Há pouco dei com um comentário ao post anterior que, por ser um estereotipo bem conhecido, merece destaque. Dizia a comentadora: "...Os portugueses (e quando digo portugueses, refiro-me àquela esmagadora maioria, que ainda tem a mania dos piqueniques à beira de estrada, com direito a garrafão de vinho, que definitivamente não sabe o que quer dizer "proibido estacionar nesta rua", pensa que o chão é um grande caixote do lixo, entre tantas outras coisas...) NÃO ESTÃO PREPARADOS para, como alguém muito bem disse, "aspirinas e pílulas do dia seguinte ao lado dos tampax"!!
Às vezes fico com a sensação que muito boa gente (não penso que seja a maioria, mas não serão poucos) fica tão espantada com as semelhanças que encontra entre oa tempos de hoje e de há décadas atrás, que não conseguem ver as diferenças que também há e não são poucas.
E então este argumento miserabilista (para amenizar o discurso...) de que as pessoas não estão preparadas, tira-me do sério, bolas!
Quanto um fabiano me diz que "ah, e tal, misturar referendos com eleições não pode ser porque confunde as pessoas" e eu lhe pergunte se o confunde a ele, a resposta é invariavelmente: "a mim não, posso responder a perguntas seguidas sobre assuntos variados que não me atrapalho".
Pois é, os outros é que são burros, limitados, impreparados! Os doutores que assim julgam os outros, "a esmagadora maioria dos portugueses", esses são uns águias.
Ainda por cima, sendo incapazes de ver as mudanças que marcaram o país de uma ponta à outra, conseguem, por outro lado, com um simples golpe de vista, aperceber-se do que pensa a "esmagadora maioria dos portugueses".
Tenham juízo e tenham a humildade de estudar, ler ... aprender.
1 comment:
O engenheirozeco acha então que os portugueses estão preparados para a democarcia?
Qualquer cego vê que não estão: toda a gente quer é desenrascar-se à custa de lixar o vizinho, se for preciso; os políticos enquanto estão no poleiro só pensam em encher-se, antes que o tacho acabe.
O dr Salazar é que tinha razão quando disse que os portugueses não estavam preparados para a democracia e que os pretos não estavam preparados para a independência.
Que não estavam, viu-se.
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