Na passada sexta feira fui fazer vários exames ao hospital da CUF Descobertas, na Parque Expo, na sequência dos quais fui a uma consulta.
O hospital funciona muito bem, tem um excelente parque de estacionamento na cave, há um parque público à superfície a escassos 100m do hospital, o atendimento é rápido, o ambiente e instalações agradáveis, o pessoal (os médicos estão incluídos no pessoal) eficiente e amável.
Depois de me ter inscrito, pago e esperado um pouco (10 minutos, não mais) na sala de espera, fui chamado por uma funcionária (respondi EU!!!), e, enquanto me dirigia para a porta onde estava a funcionária, ela chamou um segundo paciente, a que vou chamar "Dito Cujo" (eu continuarei a ser "Eu"). Comboiou-nos a ambos até junto a uma porta, informou-nos de que o "nosso médico" estava naquele consultório, indicou-nos uma pessoa que já estava à espera para ser atendida e disse-nos que a seguir a ele entraria Eu e a seguir a mim entraria o Dito Cujo.
Falou directamente para mim e para o Dito Cujo, indicando a mesma ordem com que nos chamara, quando estávamos na sala de espera. Sem margem para equívocos, diria eu.
Entrou a pessoa que estava à espera e, pouco depois, a funcionária voltou a aparecer e, falando para mim e para o Dito Cujo, repetiu a ordem de entrada: primeiro Eu, a seguir o Dito Cujo.
Passado algum tempo, abre-se a porta do consultório e sai o paciente que fora atendido antes de nós. Para meu grande espanto, o Dito Cujo, que estava sentado junto à porta do consultório, agarra nos exames e levanta-se. Eu aproximo-me, nas calmas, e o Dito Cujo avança que nem um leão para a porta do consultório, sem olhar para o lado, é recebido pelo médico com um aperto de mão e entram os dois. Ou melhor, começam a entrar...
Claro que não me fiquei. Disse qualquer coisa como "Um momento, estou primeiro que esse senhor".
O Dito Cujo parou no limiar do consultório, o médico foi à secretária, pegou no processo que estava por cima e disse: o sr José Correia, se faz favor.
O Dito Cujo não se deu por achado, limitou-se a dar um passo atrás, mas ficou especado a um metro da porta. Passei por ele, disse qualquer coisa como "É preciso ter lata!" e lá fui entrando.
Desgraçadamente não fixei o nome do Dito Cujo, para o chapar aqui. A coisa aconteceu na sexta feira, dia 27/11, cerca das 17h30, na consulta de Urologia da CUF Descobertas e o Dito Cujo não era nenhum velhote decrépito nem tinha ar de estar com um caso urgente, que justificasse a ultrapassagem.
E que justificasse! Nada (a começar por uma educação básica) o dispensaria de se me dirigir e dizer qualquer coisa como "Por isto ou por aquilo, preciso de ser atendido já; não se importa, etc, etc?".
Há pessoas com uma lata, com uma desfaçatez, que me deixam perfeitamente espantado! E disposto a estrilhar na hora...