Esta manhã, ao preparar as pilhas de jornais e revistas para mandar para a reciclagem, reparei, de relance, neste texto de Pedro Lomba que me tinha impressionado muito, muito favoravelmente quando o li.
Felizmente estava na contra capa do Público; se estivesse lá para o meio, tinha-me escapado e era pena.
O texto é sobre a morte do amargo Saramago, sobre as intermináveis louvaminhas que a esquerda bem pensante lhe teceu, ao mesmo tempo que atirava pedras a Cavaco por não se ter curvado perante esse escritor emérito que a esquerda tanto enalteceu, mais como cidadão do que como escritor...
O que é engraçado é Pedro Lomba estabelecer um paralelo entre Cavaco e Saramago, ambos vindos de famílias (e regiões) pouco favorecidas e que subiram à custa de muito trabalho, muita perseverança. Termina com:
"... a nossa cegueira, diria também que a nossa mesquinhez, está em muitas vezes não reconhecermos que a disciplina e a exigência pessoal podem produzir realizações diferentes daquelas que valorizamos.
Nem tudo é literatura."
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