Boaventura Sousa Santos não perde tempo e continua a massacrar-nos com a sua retórica esquerdalha, mascarada com o bom senso que se costuma atribuir aos "cidadãos". E Boaventura, independente de partidos e movimentos, fala sem estar a fazer fretes a ninguém, pensa pela sua cabeça, é um cidadão. Logo, tem crédito...
Pena é que essa cabeça não lhe dê para mais e o inefável sociólogo continue apostado em arranjar uma solução para Portugal reduzindo a dívida ao que ela seria sem a especulação, por meio de uma auditoria transparente e internacionalmente credível.
Agora vai um bocadinho mais longe: só depois da queda do Governo (ao que parece) a especulação terá sido patente, por acção dos políticos irresponsáveis que não se souberam entender.
Pensa ele que se os juros baixassem para 3%, dos 8, 9 e 10% nos empréstimos contraídos nos últimos meses (um ano que fosse) alteraria alguma coisa de substancial na dívida?!
Desobediência financeira?! Isso é olhar os credores com sobranceria, dando uma de macho latino?! Ele achará que resulta mesmo? Ele não explica muito, não deve ter pensado muito no assunto...
Proibição de juros usurários? Será que o pateta não percebe que foram os juros muito baixos que levaram os portugueses a se endividarem (e os bancos, para providenciarem o crédito para os clientes compradores de casa) e não os juros usurários?! Se a banca se financiasse a 10% e emprestasse a, digamos, 15% será que ele acha que o endividamento das famílias (e, por tabela,. dos bancos) seria o que é?
Por que é que este zero à esquerda não se fica pela sociologia, matéria onde (ao que me dizem...) é mesmo bom?
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