Decididamente, a nova fornada de juízes (com grande destaque para as juízas) parece ter por traço comum o preocupar-se muito em fazer justiça e incomodar-se pouco com a categoria social (?), posses, porte e dignidade exemplares dos arguidos. E cortam a direito, que até dá gosto ver.
O despacho de pronúncia do bando do apito não deixa dúvidas quanto a isso, nem deixa de lado favores habituais que estes senhores importantes e de boas famílias fazem a senhores de menos boas famílias, sempre servidores, atentos e obrigados. Em troca de um pequenino favor, que maior não podem fazer. Uma mão lava a outra e as duas lavam a cara, não é?
Ou seja dar prendinhas, relógios de marca, férias nas Caraíbas, jantaradas com putas à discrição, etc, passa a ser tido em conta pelos tribunais.
Como eu ando a miar há muito tempo, muito na nossa Justiça está a mudar e não são reformas vindas "de cima", são os juízes que têm menos teias de aranha no toutiço.
Lembram-se da discussão surrealista se era ou não lícito os médicos receberem prendinhas (das farmacéuticas, claro!) até, digamos 16 contos, e sobre qual seria o limiar do suborno? Lembram-se? Mais dia menos dia, vamos ter "senhores doutores" (as tais canetas de platina, ouro e prata) a irem de cana como manda a sapatilha. A saúde nas prisões só tinha a beneficiar com tão ilustres inquilinos...
Vamos ver se as testemunhas não desdizem em tribunal o que disseram na instrução. É que até ao lavar dos cestos é vindima e esta vida está pela hora da morte, não é verdade?
1 comment:
a gente sempre disse que quando as mulheres lá chegassem (lá..ali a todo o lado) esta merda mudava...tás vendo Dr Zeco?!!!
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