E aqui vai mais um soneto da lírica Bocageana. Este também mete igreja, como convem à quadra, e é muito, muito, bucólico:
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Quando no estado natural vivia
metida pelo mato a espécie humana
ai da virginal menina desumana
que à força o cono seu aberto via.
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Veio e Estado Social um dia,
manda a lei que o irmão não foda a mana,
é crime até chuchar uma sacana
e pesa a excomunhão na sodomia...
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Quão, lascivos cães, sois mais ditosos!
Se na igreja gostais de uma cachorra
ali mesmo, ante o altar, fodeis gostosos!
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Enquanto a linda moça, feita zorra,
desvia a custo os olhos voluptuosos;
no altar, a vista; a mente, em porra!
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Bonito, lindo, natalício...
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