Saturday, June 28, 2008

SUPERPOWER, MEU!

Enviada pela minha Mais-Que-Tudo, aqui vai uma estoriazinha cheia de verdade.

A NACIONALIDADE DE ADÃO E EVA

Um alemão, um francês, um inglês e um angolano comentam sobre um quadro de Adão e Eva no Paraíso.

O alemão disse:

  • Olhem que perfeição de corpos: ela esbelta e esguia, ele com este corpo atlético, os músculos perfilados... Devem ser alemães.

Imediatamente, o francês reagiu:

  • Não acredito. É evidente o erotismo que se desprende de ambas as figuras... ela tão feminina... ele tão masculino... Sabem que em breve chegará a tentação... Devem ser franceses.

Movendo negativamente a cabeça, o inglês comenta:

  • Not a chance! Take a look: a serenidade dos seus rostos, a delicadeza da pose, a sobriedade do gesto. Só podem ser Ingleses.

Depois de alguns segundos mais de contemplação, o angolano exclama:

  • Não concordo. Olhem bem: não têm roupa, não têm sapatos, não têm casa, só têm uma triste maçã para comer, não protestam e ainda pensam que estão no Paraíso. Só podem ser Angolanos!!!

Sunday, June 22, 2008

O Posto de Trabalho e a job description

Conta-se que na TAP, uma das empresas mais sindicalizadas do país, com pesadíssimas tradições do tempo do funcionalismo público, um visitante ficou espantado ao ver dois trabalhadores da Manutenção a executarem uma tarefs esquisitíssima: vinham da cauda do avião em direcção ao cockpit, na cabina, um abria um painel (um PSU, para ser mais preciso) e, pouco depois, um colega fechava-o. Entretanto, o primeiro tinha aberto o PSU seguinte que o colega, pouco depois, fechava.

O espantado visitante perguntou ao responsável da Manutenção que o acompanhava o que raio estavam eles a fazer. Resposta pronta:

- Estão a fazer o levantamento dos números de série (s/n) dos geradores de oxigénio, que estão dentro dos PSU's. Acontece que o terceiro membro da equipa faltou, mas isso não impede o dois kamaradas de cumprirem o ponto e fazerem a sua parte do trabalho, não é verdade?

Por azar, o kamarada que faltara era precisamente o que lia e anotava o s/n de cada gerador de oxigénio...

Tuesday, June 17, 2008

A TURQUIA E O VÉU DITO ISLÂMICO

O Supremo Tribunal da Turquia parece que está em vias de imitar os Franceses na sua tineta de proibir o véu islâmico.

Sei muito bem (acho que sei) que as mocinhas que militam pelo uso do tal véu o fazem por pressão familiar e religiosa, bebida no leite materno, instilada no ar que se respira lá em casa, na mesquita e na escola. Ou como reacção à imposição que não lembra ao menino Allazinho - as imposições e as proibições estão mesmo a pedir reacções do tipo "estou-me marimbando para o véu, mas vou usá-lo se o quiserem proibir".

Proibir o seu uso (a retórica dos franceses era que a escola pública tinha que ser neutra em relação às religiões, por isso nem cricifixos, nem véus, nem ... etc) parece-me uma atitude que terá feito sentido no tempo do Ataturk, mas que agora não faz sentido nenhum.

Vai-se criar um problema onde nenhum problema existia.

Os islamitas militantes agradecem, claro!

OUTRA VEZ O GENERAL COCA COLA SEM MEDO...

De tempos a tempos, o pessoal lembra-se de um general que se zangou por o Salazar não lhe dar os cargos a que ele aspirava e, vai daí, resolveu passar-se para o reviralho, mas numa posição de chefe, claro!

O livro publicado no cinquentenário das eleições presidenciais de 1958, por um neto do general (ou será já marechal?) Delgado mostra bem a vacuidade do personagem e explica por que é que a sua fundação é uma espécie de clube das IVA's (filha e mãe - sim ainda viva e centenária) em que a filha se tornou na guardiã da memória do Pai - já que pouco há para guardar e pouca gente para a investigar.

O livro do neto lê-se em meia dúzia de horas (saltando a palha que se encontrar sobre as diagonais, claro) e é elucidativo: em 1225 páginas (mais 118 de notas, bibliografia, índice remissivo, etc) metade contam a sua vida de pilar da situação (na página 555, a um ano das eleições, ainda se regista a sua tomada de posse como Director Geral da Aeronáutica Civil), 200 páginas dão conta da sua dissidência, campanha eleitoral e culmina com o exílio na embaixado do Brasil.

O resto é a história empolada da sua acção para liderar a oposição, com um espírito messiânico perfeitamente deslocado e uma convicção, que a realidade se encarregou de desmentir rápida e brutalmente, de que "o povo português" estava com ele e levantar-se-ia contra Salazar se suspeitasse que o general sem medo tinha cruzado a fronteira rumo a Lisboa.

Toda a sua triste acção entre a campanha eleitoral de 58 e o seu apagamento pela PIDE refletem este equívoco quanto à sua importância.

O neto descobre agora que o general não foi morto a tiro, mas à porrada. Brilhante, nos tempos que vão correndo, meter "tortura" no romance só pode contribuir para o tornar mais interessante e vender melhor.

Que coisa triste!

Sunday, June 08, 2008

200.000: ENA TANTOS!!!!!!!

A CGTP & Cia mobilizaram uma data de malta para se manifestar contra o Governo: contra a carestia de vida (pão, brioches, etc) e mais um ror de malandrices que o Sócrates, à revelia da esquerda (?) tem andado a fazer.

E está muita malta (o velho Soares, por exemplo) muito preocupada porque 200.000 gajos é muito gajo, a população deve estar muito descontente com a vidinha. E se calhar está...

O que foi giro é que uma boa parte dos entrevistados, entre os 200.000, era malta de fora de Lisboa, do Alentejo, por exemplo (agarrados pelo sotaque e pela prosápia - com um microfone à frente e com tempo, até poesia nos atiram!), que foram comboiados pela máquina da CGTP/PC para fazerem número na capital, às portas do Sócrates.

Por acaso, até foi num sítio muito mais visível que a porta do Sócrates: o Marquês, a avenida da Liberdade, a baixa.

Já o Salazar fazia a mesma fita, quando queria ter uma manifestação de apoio ou desagravo para mostrar ao pagode e ao inglês. A CGTP aprendeu a cartilha (ou não fossem espinhos do mesma roseira), até porque o Kamarada Secretário Geral, o Dr Manel Carvalho da Silva, deu em erudito, tirou uma licenciatura e um mestrado (pré Bolonha) e até um doutoramento já abichou.

Ora 200.000 gajos é muito gajo, principalmemte quando vistos de perto. Se olharmos de longe (não é de Cacilhas, é da fronteira de Espanha ou de mais longe ainda) os 200.000 são um ponto na paisagem, menos de 2% da população portuguesa, ou seja, um em cada 50 portugueses veio a Lisboa manifestar-se (ok, ok, ou saíu de casa, em Lisboa...) .

Então e os outros 98%, os outros 49 em 50?

Apoiam o Sócrates? Se calhar, nem todos.

Apoiam a CGTP mas não apanharam boleia para vir a Lisboa? Quem souber que o diga, que eu não sei...

Idem, mas acharam que não valia a pena manifestarem-ne nas berças onde vivem? Tampouco sei...

De qualquer modo, os 200.000 arrolados e comboiados, não deixam de ser apenas 1 em cada 50 portugueses.

Os mais velhinhos lembrar-se-ão de que nas eleições de 1975 o PCP, que dominava a rua, os jornais, os sindicatos, o Governo (até ao 5º Governo Provisório), a tropa, etc, etc, se ficou por uns miseráveis 12 ou 14%, isto ao correr da memória.

Ou seja: 200.000 na rua podem ser pouco mais de 200.000 nas urnas.

Ora nas urnas, 200.000 é pouco, meu, muito pouco!

Monday, June 02, 2008

ASSASSINATOS "DE HONRA" NO ADMIRÁVEL MUNDO MUÇULMANO

Leia os mais recentes desenvolvimentos no caso da rapariga morta pelos homens da casa para lavar a sua (deles...) honra.

http://pensarnaodoiaiai.blogspot.com/2008/05/uma-no-cravo-outra-na-rapariga.html#comments

Veja também http://www.publico.clix.pt/ edição de 2 de Junho, pág 17