Tuesday, December 16, 2008

PENSAR OUTRA VEZ COM DESIDÉRIO MURCHO

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Continuando a escrever sobre educação, Desidério Murcho publicou hoje no suplemento P2 do Público a crónica Avaliação e Mentira.

Não perca!

3 comments:

Fátima Santos said...

o mano poderia, entre outros mimos que por aqui pululam, fazer um CDzito com estas de avaliação do Murcho que as fala mais tesas que o seu nome faz jus (ou juz ou júz?)e enviar à minha (credo!) Lurdes a ver se ela percebe onde está o enguiço da coisa (não mande ao gajo do bigodito: não vale a pena que ele há-de sempre entender o oposto...traumas...)

Marques Correia said...

A tua amiga Lurditas não precisa que lhe mandem recados. Por muito tonta que possa ser, por muito sensata que fosse, teria sempre o corpo docente contra ela.
Ela e todas as ministras e ministros que quiserem mexer no cadáver esquisito que é a escola portuguesa, mesmo que seja só para lhe por os braços em cruz sobre o peito.
Para esta escola, só mesmo a solução Ferreira Leite: seis meses de intervalo e ... a democracia segue dentro de momentos.

Marques Correia said...

O texto de Desidério Murcho enferma hoje de alguns "vícios" que passo a apontar, de dedo espetado:
Afirma, e bem, que a Ministra terá dito que considera intolerável (e eu com ela) a situação do ensino "porque a um investimento crescente (...) não tinha correspondido um aumento do sucesso escolar". E acrescenta "Assim, as suas duas preocupações são diminuir custos e inventar um sucesso escolar de fantasia". O destaque em itálico negrito é da minha lavra.
Assim?! Parece-me perfeitamente ilícito tirar do que disse antes que a Ministra não pretende conseguir aumentar o sucesso dos alunos, mas "inventar um sucesso (...) de fantasia".
O Prof lá saberá quais são as intenções da Ministra, mas não nos dá qualquer indício que aponte nesse sentido. E até tinha, se tivesse querido: os exames facilitados parecem apontar nesse sentido...
Quanto à avaliação, independentemente da que está posta em causa ser excessivamente burocratizada (e, se calhar, mal concebida), a verdade é que o Prof refere professores maus, bons, competentes, que dominam as matérias que leccionam (outros não as dominarão), que estudam (outros não estudarão tanto), se actualizam e se rodeiam da melhor bibliografia, etc, etc. Os professores não são, pois, todos iguais em valor, competência, dedicação. A avaliação, a existir, deverá permitir distinguir os melhores dos menos bons, os medíocres dos maus, os excelentes dos assim assim. E essa distinção deverá ter consequências no "prémio anual", na subida de escalão, na promoção.
Tal como acontece "cá fora"...