O melhor comentário que vi sobre a questão das barragens vem hoje no Público, é muito curto e direto, e foi escrito por um sr Andrade, do Porto. Reproduzo-o ao lado.
Começa com
"O Douro está cheio de barragens e foi classificado Parimónio Mundial pela UNESCO, mas agora uma barragem num afluente desclassifica a região só porque se trata de uma barragem..."
No mesmo jornal, também hoje, publicou-se o pior comentário - esse é muito mais difícil de escolher pois abundam os comentários de supostos ambientalistas atacando as barragens por adulterarem a paisagem e os "habitats! (?) e os "ecossistemas" (?!) sem valorizarem a reserva de água doce, cada vez mais escassa e a regularização dos caudais.
Na realidade, ao sabotarem os planos de aproveitamento do potencial hidroelétrico nacional estão a apoiar a construção e a manutenção ao serviço de centrais térmicas que enviam toneladas e toneladas de CO2 e partículas para a atmosfera.
E defendem eles as medidas contra as emissões de gases de estufa!
Pois o sr JF, também do Porto, vem afirmar as alternativas às barragens, que toda a gente sabe que estão ali ao virar da esquina e que são, adivinhem:
- energia magnética (?!!!);
- energia ponto zero (!!!!!);
- água salgada (what?!)
- muitos outros interessantes sistemas mistos (oh égua!)
Este, ao menos, não me parece querer fazer-se passar por ambientalista, antes pretende dar-se ares de ocultista ou "iniciado" em ciências muito avançadas (que tal o motor ião-solar, está fora de moda?).
Num ponto não consigo atinar com a lógica dos "ambientalistas": quando lhes dá para a questão da água, traçam um quadro dantesco sobre as guerras que no futuro teremos por escassez de água potável; quando toca às barragens assanham-se com garras e dentes contra os que as apoiam.
O que parece que o lógico e razoável seria construir grandes barragens para aproveitar a água doce e, como complemento, turbinar alguma água para gerar energia elétrica limpa e barata.
Mas eles são tudo menos razoáveis...
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