No mesmo artigo do Público referido no post anterior, o nosso génio da província refere, mais adiante, que a juventude, coitadinha, está sujeita ao "pesadelo de uma educação cada vez mais cara e irrelevate, dado o aumento do desemprego" etc, etc.
Parece sensato, mas não é:
1. a educação era, há 30 anos, um fator diferenciador, altamente relevante para a empregabilidade de um jovem porque o ensino superior estava restrito a pouco mais de 5% da população; hoje é apenas (em termos de empregabilidade) uma ferramenta importante para competir no acesso ao mercado de trabalho. Boaventura, se calhar, acha que o "canudo" deveria dar direito a emprego...
2. Boaventura, como sociólogo de renome, deveria ter reparado que o quase pleno emprego de há 30 anos deixava de fora a maioria das mulheres e integrava uns escasos milhares de Cabo Verdeanos; os 12% de desemprego de hoje é uma percentagem da quase totalidade de pessoas em idade activa (mulheres e homens) e inclui mais de 100.000 imigrantes; ou seja a sociedade portuguesa de hoje, tão atacada pelo nosso génio da parvonia gera muito mais (mas muito mais!) emprego que há 30 anos...
E o pateta ainda acha que o Estado deve deixar falir a banca para ter dinheiro para resgatar a esperança dos jovens no futuro, sem perceber (se calhar, até percebe...) como ficariam os jovens se se concretizasse a falência, não da banca, mas de um único banco de referência.
Que grande ass hole!
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