Saturday, July 31, 2010

RAMPAS PARA PESSOAS PORTADORAS DE DIFERENÇA

Vejam esta coisinha linda que descobri nas profundezas de um CD de coisas velhas.

Realmente o combate às barreiras arquitectónicas é um imperativo que nos interpela na defesa dos nossos concidadãos portadores de diferença.

Do berço ao caixão.

Sempre!

Friday, July 30, 2010

GATOS, GATOS E MAIS GATOS...

A estatueta do bichano acima e ao lado é pequena (cerca de 12 cm) em bronze lacado ou escurecido por qualquer outro meio.

Trouxe-a da Índia em 2005 e é das mais belas estatuetas de gatos que encontrei.

Tinha um par de cabeças de gato, em bronze, arte do leste da Angola (talvez dos Quiocos), mas a rapaziada do Museu de Antropologia (seria antropologia?) ficou-me com elas quando lá fui para por o selo, necessário para as fazer sair de Angola...

Este belo gatarrão fazia-me companhia à porta do hotel, em Istanbul, enquanto eu beberricava uma aguardente e lia, salvo erro o calhamaço sobre o Mao tse Tung.

Nessa altura fazia um valente caloraço e cá fora montavam umas mesas e umas cadeiras onde se ficava, mais ou menos ao fresco, pela noite dentro.

Este outro é uma gata, a Tigra, de um dos meus sobrinhos.

Aqui era ainda juvenil e ágil; foi o que a safou de ter a sorte de um colega da mesma casa, gordo e anafado. Foram os dois roubar a comida da gamela de um Rotweiler da vizinhança que não gostou da coisa e desfez o anafado em duas penadas (dentadas...); a Tigra safou-se ligeirinha...

Thursday, July 29, 2010

FEIJÃO DE ÓLEO DE PALMA

Como prometido, aqui vos deixo a minha receita de feijão de óleo de palma. Tudo produtos de supermercado - não se metam em aventuras...

FEIJÃO DE ÓLEO DE PALMA

INGREDIENTES:

Para a preparação deste prato são necessários os seguintes ingredientes:

- 3 latas de feijão encarnado;

- 1 dcl de óleo de palma (de lata, claro, não se metam a ferver o dendém...);

- 1 cebola média (entre uma bola de golfe e uma de ténis);

- 4 dentes de alho (dentes, ok? Nada de dentinhos...);

- 3 colheres de sopa de azeite;

- meio pacote de massa de tomate;

- 1 caldo de carne;

- sal e gindungo QB

PREPARAÇÃO

1. Descascar a cebola e os dentes de alho, cortá-los em bocados e picá-los na picadora 1 - 2- 3; reservar;

2. Abrir as latas de feijão, escorrer parcialmente (não passar por água, nem pôr no escorredor; basta decantar parte do líquido - o excipiente do feijão não mata e ajuda a obter um molho fluido sem recorrer a água);

3. Pisar o feijão de uma das latas, dentro da mesma, com uma colher de pau, de forma grosseira (não se pretende obter puré de feijão mas apenas partir alguns dos feijões que se hão-de desfazer parcialmente no tacho, engrossando o molho);

4. Levar os alhos e a cebola a alourar em azeite, num tacho com um fundo espesso, que garanta um aquecimento uniforme; mantenha o lume brando mexendo sempre;

5. Quando começar a alourar, deitar todo o óleo de palma, o gindungo e uma pitada de sal e mexer sempre até o óleo estar bem quente; não deixe os bocadinhos de cebola alourarem muito (ficarem castanhos, pegarem ao fundo);

6. Meter no tacho o caldo de carne e a massa de tomate (se acha que é um sacrilégio, benza-se, mas meta mesmo assim) e mexa bem para obter uma mistura homogénea, durante 2 a 3 minutos;

7. Meter no tacho o feijão pisado e mexer bem durante uns minutos (se não tem experiência da arte, use 2 a 3 minutos como uma boa referência);

8. Meter o resto do feijão no tacho, mexendo sempre para misturar bem;

9. Tapar parcialmente o tacho (basta deixar lá a colher de pau, para garantir uma abertura razoável) e deixar apurar durante 10 a 15 minutos mexendo de vez em quando apenas para homogeneizar e não deixar pegar ao fundo. Nesta fase, prove e rectifique o sal e o gindungo.

NOTA 1: este prato é um bom acompanhamento para peixe frito (com peixe galo é uma delícia!), filetes, bifes panados e, em geral, pratos relativamente secos que casam bem com o molho espesso do feijão. Já me foi servido como acompanhamento para sardinha em lata: como recurso, enfim, não é mau de todo...

NOTA 2: não se esqueçam de complementar este acompanhamento com banana-macaco (ou "de Benguela", se o macaco fugir) e farinha de pau.

Wednesday, July 28, 2010

USA NO IRAQUE - 9.000 MILHOES "DESAPARECIDOS"

Clique para ampliar e ler

Notícia no Público de hoje.

O Pent(elh)ágono nao consegue justificar 96% (noventa e seis por cento!!!!) do dinheiro gasto para recontruir o Iraque.

Infantilmente, alvitra que a papelada deve ter sido arquivada e agora ninguém sabe onde...

Como o Iraque nao foi reconstruído, é de crer que o cacau foi parar a bolsos "amigos", como é mister em casos quejandos.

Apetece-me dizer que a incompetência demonstrada pelos Camones após a invasão talvez tenha sido propositada para proporcionar a necessária confusão para enriquecimentos fulminantes sem quaisquer indícios incriminatórios...

Saturday, July 24, 2010

A VIDA EM CUBA

Leiam esta que me mandou o meu amigo António Almeida.

Está o máximo ! Eu não conhecia...

Um europeu pergunta a um cubano:

- Então, como é que vocês vão em Cuba?

- Olha... não nos podemos queixar...

- Ah, sim??? Vão andando menos mal, não é verdade?

- Não, não! NÃO NOS PODEMOS QUEIXAR...!!!!!

GRANDE MARTINHO!!!

"SE NÃO SE PODE RIR NO CÉU, NÃO QUERO IR PARA LÁ."

Esta boca é do caraças!

Realmente houve (ainda há?) uma corrente entre a padralhada que defendia a seriedade e sisudez como uma espécie de atributos da santidade.

Lutero até isso contestava (e bem!!!)

Thursday, July 22, 2010

MOAMBA DE FRANGO

Estou siderado!

Precisei da receita da moamba e, naturalmente, vim procurá-la aqui. Pensava (estava convencido!) que entre os oitocentos e tal posts tinha encaixado um para a moamba e outro para o feijão de óleo de palma.

Afinal, nicles. Tinha, de facto partilhado estas minhas receitas, mas noutro local ( a revista da APOIAR).

Vou já corrigir o lapso.

Tomem nota:

MOAMBA DE GALINHA

INGREDIENTES:

Para a preparação deste prato são necessários os seguintes ingredientes, para cerca de 3,5 kg de galinha (asas, peitos, pernas, coxame):

- 1 lata grande de molho de moamba (0,9 litro);

- 1 lata de 3,6 dcl de óleo de palma (de lata, claro, não se metam a ferver o dendém...);

- 2 cebolas médias (entre uma bola de golfe e uma de ténis);

- 4 dentes de alho (dentes, ok? Nada de dentinhos...);

- 5 colheres de sopa de azeite;

- 2 caldos de galinha;

- 2 courgettes médias (cerca de 0,5 kg no total);

- Abóbora meio verde, cerca de 1 kg;

- 2 pimpinelas (ou xuxu), cerca de 0,5 kg;

- 250g de quiabos;

- sal e gindungo QB

PREPARAÇÃO

1. Descascar a cebola e os dentes de alho, cortá-los em bocados pequenos (não use a picadora 1 - 2- 3); reservar;

2. Lavar os bocados de frango (use frango do campo: é mais caro, mas não se desfaz com a mesma facilidade que os de aviário), tirar as peles e gordura, cortar os peitos em bocados mais pequenos, a seu gosto, cortar as asas em bocados (pelas articulações – deite fora as pontas). Reservar.

3. Descascar as pimpinelas, retirar os caroços e cortá-las em bocados, a seu gosto (a minha bitola é de cerca de 3 cm). Fazer o mesmo com a abóbora. Cortar metade dos quiabos em fatias com cerca de meio centímetro de espessura e deixar a outra metade intacta (corte apenas a ponta e a parte oposta, dura, que ligava ao caule).

4. Abrir a lata de óleo de palma, despejá-la num tacho grande (cerca de 10 litros), juntar-lhe o azeite, as cebolas e os alhos cortados e alourar em lume brando.

5. Deitar os bocados de frango no tacho e deixar refogar um bocado (15 minutos), mexendo de vez em quando, para fritar por igual. Deitar o sal, os caldos de galinha e o gindungo, a seu gosto.

6. Deitar no tacho os bocados de pimpinela, de abóbora e dos quiabos, cortados e inteiros, deitar água quente até cobrir tudo; não exagere para o molho não ficar aguado. Deixe levantar fervura e deixe ferver, mexendo de vez em quando durante cerca de 20 minutos. Prove e afine os temperos (sal e gindungo).

7. Abrir a lata de molho de moamba e vertê-la para dentro do tacho; mexa bem para desfazer o molho de moamba, que é uma pasta. Deixe ferver durante cerca de meia hora, mexendo de vez em quando.

Sirva com funge de fuba de mandioca ou de milho. Se não tiver o gosto adaptado às Áfricas, faça arroz branco, que também não vai nada mal.

Antes de servir, deixe assentar bem e retire com uma concha e... muito jeitinho parte do óleo de palma que fica a sobrenadar o cozinhado. Pode guardar o óleo retirado no congelador e voltar a usá-lo na próxima moamba.

Bons cozinhados!

Wednesday, July 21, 2010

A ANIMAL CONTRA AS TOURADAS

Os patetas da Animal nem sequer tem o sentido da publicidade...
Tadinhos! Era só voltarem a tipa de peitinho para cima e era sucesso garantido.
Assim não, rapazes!

Friday, July 16, 2010

OS ESQUERDALHOS DO PUARTO E SARAMAGO

Saramago, essa erva daninha (vão ao dicionário, vá lá, e confirmem o significado da palavra), promete continuar a ser pretexto para uma cruzada conduzida pelos esquerdalhos desta terra, com destaque para os que se acoitam à sombra da bandeira de cartoon do Bloco de (Extrema) Esquerda.

Cruzada contra tudo e todos os que não alinhem pela ideia de que kultura há só uma, a nossa (deles...) e mais nenhuma.

A campanha visa a Canavilhas (onde já se viu uma ministra da Cultura de um Governo de esquerda não defender os agentes da kultura e aplicar os cortes do PEC às tribos das artes de palco, do pífaro e do pincel, que deviam ser intocáveis, pela cartilha desses bardamerdas?!...) e visa todos os que ousam distinguir o Saramago-escritor do Saramago-cidadão e do Saramago-político.

Não visa os que não gostam (também...) do Saramago-escritor; a esses, dá-os ao desprezo.

Num artigo que o Público de hoje publica, titulado "O Ódio", o kamarada Teixeira Lopes bolsa a sua indignação (valor intrínseco e exclusivo da esquerda kulta, desde que o patriarca Soares proclamou o direito à indignação para a sua tribo) contra a maioria de direita da Câmara Municipal do Puarto por ter recusado dar a uma (infeliz) rua o nome do nosso Nobel da Literatura.

No seu arrazoado, chega ao ponto de proclamar que "José Saramago é dos mais notáveis escritores de sempre e pautou a sua vida pela coerência e pela Defesa da liberdade e do Direitos Humanos."

Não lembra ao menino Jesus, mas o rapaz não está de má fé: os direitos humanos e as liberdades a que se refere são os que prevaleciam na defunta União Soviética, e os mesmos que o não menos defunto Saramago sempre defendeu (com coerência e pertinácia) toda a sua vida.

Só que essa liberdade e esses direitos humanos, para estes bardamerdas, só eram e são aplicáveis aos do seu grupo (ou da sua classe, para usar a sua linguagem); a todos os outros, aos contra-revolucionários, aos reaccionários, aos anti comunistas, aos livre pensadores (etc, etc, etc) a esses estavam e estão reservadas a prisão, o Gulag, ou a morte.

Isto, claro, se estes bardamerdas alguma vez chegarem ao poder...

Wednesday, July 14, 2010

A BP FINALMENTE TAMPONA O POÇO!

Trabalhadores da BP, cobertos de crude, exibem com orgulho, um cartaz alusivo ao tamponamento bem sucedido.

Friday, July 09, 2010

GRANDE ÓSCAR WILDE!

Faz-me lembar o Camões com o

melhor é experimentá-lo que julgá-lo, mas julgue-o quem não pode experimentá-lo...

Tuesday, July 06, 2010

Não é vergonha ser pobre...

... mas é deveras incómodo!

Esta está muito boa e vem na linha do:

MAIS VALE RICO E COM SAÚDE

DO QUE POBRE E DOENTE

Sunday, July 04, 2010

AINDA A MORTE DE SARAMAGO - AZINHAGA, BOLIQUEIME por Pedro Lomba

Clique para ampliar e ler; use a lupa no cursor.

Esta manhã, ao preparar as pilhas de jornais e revistas para mandar para a reciclagem, reparei, de relance, neste texto de Pedro Lomba que me tinha impressionado muito, muito favoravelmente quando o li.

Felizmente estava na contra capa do Público; se estivesse lá para o meio, tinha-me escapado e era pena.

O texto é sobre a morte do amargo Saramago, sobre as intermináveis louvaminhas que a esquerda bem pensante lhe teceu, ao mesmo tempo que atirava pedras a Cavaco por não se ter curvado perante esse escritor emérito que a esquerda tanto enalteceu, mais como cidadão do que como escritor...

O que é engraçado é Pedro Lomba estabelecer um paralelo entre Cavaco e Saramago, ambos vindos de famílias (e regiões) pouco favorecidas e que subiram à custa de muito trabalho, muita perseverança. Termina com:

"... a nossa cegueira, diria também que a nossa mesquinhez, está em muitas vezes não reconhecermos que a disciplina e a exigência pessoal podem produzir realizações diferentes daquelas que valorizamos.

Nem tudo é literatura."