João Cravinho, um cromo de tomo na iconografia do PS, começa assim, como mostra a figura que junto, a sua coluna no Público de hoje, sobre o tema em título.
Fico perfeitamente panco como muito boa gente só parece pensar com os bolsos (ou com a bolsa) parecendo perfeitamente incapazes de produzir um pensamento que, por coincidência ou acaso, não coincida com os seus interesses - ou da sua bolsa.
Para desgraça minha (mas para meu descanso espiritual...) muito do que eu penso vai direitinho contra os meus interesses (ou os da minha bolsa). Deve ser eu que sou mazoquista...
É que eu acho que pertenço a uma geração que viveu de empréstimos (não pessoalmente mas como membro da sociedade) beneficiou de saúde, educação, auto estradas, estc, etc, etc, à borla ou quase e que, estando à beira dos 64 anos e a uns aninhos da reforma não imagina por que carga de água deve ser a geração do meu filho a arcar com a minha reforma a um nível perfeitamente irreal, muito superior ao que a suposta capitalização dos meus descontos proporcionaria.
Eu penso - contra mim o penso - que como reformado deverei continuar a contribuir para a recuperação das contas públicas, entre outras razões porque foi precisamente a minha geração que levou às ruas da amargura (e não a geração do meu filho).
Deixando-me de punhos de renda, é engraçado verificar que um cabrão como o Cravinho que beneficiou à grande e à francesa (muito mais do que eu) do descontrolo das contas públicas venha agora reivindicar que sejam as gerações seguintes que lhe paguem a choruda pensão e que esta seja intocada, que seja isento do esforço de recuperação das finanças públicas!
Que GRANDECÍSSIMO FILHO DE PUTA!!!!!!!
No comments:
Post a Comment