Finalmente parece certo: os moradores conseguiram ver reconhecida a iniquidade da intenção da C.M. de Viana do Castelo em usar o Polis para financiar a demolição do edifício Coutinho e a consequente indemnização e realojamento dos seus moradores. A C.M. de V.C. recorreu ainda ao governo pedindo o reconhecimento da utilidade pública da operação. Levou nega!
O caso é simples e recordo-o: um prédio de 13 ou 14 andares foi construído na baixa de Viana do Castelo há uns 30 anos (por volta do 25 de Abril); há alguns anos, uns inteligentes resolveram que o prédio destoava naquele local (e destoa mesmo - é muito mais alto que os que o circundam) e vai daí, entenderam que havia que corrigir o "erro urbanístico" à força do camartelo municipal.
Os 300 (TREZENTOS) moradores não se ficaram, até porque não se trata de habitação degradada, antes pelo contrário, a localização é óptima e a construção foi feita cumprindo tudo o que a lei exigia no tempo em que ocorreu.
Além disso, achavam uma perfeita loucura e um precedente perigoso que fizesse regra a atitude de que "se eu não gosto da tua casa, faço um referendo municipal para a deitar abaixo!"
É verdade: chegou a ser defendido o recurso a um referendo local em que se perguntaria a toda a população da cidade se queria (SIM ou NÃO) que a casa alheia fosse abaixo. Uma "casa" legal, não um barraco clandestino.
Bruxelas não foi sensível aos argumentos da C.M. de V.C. que alegava "razões estéticas" e considerou inoportuna a demolição de um edifício em bom estado e construído de acordo com os preceitos legais então vigentes. Ora toma!
Aleluia, o bom senso prevaleceu.
1 comment:
O Público de hoje traz este artigo, na Tribuna do Leitor, Local - Lisboa, assinado por um tal Marques Correia.
Será este o nome verdadeiro do Dr Zeco, ou o tal cidadão sacou o texto daqui e mandou-o para o Público, inspirado no corta e cola da Professora Dra Clara Pinto Correia?
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