensitel conta tudo no seu blog e não oculta o pormenor da deliberação do Centro de Arbitragem. Não se conformou com ela, mas não a escondeu, como o escriba do Público.
A Insitel podia estar muito mal aconselhada (pelos vistos já não está - retirou a queixa e emitiu pelo menos um comunicado conciliador) mas a verdade é que actuou via tribunal, depois de o Centro de Arbitragem lhe ter dado razão.
No seu direito, portanto.
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