O Vasco Pulido Valente é (parece ser) uma pessoa amarga, olhando o mundo com olhinhos míopes e provincianos (oh! Oxford, que faço eu aqui?!), com um pessimismo radical em relação às pessoas (pelo menos aos seus - ai dele! - conterrâneos) e às coisas. O livro da Filomena Mónica dá-nos alguns elementos para percebermos o (des)funcionamento do artista. Leiam o livro dela que vale a pena. Não pela história da época em que decorre (tudo passou ao lado daquela rapariga...) mas pelas petites histoires, de alcova e próximas disso.
De qualquer modo, o senhor de vez em quando dá umas cacetadas certeiras, até com uma certa parcimónia o que só confere credibilidade ao acto: deixa de parecer a habitual descasca de arrasa pessegueiro, para se vestir de crítica ponderada e feita com olímpico distanciamento.
É o caso do texto que vos trago (sacado do Público de domingo, creio eu...) em que os descascados são os tipos que protestam contra toda a obra que implique a destruição de um local de culto, perdão, de um lugar onde um anti fascista levou umas chapadas ou teve que assumir a pose de anjo, de braços abertos (a estátua, como lhe chamavam).
Só que, as mais das vezes, o putativo anti fascista mais não era que um impenitente comuna, empenhado, isso sim, em implantar na Parvónia uma espécie de Comuna de Lisboa, inspirada no país do Grande Pai Stáline (que para sempre seja louvado!).
A Pide e o PC estiveram envolvidos numa guerrinha particular que durou anos, aquela enviando para o Tarrafal os comunas (e outros opositores) que vinham à rede, estes ansiosos por mandar neste jardim e atirarem com os Pides (e outros opositores) para a Sibéria ou pior...
No fundo, no fundo, eram e são farinha do mesmo saco.
Bem, perdoem-me a arenga e leiam o VPV, que vale a pena.
2 comments:
És mesmo um facho de merda!
A tua ideia sobre os milhares de portugueses que andaram a sofrer a tortura às mãos da pide é mesmo de facho.
Se calhar os pides é que eram os bons não??????
Esta só mesmo de um MRPP reciclado.
Vai-te embora?
Pensava que neste blogue da treta as perguntas dos leitores eram respondidas, em vez de se mandar embora os comentadores, ainda por cima com um insulto (chamar lula é, suponho, um insulto).
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