A EXPO 98 pode ter custado uma porradaria de dinheiro, o investimento público pode não ter sido ainda totalmente recuperado, a EXPO propriamente dita e a subsequente Parque EXPO pode ter dado rios de dinheiro fácil a rebanhos infindos de boys, seniors, filhos e afilhados, clientelas ávidas de tachos e carreiras sempre ascendentes à sombra do partido (geralmente PS e PSD), do padrinho, do "senhor".
Mas, mesmo assim, valeu a pena: nunca se tinha feito em Lisboa uma intervenção urbana tão extensa, tão profunda e tão bem sucedida, pelo menos com as três caracretísticas ao mesmo tempo.
As fotos são fresquinhas, tiradas esta manhã. A de cima, mostra o que 12 anos fizeram das árvorezinhas juvenis e dos arbustos incipientes na alameda dos vulcões de água (vê-se um, ao fundo).
A seguinte mostra uma intervenção actual, encostando um hotel de 20 andares à torre Vasco da Gama a qual, só com o restaurante do Zé Manel Trigo, lá no alto, não conseguia ser viável.
A última, ao lado, mostra uma das faixas de trânsito condicionado que passa entre o pavilhão de Portugal, o pavilhão multiusos e a FIL, do lado do rio, e o Shopping Vasco da Gama e o Casino, do outro lado.
Imaginem o que o Zé Sá Fernandes teria feito se a EXPO não tivesse sido protegida por um sistema de licenciamento blindado que permitiu decisões rápidas e sem recurso única maneira de termos a EXPO pronta a tempo de abrir na data aprazada.
Sem isso, teríamos agora vários processos a chegar ao Supremo, muito provavelmente com derrotas para o detestável advogado, mas a zona oriental de Lisboa teria continuado um estendal imenso de ruínas, fábricas encerradas e lixo.
Mas a salvo dos especuladores (esses malandros!)...
1 comment:
Zés destes não passam de uns empatas.
E empatas só dão prejuizo.
Portanto abaixo com qualquer Zé.
Mas se aparecesse um José honesto deixava fazer a Expo, mas controlava o equipamento que mais trabalhou naquele projecto.
Esse equipamento que o governo de Cavaco Silva criou e o Governo de Guterres usou, era uma portentosa máquina de fazer dinheiro.
Nem era preciso ser economista, mas qualquer pedreiro que lá trabalhava, via a massa jorrar a uma velocidade estonteante.
Mas desmontar uma máquina daquelas era muito dificil.
Vamos ver como se comporta a máquina que agora estão a preparar para o TGV.
Post a Comment