Thursday, December 06, 2012

A HIPOCRISIA E A MORTE

O Publico dedica hoje quatro páginas (incluindo a primeira que, como mostro, lhe é dedicada em mais de metade) a  Joaquim Benite .
 
O Público refere também a morte de Dave Bruebeck, o pianista que (terá feito) o jazz sorrir (uma página interior com chamada à 1ª) e nada sobre Niemeyer, que morreu já depois do fecho da edição.
 
O que me chateia (e daí o título) é que não obstante ler jornais todos os dias um semanário ao fim de semana, ver vários telejornais e acompanhar as notícias pelo rádio durante grande parte do dia, não me lembro de ter ouvido alguma referência a Benite - ainda por cima tem um nome nada vulgar de que me lembraria.
 
Imagino que nas notícias sobre teatro o nome dele me tenha passado à frente várias vezes, mas sem qualquer destaque que me levasse a ler a notícia - essa secção, em geral, só sobrevôo, muito por alto.
E, afinal, o homem terá sido um dos grandes do teatro português atual.
 
Então por que raio não lhe foi dado o devido destaque em vida e todo este destaque na morte?!

Não percebo (e gostava de perceber).

Nesta linha, reparem que a entrada na Wikipedia (link no nome, acima) tem todo o "ar" de ter sido feita à pressa por alguém que, noticiada a morte, se apercebeu que não existia nada e meteu um texto e alguns links. Tratamos muito mal as pessoas em vida e, depois de mortas, apressamo-nos a incensá-las.

Triste!
 
 
 

1 comment:

Maria de Fátima said...

Almada e o teatro de Almada sempre foram tidos por bem pensantes da nossa praça (esses que tendo estado de molho, a fazerem-e tantas vezes passar pelo que nem são, agora se desfazem por aí a dizer o que realmente pensam, ou talvez nem ainda totalmente...)como um baluarte dos comunas...e será por isso...