Saturday, March 04, 2006

...também não a consigo condenar

O tribunal que julgou Maria da Conceição por assassinato consumado do marido Gonçalo absolveu-a por a acusação não ter conseguido provar o crime.

A vol d'oiseau, o Gonçalo dava porrada de criar bicho na mulher, a quem ia fazendo filhos nos intervalos do tráfico da droga, dos copos e da vadiagem. Um belo dia morreu, ela meteu-o numa arca frigorífica e lá o "conservou" seis neses até se mudar com o novo marido para outra terra. Não se sabe se o novo marido lhe bate, mas é de esperar que a olhe com algum "respeito", já que cesteiro que faz um cesto faz um cento, se me faço entender.

A EDP cortou a electricidade à casa anterior, onde o Gonçalo foi apodrecendo na arca, convenientemente deixada para trás por estar avariada...

Dois anos depois de ter sido congelado, o Gonçalo, ou o que dele sobrou (a foto, tirada do Correio da Manhã de sexta feira, 3 de Março, mostra umas raspas dele no fundo da arca), foi descoberto pelo senhorio e a Judite foi directa à Conceição, de dedo espetado, acusando-a do crime.

Este tipo de casos é dos poucos em que acredito que a justiça (ou coisa que o valha) possa ser feita pelas próprias mãos. E isso por um simples motivo: é que "a Justiça", na grande maioria dos casos de porrada intra muros, nem sequer chega a meter a sua colher entre o punho do marido e o corpinho da mulher. A dita pode levar porrada a vida inteira (leiam os jornais, gentes) que o valente só tem chatices quando exagera um bocado e ela morre. Até lá, nada os pára.

Nada, excepto um pouco de arsénico no café...

4 comments:

Anonymous said...

Segundo o Professor Prado Coelho na sua crónica do Público, quem descobriu o cadáver foi o irmão e a assassina foi condenada por profanação de cadáver.
Em que é que ficamos?

Dizer a Verdade

Anonymous said...

Estória? Capice? Mui doutas opiniões, pena que o doutoramento não chegou para aprender a escrever. Se calhar era escória e nabiçe em vez de história e capisci.

Marques Correia said...

Relendo a matéria dada, espanto-me:
como é que (raio!) não respondi na hora a este enfatuado e anónimo idiota que se preocupa com minudências sobre o modo como é exposto um caso de maus tratos domésticos e nem comenta o próprio caso.
Devia estar particularmente pachorrento para não ter mandado o palerma à bardamerda (no mínimo!)...

Marques Correia said...

... e olhando, depois, o detalhe, dizer qualquer coisa ao anónimo e enfatuado pateta sobre o uso da cedilha.
Ó Costa, a vida custa, Costa, a vida custa...