Monday, October 05, 2009

A REPÚBLICA E O 5 DE OUTUBRO

Este ano, mais uma vez lá vão estar junto à estátua do António José de Almeida um magote de "republicanos", a dar vivas à República e a eles próprios. Talvez ainda lá apareçam alguns em cadeira de rodas. Sobreviventes de 1910 não serão, certamente, mas do espírito que a coisa terá tido e de que eles se consideram guardiões e continuadores.

Afinal estão a comemorar apenas uma mudança de regime, aquele com rei, este sem rei, que em nada beneficiou o País e muito menos a sua população.

Deixámos de sustentar uma família real, passámos (continuámos e continuamos) a sutentar um monte de famílias semi reais que se alaparam à mangedoura do Estado e que vão passando de pais para filhos, sobrinhos e afilhados as mordomias adquiridas por um antepassado que conquistou uma posição privilegiada junto à teta mater.

Nas últimas décadas da monarquia as liberdades cívicas foram muito mais amplas do que no curto período entre o 5 de Outubro e o advento do Sidónio e, depois dele, do Salazar. Estes dois períodos, do Sidónio e do Salazar, são liminarmente enjeitados pelos republicanos como se o regime republicano não tivesse nada a ver com eles...

As perseguições aos monárquicos e aos padres, frades e religiosas, características da celebrada 1ª República, não se podem, certamente, considerar sintomas das amplas liberdades que a república terá trazido.

O roubo do património à Igreja, uma das características distintivas da 1ª República, teve o equivalente, após o 25 de Abril nas ocupações selvagens de propriedades no Alentejo, da "conquista da banca" e de outros roubos "democráticos" que os partidos se apressaram a sancionar...

Deposto o rei, foi preciso esperar 65 anos para, com o 25 de Novembro, termos amplas liberdades, podermos falar mal dos comunas e dos fachos, do PS e do PSD, do CDS e do Bloco, sem risco de batermos com os costados na choça (ou pior...).

Claro que falar mal de quem governa (e se governa) dificulta-nos a vida quando não nos corta mesmo, como sempre cortou, as hipóteses de singrar na dita, pelo menos nos períodos em que os criticados estiverem no poleiro. Vejam a perseguição em curso (uma clara vendetta) que o regime laico e republicano move ao Juiz Rui Teixeira...

Portanto, queridos leitorzinhos, celebrar o 5 de Outubro não é mais que celebrar a deposição do rei e o advento de outros reis e reizinhos, dos homens do avental e de outros bardamerdas que não fazem mais do que travar o desenvolvimento da sociedade para beneficiarem os seus acólitos, clientes e apaniguados.

MERDA SOBRE O 5 DE OUTUBRO!!!!!

ABAIXO A MAÇONARIA!!!!

ABAIXO A FAMÍLIA SOARES!!!!

2 comments:

Alferes said...

Junte a "mangedoura do Estado" e "teta mater" a "gamela de Bruxelas" e o quadro é perfeito. Ultimamente tenho-me questionado se os animais não seremos nós, que trabalhamos, para alimentar isto tudo!

Marques Correia said...

O adiantado mental do Louçã dizia ontem (anteontem, whatever), botando faladura sobre a implantação da república, que a essência desta é a democracia.
Estaria bêbado?! Não é de crer, num espécime tão virtuoso e contido.
Mas será que o mastrafôncio não se apercebe de que são monarquias algumas das sociedades em que os cidadãos são mais livres, em que a sociedade é mais plural e democrática?! Inglaterra, Suécia, Dinamarca, Holanda, Noruega - é preciso mais?!
Não é óbvio que com rei ou sem rei tanto há regimes totalitários como regimes onde a democracia o os direitos humanos imperam?!
O Salazar não "reinou" em plena república? E o grande pai Staline? E o Hitler? e o Musso? E o Pinochas? E... etc, etc, etc.
A essência da República é a democracia?!
Give me a break, Torquemada Louçã...