Ontem alguém estava muito preocupada com a baixa dos preços das casas, que teria sofrido abaixamento até 50%.
Possa ser!
Mas o quadro que reproduzo acima, do Público de hoje, mostra baixas de preços da ordem dos 5 a 6% nos apartamentos (12,2% no Alentejo) e 0,4 a 7,4% nas moradias.
As médias para o continente apontam para quebras nos preços de 1,6% nas moradias e 5,2% nos apartamentos.
Sendo valores médios, é de esperar que possa ter havido algum proprietário com a corda ao pescoço ou um banco a querer apenas cobrir as prestações que ficaram por pagar que tenham vendido apartamentos por preços 50% abaixo dos valores "normais".
Mas em termos médios, estamos muito, muito acima disso.
2 comments:
Não me expliquei bem: não falei só em baixa de preços, falei também em baixa de vendas em termos de fogos vendidos - seria necessário agora pegar nesses dados e descascar a coisa, para se chegar a uma conclusão correcta, porque podem ter sido vendidos mais alguns espaços de alto luxo e muito menos apartamentos (no total, mais € por menos fogos). Consegues chegar a uma conclusão mais sustentada?
Hélas!
Claro! Mas estes valores médios das avaliações nem sequer nos permitem saber se se trata de avaliações de imóveis vendidos ou do total das avaliações, se na média global do continente foi feita alguma ponderação e qual. Não creio que os valores mostrados sejam mais do que o total das avaliações (se bem me lembro será só de imóveis vendidos) sobre o total de imóveis, de cada classe, em cada região.
Se bem que não permita uma apreciação fina, este trabalho sempre nos dá a ideia de que o mercado não está tão desesperado que os valores médios dos imóveis transaccionados tenham vindo por aí abaixo.
Era interessante acompanhar este indicador de outro, talvez mais importante, para perceber o que se passa: a variação homóloga do valor total dos imóveis transaccionados.
Assim, perceberíamos melhor a medida da retracção do mercado.
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