Sunday, March 11, 2012

Evangélicos e talibans - dois ramos do mesmo Mal, o fundamentalismo


As deambulações da Alexandra Lucas Coelho (ALC) por terras do Brasil têm resultado em reportagens e outros textos (tipo caderno de viagem) muito interessantes.

Neste, publicado hoje (texto integral na imagem ao lado; clique para ampliar) na revista do Público, ela dá uma imagem inquietante da ascenção dos fundamentalistas cristãos e do ascendente que vão ganhando no Brasil sobre os políticos, ávidos do seu apoio.

Espero que os tempos mais negros da Igreja Católica não venham a ser re-editados por outras igrejas cristãs, tipo IURD, mas receio bem que só esperar não chegue. Acho que teremos que fazer qualquer coisa, ainda não sei o quê.

ALC refere o caso de um bispo da IURD que Dilma fez Ministro das Pescas e que em breves frases mostra o que lhe vai na alma puríssima, onde não entra sombra de pecado por complacência com o aborto, ou com a liberdade das mulheres ou (supremo peca!) com o casamento homossexual.

O grandecíssimo cabrão e filho de puta dá pelo nome de Marcelo Crivella e parece ter descoberto um belo método de fazer filhos (para evitar o pecado da carne, presumo...) compatível com as suas crenças no Altíssimo.

O pateta e sua castíssima esposa "oram" de três em três anos e de três em três anos são (foram...) abençoados com um pimpolho.

O último tem 21 anos, pelo que presumo (gosto muito de presumir...) que já não "oram" há 21 anos. Talvez por isso a necessidade de lixarem a vida a toda a gente que os atura. Digo eu, armado em psi.
  
Como não podia deixar de ser, o senhor é ferrenhamente homofóbico, pois o Senhor (o "outro") não gosta nada de paneleirices e consta que tem uma sexão (não é gralha) do Inferno reservado para a rapaziada e rapariaga gay. Consta, aliás, que é a zona mais animada do Inferno e que muita freirinha espreita lá de cima, da pasmaceira do Céu, fazendo planos para uma possível queda.

Voltando ao palerma do Trivella (ou Crivella, whatever), o gajo (mais uma vez, como não podia deixar de ser) acha que o lugar da sua castíssima esposa é em casa, a cuidar dos pimpolhos, e em particular na na cozinha a cuidar do pitéu para o senhor (o gajo, não o "outro" - parece que o "outro" já não come há uns bons 2000 anos).

Entre esta malta e os talibans haverá alguma diferença essencial?
Se há, eu não a vejo...

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