A catraia da foto, Sally al-Sabahi, de 10 aninhos, está a provocar um turbilhão dos diabos no mundo muçulmano. Só visto!
Para os distraídos, aqui vai um esboço da estória: há uns tempos atrás a miúda foi vendida pelo pai para casar com um noivo de 25 anos. O tipo, tocador de tambor, achou que a miúda já estava pronta para a festa e o resultado foi que 3 dias depois de ir para casa do marido/dono a miúda fugiu e foi a tribunal pedir o divórcio, que lhe foi concedido.
A advogada que a defendeu em tribunal já tem mais algumas "clientes" (pro bono, claro) com idades semelhantes à da Sally, todas pretendendo ver os maridos/donos pelas costas.
A sharia considera mulher toda a catraia menstruada e não há meio de se conseguir estabelecer na lei "civil" uma idade mínima para este tipo de actividade. Escusado será dizer que, estando casado e dentro do lar, o marido pode servir-se à discrição que não está a pecar nem a violar a lei. Pelo menos a lei não está a violar...
Esta venda das raparigas também se faz em África, em que o pretendente ajusta com o pai da noiva uma determinada quantia, o alembamento (dinheiro, gado, roupas, bebidas, etc, consoante os produtos da zona e os gostos do vendedor); na Europa, a coisa era um bocado diferente: em vez de se encarar a rapariga como um bem, que podia (e devia...) render alguma coisa ao pai, na Europa, dizia eu, a rapariga era vista como um fardo e o pai tinha que pagar (era o dote) para se ver livre dela. Se não tivesse dote, ninguém lhe pegava e acabava no convento ou no lupanar; as mais felizes lá iam ficando para tias ... cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso (e roda a boneca!!!).
Sobre a Sally, pesquem mais em http://www.yobserver.com/editorials/10013811.html
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Não obstante o título que usei, a verdade é que parece que o mundo muçulmano está a mexer: existir uma advogada que faz frente à tradição e à mesquita é um sinal muito, muito positivo, que merece destaque e apoio!
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