Saturday, December 31, 2005

Será desta que o bom senso prevalece?

A rapaziada arvorada em Movimento Cívico continua a reclamar contra a demolição da casa onde Almeida Garrett viveu os últimos dois anos (ou serão 2 meses?) de vida.

Para este tipo de gente, é irrelevante que a CML não tenha cheta para evitar a ruína de inúmeroas edifícios que possiu, bem mais valiosos que este (que até é de um particular). O palácio Benagazil está quase irrecuperável, o palácio Ulrich até dá pena ver o estado em que está e que do exterior não se adivinha, o palácio das Galveias precisa de trabalhos urgentes, o palácio Pimenta (museu da Cidade) de urgentes trabalhos precisa, etc, etc, etc.

Para esta malta é irrelevante que a CML não tenha cheta para aproveitar razoavelmente as inúmeras casas de cultura (abertas, abertas às vezes, ou fechadas) que possui - o caso do S. Jorge é um entre muitos - e que se vão degradando.

Para esta gentalha, o que interessa é engrossar o Estado (venham os tachos!!!) e lixar os empresários, tudo em nome da Kultura - afinal na Sóvia o Estado não precisava de empresários para nada!

A dois passos da putativa casa de Garrett há a casa Fernando Pessoa, aberta e funcionar (bem, tanto quanto sei), há o cinema Paris que a CML comprou e não sabe bem o que lhe há-de fazer, há o cinema Europa para cujo local os tais cívicos também querem um centro qualquer, impedindo que o proprietário construa no local (betão, que horror!!!). Mas, segundo eles, o bairro precisa de todos esses centros de Kultura e ainda é pouco!

Espero que a CML se mantenha firme e não permita que este bando de merdosos continue a dificultar a recuperação do património edificado - pago pelos privados, claro!

O Pestana Palace, o palácio Sotto Mayor, o Condes e o Eden são exemplos de edifícios que foram restaurados por privados, com alteração de usos e programas diferentes dos anteriores, mas onde o Estado não teve que gastar um cêntimo.

Mas esta malta pensa que deve ser o Estado a pagar tudo, como se fazia na Sóvia, que se lhes há-de fazer?...

4 comments:

Anonymous said...

Esperar que morram...

Anonymous said...

Dei com este blog numa noite de insónia... Li os posts mais actuais, alguns dos antigos, alguns comentários; com alguns (posts e comentários) concordo e com outros discordo, o trivial nestas andanças.
Uma dúvida - deve ser da quadra - se me apresenta (e não é a primera vez, nem o primeiro blog...): porquê tanta agressividade? Numa pessoa com esta evidente facilidade de expressão, porquê recorrer ao insulto fácil em vez do argumento razoável? Porquê chamar pateta ou mesmo parvo ou ainda pior ao interlocutor, quando não faltam ao dr Zeco nem os dotes do oratória nem a cultura necessária ao rebatimento inteligente do comentário? Acho que só lhe falta a paciência... Ou considera porventura que está abaixo dele responder civilizadamente a comentários discordantes?
Não tem directamente a ver com o blog, mas por outro lado até tem, é um fenómeno que me preocupa: se as pessoas com reservas de cultura e oratória desistem da civilidade no debate, vamos parar novamente às cavernas?

Fátima Santos said...

PARTE I - Upa! concordo totalmente com este anónimo escreve ainda mais num tom coloquial e sereno. Concordo que este blog, que acompanho dia a dia, e que sei ser de alguém com todas e mais alguns dos predicados assinalados, tem um tom agressivo a "embrulhar" tudo o resto. Parece-me que em 2006 o DrZeco podia fazer um exercício de ... sei lá... Ora pense que não dói e depois diga de sua justiça.
PARTE II - Também me parece que deveria haver um critério para o aproveitamento de edifícios, mas discordo que a questão da CML seja principalmente de "cheta" e sim desses critérios bem definidos, consistentes e tornados públicos.
Desse modo, os tais contestatários seriam ouvidos aquando da discussão dos mesmos (critérios)e a seguir o mais que tinham afazer era peditórios para comprar as casas onde morreu este, nasceu aqueloutro e pariu a outra...Mas, irmão meu, há edifícios actuais (quero eu dizer, da história de Portugal recente) que deviam ficar de pé para fazerem história como o fazem os edifícios que citas muitos deles mal tratados.
Exemplo? Ai que me vai cair o Carmo e a Trindade (de onde vem este dito?) ...o edifício da Pide da A.M. Cardoso.
Disse.
Um bom 2006 Qual bom...ESPECTACULAR!!!!!!!!!

Fátima Santos said...

Olha ISTO que está no blog aqui do burgo makjeitemoces