Finalmente, o menino Rui Marques, resolveu criar o seu partido. Para já é um movimento, com características mais integradoras que um verdadeiro partido. Mas lá chegará.
Reparo neste rapaz desde os tempos em que era figura de proa do Forum do Estudante, aí pelos anos 90 do século passado, estava eu na FIL, onde tais foruns decorriam.
Depois andou metido em causas meritórias, foi a bordo do Lusitânia Express largar umas coroas de flores ao largo de Timor e acabou como Alto Comissário para a Emigração (o cargo, se não foi esse, foi qualquer coisa do género).
Agora funda um movimento para mobilizar as políticas da Esperança, sem condenar os políticos profissionais nem os partidos tradicionais. Não! Nessa ele não cai, pois viu bem o que aconteceu ao PRD, afinando por esse diapasão.
Numa entrevista a uma das televisões, foi-lhe perguntado quem apoiava, dentre os políticos envolvidos nas eleições espanhola e americana.
Sobre os espanholitos, nem Rajoi, nem Sapateiro - nenhum representa a política da Esperança.
Entre os camones, não tem nada que saber: Obama é o seu homem, aquele que corporiza a política da Esperança.
Bem, para quem não o conhecia, estamos conversados; para quem conhecia a peça, no surprise: de facto, com o percurso do menino Rui estava na cara que ia escolher o mulatinho. Além de ser politicamente correcto, Obama nunca nos disse como pretende levar a cabo as múltiplas revoluções que promete, que mudarão tudo, pelo que resta aos crentes ter Esperança em que ele consiga navegar nas águas turvas de Washington e encontrar o caminho para atingir os meritórios objectivos que indica serem os seus. Se for eleito, claro...
Ora, indicar objectivos nobres e mobilizadores é a coisa mais fácil em política.
Difícil é atingi-los.
2 comments:
Realmente, não se pode falar de Barak Obama sem aparecer logo o racismo, mesmo que velado, como é este caso.
Que vergonha!
Dizer mal é muito fácil. Rui Marques tem o mérito de avançar com ideias novas, motivadoras de um público jovem, ansioso por participar na mudança das mentalidades caducas de que os políticos tradicionais não abdicam. A resistência à mudança é um sintoma dos dinossauros desta vida e desta terra.
Este blogue é um exemplo da inércia e do espírito de acomodação e reaccionarismo.
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