Apenas dois apontamentos neste 20º aniversário da queda do muro da vergonha - nome a que me habituei desde que os comunas o construíram, tinha eu 11 aninhos, para evitar (diziam eles) que a reacção entrasse por ali adentro...
O kamarada Jerónimo de Sousa mostrou-se muito incomodado por os burgueses porem a tónica das comemorações no anticomunismo. Então:
- se o muro foi erguido pelos comunas para estancarem a sangria provocada por uma onda contínua de fugas de cidadãos para o ocidente, entre 2 e 4 milhões desde a criação da RDA até à selagem das fronteiras;
- se a queda do muro foi o marco simbólico que levou à dissolução da RDA, da sua Stasi e do seu partido comunista e à reunificação alemã;
- se ele soou como um toque de finados para todos os regimes comunistas da europa de leste e, a seguir, para a desagregação da própria URSS;
Se tudo isso se passou assim, de que é que o kamarada Jerónimo de Sousa estava à espera que fosse a atitude normal e expectável em relação a tão ultrapassado e tirânico modelo de sociedade?!
Por outro lado, à boleia de tudo o que podem deitar a mão, os Hamas e quejandos deste mundo investiram contra o muro que Israel levantou para minorar os ataques suicidas (e não suicidas) continuamente perpetrados pelos eternos refugiados, eternos subsídio-dependentes, eternos párias, eternos revoltados, eternos terroristas.
Que raio de semelhança encontram eles entre estes dois muros?
Haja pachorra!
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