Mais um pormenor, precioso, da homilia do katedratico de marxismo paleolítico: a boa política era a dos governos provisórios, dominados pelo PCP ou deixando o Partido e a populaça a solta, que deixaram o Pais quase na bancarrota e deixaram sequelas que ainda não estão completamente saradas.
As políticas do PCP tendentes a dominar o MFA, o Estado e o País, sem que a população fosse chamada a se pronunciar (para o PCP contava "a rua", as barricadas com "o povo" a mostrar o que queria, arrebanhado pelo Partido que emergiu do 25 de Abril como a única organização política implantada em quase todo o território, com capacidade de mobilização e de intervenção.
A economia ficou de pantanas com o afugentamento dos "kapitalistas", "patrões" e outros malandros quejandos e a "gestão operária" das empresas, bancos, explorações agrícolas mostrou-se de uma incompetência flagrante conduzindo a falências que só as nacionalizações impediram que se concretizassem. Não faliram, mas passaram a ser sustentadas pelo Estado...
Nas sucessivas eleições o PCP viu-se reduzido à sua expressão real (à volta de 12%) mas o mal estava feito: as nacionalizações e a "reforma agrária" só foram revertidas (e não o foram completamente, ainda...) após anos e anos de degradação e prejuízos, com uma intervenção do FMI pelo meio, para resgatar o País arruinado pela gestão danosa e incompetente dos comunas em apenas dois anos, mas com as "conquistas de Abril" a eternizarem-se muito para além do período de loucura Gonçalvista.
Mas... há 35 anos é que era bom!
Benza-o São Neutel...
4 comments:
Tenho curiosidade em saber que leituras nos recomenda
Meu filho, leia tudo o que lhe passar à mão mas não se distraia porque anda por aí muita porcaria envolvida em papéis muito atraentes.
Não vá em futebóis e não "coma" nada sem primeiro cheirar muito bem e olhar com cuidado (por trás e por baixo).
Acho curioso que exprima essa curiosidade quando transcrevo uma cavalidade patente do amigo António Vilarigues: tudo começou a andar mal, a desandar desde o 1º Governo do Mário Soares, desde há 35 anos. Mas se é impensável que o Vilarigues ache que antes do 25 de Abril é que era bom, resta-nos o curto período entre aquela data e o 1º governo Soares, ou seja: o período das nacionalizações generalizadas, das ocupações selvagens de explorações agrícolas e de coutadas de caça, a dissipação das reservas de divisas do Salazar, a "funcionarização" do operariado ...
Amigo Luís, leia muito Marx, muito Lenine, muito Alvaro Cunhal, muito ... disso, se também acha que o País andou bem até ao 5º Governo provisório (Força,força!)e começou a desandar no 1º governo de Soares.
esperamos que o 19º finalmente reponha tudo nos carris dos desvarios esquerdistas.
Não se hei-de incluir o Sr.Silva e o seu bando no lote dos que desmantelaram o País,pois tiveram oportunidade de acabar com os desvios dos comunas, mas afinal acabaram com a agricultura com as pescas e o silva até se lembrou de criar o monstro, que afinal são 2 incluindo o monstro madeirense e a sua monstruosa dívida, que sabemos agora é criação socialista.
será boa leitura a obra de Franco Nogueira ?
Se pretende estudar o Estado Novo é, certamente, uma boa leitura.
O que estou a ler, neste momento (e que recomendo) é um livro sobre a estirpe de células humanas HeLa, a pessoas a que pertenciam a sua família.
São 3 em um: a estória da investigação (melhor, sobre a) com células humanas ( e seres humanos vivos), a estória da Henrietta Lacks e da sua família e, finalmente, a estória da investigação da jornalista que escreveu o livro.
Muito, muito interessante e absorvente.
Curiosamente, não estou a ler nada de/sobre política; estou no "defeso", eheheheheheh!
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