Aparece agora como deficiente das Forças Armadas: devem estar a gozar com a nossa cara... mas até pode ser que seja; que dizer?!
Eu perceberia (enfim, pelo menos acharia alguma lógica) se o Marques Júnior se arrependesse do caminho que tomou depois do 25 de Abril, apagasse a carreira política e recuperasse a carreira militar. Isto, claro, desde que devolvesse os carcanhóis que ganhou como político; sem isso, vai recuperar a carreira de que desistiu, mantendo todas as mordomias e benefícios da que seguiu, em clara vantagem sobre os colegas que seguiram a carreira militar, com as suas chatices e as suas virtudes.
Mas afinal, por que carga de água se faz a reconstituição de carreiras? A ideia era compensar aqueles que foram prejudicados na carreira militar por terem participado no 25 de Abril e que, por isso, foram preteridos por quem manteve poder na tropa e não lhes perdoou essa tomada de posição.
A realidade é outra: a reconstituição de carreiras destina-se a forçar a promoção a coronel de todo o bicho careto que andou pelas politiquices de direita e esquerda, passou à reserva num posto baixo (major...) e, não tendo triunfado na política nem nos negócios voltam agora ao seu lugar à mangedoura, alegando terem sido prejudicados pela sua meritória passagem pela defesa das liberdades do povo (!).
É um reconhecimento da menoridade e irresponsabilidade dos militares que nem sequer assumem as consequências das suas escolhas - para o bem e para o mal.
Garante-se assim que todo o oficial chega a coronel (e cabos a sargentos - conheço alguns casos...) por muita asneira que tenham feito do 25 de Abril até aqui.
E nós sustentamos esse regabofe...
Vejam aqui o comentário ácido, como não podia deixar de ser, de um coronel - verdadeiro, não chegou lá por via da reconstituição da carreira...
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