Saturday, October 18, 2008

HAIDER - É MELHOR UM SKIN NO PARLAMENTO QUE CEM NA RUA

    • ÚLTIMA HORA (OU QUASE...)
    • Afinal, o Haider andava enrolado com um puto que "puxou" para vice e sucessor do partido.
    • E são os skins tão homofóbicos!
    • Realmente, quando se vê o skin Mário qualquer coisa a fazer musculação com os seus capangas, tudo em tronco nu, cobertos de brilha cobre ou coisa que o valha, pensando bem, há ali um certo ambiente gay, ou não?!
    • Podiam eram assumir um bocadinho a "diferença"...

    A morte de Haider deve ter deixado muito gauchiste babado de gozo, pensando que a extrema direita austríaca perdeu algum impulso com essa morte. Talvez sim, talvez não. Por mim prefiro ver a coisa por outro prisma, que me parece muito mais importante: a extrema direita existe, há muito boa gente que acha que os imigrantes são uma ameaça para muitos aspectos da nossa vida, que não gostam de mouros, ciganos nem de pretos e outros que, mais "intelectuais", apreciam a "obra de Hitler" e consideram que o holocausto é um tremendo exagero promovido pelos judeus.

    Tudo bem, afinal a extrema esquerda também tem o direito de idolatrar o Grande Pai Staline, o louco do Mao ou o atrasado mental do filho do Grande Líder.

    O que é preciso é que essas gentes, organizadas ou não em grupos políticos, nos tentem convercer da bondade das suas ideias e, periodicamente, as submetam à sociedade para se saber qual a aceitação que têm. E se a aceitação for grande, não vejo por que carga de água não hão de participar em Governos, Parlamentos e Assembleias autárquicas sem que o país seja ostracizado como o foi a Áustria com o governo Shuster-Haider.

    Afinal, o que é pernicioso é que essa malta de extrema (direita, esquerda ou religiosa) resolva impor as suas ideias à força, com arruaças de rua e perseguições aos seus odiados-de-estimação.

    Por outras palavras:

    mais vale um Haider no Parlamento que centenas de skins na rua à caça de pretos e ciganos.

          4 comments:

          Fátima Santos said...

          vinha mostra-te ESTES FILMEZITOS!!! nem sei se a propósito,neste post...

          Marques Correia said...

          Vem perfeitamente ao encontro do que defendo: o Haider tenta(va) vender-nos as suas ideias, por muito abstrusas que nos parecessem. Quem compra, vota nelas e, eventualmente, alinha nas actividades das associações e/ou partidos que federam quem com elas comunga.

          Os tipos do Hamas têm como actividade principal (que se veja...) a promoção e accionamento dos meios para nos obrigar a alinhar na religião deles, com tudo o que essa religião tem de colateral, e a cortarem-nos a cabeça se não alinhamos.

          Claro que há muita rapaziada (de esquerda, principalmente) que preferia que a extrema direita se limitasse à arruaça e violência de rua: contestá-la, manifestar indignação, exigir medidas drásticas é fácil e "vende" muito mais do que explicar (a mim, por exemplo) por que é que a imigração maciça e descontrolada é um bem para a sociedade que a acolhe...

          Anonymous said...

          Concordo com a ideia, mas trazer o Jorg Haider para a "primeira página", com direito a foto a toda a largura (e uma boa foto, ainda por cima) não deixa de ser um favor (um "frete"?) à extrema direita.
          Não haverá aí um fascíniozinho pela extrema direita, com a sua disciplina, os seus chefes, as suas paradas, os seus comícios bem encenados e executados?

          João Só

          Marques Correia said...

          Touché!
          Realmente, a extrema direita, se bem que ignorante, preconceeituosa e brutal, não deixa de ser uma espécie de herdeira dos mitos do nazismo, com as suas sociedades (ou departamentos) secretos e personagens mais ou menos misteriosos (a Anenerba, o filósofo Horbiger, as investigações do Otto Rhan em busca do Santo Graal, até o tarado do Hess e do seu vôo "esquisito" para a Escócia).
          O regime cometeu crimes só comparáveis aos da Rússia de Stalin, mas nesta tudo era brutalidade crua, processos encenados de forma canhestra e directa, mortes cujo objectivo era perfeitamente claro.
          O regime nazi era muito mais sofisticado, cheio organizações concêntricas, de hierarquias pouco convencionais e tendo subjacentes teorias esquisitas e das quais pouco transpirou.
          Ou pouco interesse despertou aos investigadores, para além do resultado final: a morte de milhões de vítimas.