Sunday, June 07, 2009

DIA "D" - SE O RIDÍCULO MATASSE...

Na foto ao lado vêem-se dirigentes de vários países cujas tropas tomaram parte na invasão da Normandia, iniciada com uma série de desembarques extremamente mortíferos em 6 de Junho de 1944.

Como vem sendo habitual desde o fim da guerra, homenageiam-se, acima de tudo, os cerca de 20.000 soldados que nos primeiros dias ali morreram, sendo figuras centrais os veteranos ainda vivos, cada vez menos à medida que os anos passam.

E já passaram 65 anos.

Na foto identificam-se o Obama, o príncipe Carlos de Inglaterra, o primeiro ministro Gordon Brown, talvez o Sarkozy na extrema direita da foto. A foto parece normal, mas, de repente, há um pormenor que me salta à vista de maneira gritante: o peito fartamente medalhado que aparece na foto não é o de um veterano, mas o do príncipe Carlos de Inglaterra.

Ó diabo! não será mau gosto esta exibição medalhística, numa cerimónia em que as medalhas dos antigos combatentes assinalam, no mínimo, a sua presença na campanha que levou à vitória sobre a Alemanha, representando muitas vezes a participação em batalhas, ferimentos em combate, actos relevantes heróicos ou abnegados debaixo de fogo, etc, etc?! Ora as medalhas do príncipe, se bem que, certamente, conferidas regularmente (e, se calhar, com mérito) referem-se a actos de militar "de aviário", serviços distintos, comportamento exemplar, medalhas atribuídas por países estrangeiros, medalhas comemorativas, etc, etc, etc.

Não será de um mau gosto extremo o controverso príncipe aparecer nas comemorações do dia D com o peito coberto de medalhas "desse tipo"?

Certamente que sim, para além de o cobrir de ridículo...

2 comments:

mac said...

O príncipe provavelmente não pode ir contra o rígido protocolo. Coitado.

Marques Correia said...

Se calhar... mas lá deveria estar a Camila para o fazer ver estas coisas e loisas.
Aliás, ele teve, em relação à dita Camila, o grande amor da via dele, uma atitude nada respeitadora do protocolo. Casou com a coisinha, sim senhor, obedecendo à escolha da mamã, mas continuou ostensivamente a pô-los ao súbdito respeitador e obrigado com quem a fogosa Camila estava, então, casada.