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O Publico de hoje, domingo traz um artigo muito interessante de um Ana Vicente que aborda a posição das mulheres na sociedade, em particular na Igreja Católica. Vem isto a propósito das declarações do novo cardeal Português, pessoa (aparentemente) bem intencionada mas com uma posição muito tradicional sobre o lugar da mulher no mundo. Não sendo liminarmente "na cozinha", nem "em casa a cuidar dos filhos", tenho que reconhecer que não anda longe disso.
É pena que a Igreja Católica, já liberta dos fundamentalismos (e triunfalismos) que a caracterizaram durante séculos, não consiga encarar de frente as questões de género (e de sexo...) mantendo a mulher numa posição de criada (serva, é o termo) sem qualquer função relevante. E, claramente, numa posição secundária em relação ao macho a quem estão reservados todos os cargos da carreira eclesiástica, de seminarista a Papa.
Nunca percebi a tineta que a padralhada tem em relação ao sexo. Escolhem o celibato, mas sem nunca dispensarem um papel de guia (diretor de consciência, diretor espiritual e outras baboseiras quejandas) na vida dos crentes que lhes dão essa aberta.