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Há dias repesquei uma carta do Comendador Marques de Correia, um primo afastado dos Marques Correia, alter ego do "nosso" Henrique Monteiro, sobre o "Manual da Perfeita Consciência Social e da Arte da Lamúria". Leiam que vale a pena.
Como sempre, o Comendador trata assuntos sérios com graça e fine sense of humor e, en passand, deixa-nos a matutar.
No caso vertente, para além do gozo sobre a atitude de muito boa gente (a gente de esquerda é, por definição, boa gente - digo eu, não o meu primo...) perante a oportunidade ou não que é ficar sem emprego, introduz, a dado ponto, o conceito de conciência social certificada.
Este apetrecho, cahamemos-lhe assim, é o que permite ao Bernardino Soares, ao padreca do Louça, ao José (in)Seguro, ao D. Arménio Carlos e, no geral, aos figurões do centro-esquerda à extrema esquerda, passando pela esquerda-esquerda e pelo bloco de (extrema) esquerda, que lhes permite, dizia eu, arvorar-se em únicos seres que se interessam pelos pobres e desempregados em contraposição com os cidadãos "de direita" (incluindo os malandos dos liberais e ultraliberais) que se estão cagando para os pobres e desempregados, de alto e de repuxo.
Até há quem atire com a teoria (veja-se o que prega D. Arménio) que o intuito, a missão dos ultra-liberais é tirar o pouco que os (ainda) empregados ganham para dar aos ricos e aos banqueiros...
Quem tem uma conciência social certificada pode dar esmola a um pobre e dizer que defende uma agenda para o emprego (?!...) seguro de que é olhado pelo "povo" com admiração e que o seu ato é tido por solidariedade social, enquanto que a mesmíssima esmola dada por uma dondoca de Cascais ou por um liberal (ultra ou não) é... caridadezinha!
Assim vai o nosso belo Portugal...
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