Com a derrota de Rafsanjani nas eleições presidenciais no Irão, a ténue luz ao fundo do túnel parece ter-se apagado por mais algum tempo.
Não que o derrotado seja um ás de modernidade, mas porque, tendo um pé bem assente entre os conservadores é um tipo pragmático e mostrou, pelo menos enquanto foi speaker do parlamento (enfim, espécie de parlamento) e presidente, no período difícil após a morte de Komeiny, não ser um radical cego pelo Corão e pela tradição mais arcaica.
A Time de há duas semanas dedicava várias páginas à movida que parece medrar entre os jovens quadros bem sucedidos, endinheirados e amantes da música e da boa vida, que não exclui o diabo-álcool, tomado em loucas correrias de carro pelas noites de Teerão, com curtas paragens para reabastecimento de vários quitutes, ante a passividade da polícia.
Aparentemente, vamos (vão eles, cruzes, canhoto!!!) voltar à pureza da ortodoxia, sob a batuta zelosa das "brigadas do combate ao pecado e promoção da virtude".
E foi o povão eleitor que o pediu...
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