Vindo pelo eixo norte-sul, na saída para Telheiras, quem é que já reparou numa espécie de altar (posto de guarda?), todo arranjado e caiado de branco, à sombra de uma figueira, com um velhote a cumprimentar quem passa?
Nunca o vi pedir esmola.
Esta manhã estava muito murcho, todo embrulhado num velho roupão, com um gorro enterrado na cabeça.
Passa aqui parte do dia mas ao fim da tarde zarpa para outro sítio onde, talvez, passe a noite.
Aqui fica a nota e a foto.
7 comments:
altar...
deve ser um altar sim
e um outro dormia enrolado em cartão e rosa, no concavo da montra...
e o outro discursva estrangeirismos (ou seria sua maternal língua) aos passantes descuriosados dessse seu viver...
altares...
Enfim...como a vida pode ser tão cruel! tenho pena do homem! Tenho pena do mundo..Que sociedade é esta que vivemos?
Costumo passar aí muitas vezes porque moro nessa zona. Faz-me confusão.
Bem, desdramatizando um bocado, o velhote não costuma ter aquele ar.
Costuma(va) estar de pé grande parte das vezes, com um ar risonho e cumprimentava as pessoas que passavem (de carro).
Por isso é que assinalei que ele estava muito murcho no dia em que me lembrei (e tive a pachorra) de sair de Telheiras e dar a volta para entrar pelo eixo norte sul e fotografar o "altar".
Por acaso tive que refazer o percurso e comprar pilhas - a máquina tinha as dela descarregadas e só dei por isso aquando da primeira passagem...
este homem é demais! rss
Mão amiga conduziu-me até aqui. A razão é eu ter falado há uns tempos nesse altar. Chamei-lhe foi trono:
http://maleficiosdafelicidade.blogspot.com/2007/07/o-trono.html
vejo o homem desde os meus 15 anos. tenho agora 22 anos. para mim ele significa o pai natal. ele aparece...e desaparece...
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