Estranha combinação: foi preciso um Primeiro Ministro pragmático e um Presidente "pouco político" e, certamente, não de esquerda, para se dar o passo que faltava para alargar a abertura das portas da política e da administração pública às mulheres.
Aleluiah!!!!
Até aqui, o políticamente correcto dita(va) que forçar a abertura dessas portas, impondo quotas, era uma desconsideração, uma desqualificação para as mulheres (o que é verdade) e o assunto morria por aí.
Com esta medida, a que o PS se antecipou metendo nas suas listas 1/3 de mulheres, vamos mais além, acelerando a ascenção de mais mulheres a cargos políticos, em proporção cada vez mais equilibrada, e participando com cada vez maior peso na formação das listas de candidatos ao Parlamento e às Autarquias, na escolha de pessoas para cargos na administração e nas empresas públicas. Esse maior peso evitará, cada vez mais, que nessas escolham as mulheres sejam sistematicamente preteridas, mesmo que mais competentes que o macho escolhido, uma vez que , até aqui, as escolhas têm sido feitas por grupos de cavalheiros, com imensa consideração e respeito pelas "senhoras" mas mantendo a convicção íntima e inconfessada de que o lugar das ditas "senhoras" é o lar, é a educação dos filhos, são as peúgas do marido.
Sem este abanão, sem este verdadeiro atalho forçado, continuaremos com participações de 10 ou 15% de mulheres e viva o velho, sabe-se lá até quando...
Acho que esta pequena desconsideração valeu bem a pena!
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