Se Terreblanche vai muito bem no papel de vilão, é bom que se diga que o ANC não fica nada limpo nesta fotografia.
A transição do apartheid foi feita com suavidade (em grande parte graças a Nelson Mandela), com um mínimo de perdas de vidas e mantendo uma economia robusta, permitindo-se até que tipos com as ideias de Terreblanche continuem a viver no país e a manter partidos assumidamente racistas.
Mas a verdade é que o ANC não tem resistido à tentação de falar contra "os fazendeiros" (brancos, claro), permitir que alguns dos seus membros com responsabilidades incitem à morte dos mesmos (pelo menos de alguns), criando um clima propício a actos como o que vitimou agora o racista mór.
As coisas na RSA têm sido muito diferentes do Zimbabwe, mas os ingredientes que levaram Mugabe a tirar as terras aos brancos e dá-las aos patrícios da nomenklatura estão lá todos, se calhar até com maior visibilidade, como é o caso de racistas como Terreblanche.
Até agora, os defeitos dos lideres pós Mandela têm-se limitado a bizzarrias inconsequentes (um não acreditava que a SIDA é causada por um vírus, o actual curte bué ter, oficialmente, várias mulheres...).
Pode ser que o próximo precise de mobilizar as massas para ganhar as eleições (ou para reverter na marra uma eleição mal sucedida...) e se lembre de lançar mão do racismo da turba, latente mas sempre pronto a explodir em violência.
E há lá melhor coisa para mobilizar as massas que açulá-las contra o branco para lhe ficar com a fazenda, com a casa, com a mulher?!
1 comment:
O grande africano para os africanos não é o Mandela, mas sim o Mugabe.
Claro que isto é com voto secreto.
Com braço no ar é o Mandela o maior.
Cumprimentos e saudinha
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