Parece-me estar cientificamente provado que os portugueses mijam cada vez menos. Só assim compreendo que sendo nós muitos mais que no início do século XX os mictórios públicos, abundantes nesses tempos idos, aquelas maravilhas em ferro fundido de que ainda ainda há vestígios, como o dos Olivais, na praça da Viscondessa, tenham vindo a fechar de forma definitiva e sem alternativa que não seja um canto esconso, uma árvore mais entroncada, um jardim com umas bissapas mais densas.
Já tive uma urgência satisfeita, à saída do Hospital da Cruz Vermelha, graças a um mato razoavelmente denso que me protegeu das vistas dos passantes com gelosias vegetais eficazes.
E quanto a cagatórios nem é bom falar: fechou quase tudo o que nos deixa mais expostos porque a função é mais elaborada e exige meios diversificados. Além disso, o repúdio público é bem mais marcado que uma simples mijinha atrás de uma qualquer árvore.
O Campo Grande não é excepção e lá está uma bela construção onde o lisboeta se aliviava em tempos idos, agora fechada e sem esperança de reabertura.
Mas no Campo Grande, felizmente, não falta onde dar uma mijada ou mesmo arrear o calhau, pelo que o encerramento do mictorium et cagatorium não é crítico.
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