Confesso-me um admirador (moderado) de Paulo Portas, desde os tempos em que ele surgiu na nossa sociedade, ao leme do Independente, ao lado do desaparecido em combate MEC.
Nesse papel, pesem embora alguns excessos sanados em tribunal (nem todos estão sanados), mostrou bem a importância que um jornal pode ter como “sentinela” atenta ao que acontece na sociedade, denunciando, alertando, xingando e dificultando a deriva autocrática que tenta qualquer poder se não sentir sobre si o olhar atento e actuante do público. Cavaco que o diga...
Dito isto, recordo o episódio do Manifesto Anti Portas (lobby gay, etc) lançado pelo Candal, numa campanha eleitoral em Aveiro em que o outro cabeça de lista, além dos mencionados Portas e Candal, era Pacheco Pereira, pelo PSD. A esse manifesto e às insinuaçãoes quase explícitas, Portas respondeu com um simples não digo que sim, nem digo que não, ninguém tem nada que ver com o assunto, matando a questão à nascença. Nesse ano, votei CDS/PP.
E recordo o episódio para destacar a diferença abissal entre essa recusa liminar à discussão de matéria privada e o modo como o PS e Sócrates reagiram aos boatos de cariz semelhante, lançados sobre este último, nos últimos tempos.
Em vez de matar a questão à nascença, Sócrates e os dirigentes do PS desdobraram-se em declarações, artigos e entrevistas, não perdendo uma oportunidade para manter nas primeiras páginas e no prime time um problema que dava a Sócrates a oportunidade impar de se apresentar como vítima inocente do lobo mau.
Esperando vir a facturar nas urnas, se a questão aguentasse mais umas semanitas na ordem do dia.
Isto é, onde um recusou discutir questões de foro íntimo, o outro, amplificado pela equipa, declarou freneticamente que era mentira, que estava a ser caluniado, que o boato fora lançado por gente do PSD, que não era desses, numa verdadeira campanha de vitimização, não tendo escrúpulos em agitar aos sete ventos e em proveito próprio, uma matéria que afirma ser do foro privado.
Estes dois episódios sugerem bem que, para além das meras diferenças ideológicas e questiúnculas políticas, há um abismo entre a estatura moral de Portas e a de Sócrates.
E, como muito bem notou o inefável Vasco Pulido Valente, a verdade é que Sócrates continua a ser levado ao colo durante esta campanha: pelos jornalistas, pelos seus colegas de partido, pelo moralista Pacheco Pereira, pelo Senador Freitas do Amaral.
Vamos ver se compensa.
1 comment:
Continuas a caluniar o engº Sócrates ó engenheirozeco de merda.
Talvez te fodas um dia destes.
Continuas esconso e cada vez mais apostado na promoção do pedro, o putanheiro, que como dizia o Bocage, comeu, bebeu e fodeu-nos sem ter dinheiro.
Este teu blog continua uma boa merda.
Quem te segue, ó seguidor?
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