O massacre perpetrado pelo estudante na Virginia Tech merece-me três pequenas notas, melhor, duas pequenas e uma grande nota:
- quantos mais massacres terão que ocorrer até que os States instituam um controlo apertado sobre a venda e posse de armas de fogo? Ainda me lembro do Charlton Heston, decrépito e julgando-se a representar o papel de um cow boy do século XIX, a perorar sobre o direito de posse de arma de fogo, que os americanos têm e devem continuar a ter, para se defenderem. Imagino que a polícia é um complemento (dispensável?) desse esquema individual de defesa...
- o rapazinho, coitadinho, tímidinho, solitariozinho, doentinho, etc, etc, mata 32 pessoas e dita para a câmara que quem teve a culpa foram ... os outros! Nem a responsabilidade do que fez ele assume, o grandecíssimo ... doentinho!
- quando o assassino apareceu à porta de uma sala de aulas, o professor, de 75 anos, sobrevivente do holocausto, fez-lhe frente, acabou por ser morto, mas o seu sacrifício permitiu a grande parte dos alunos saltarem pelas janelas e salvarem as vidas. Isto, sim, é um HERÓI!
5 comments:
tu és tão aberto, tão aberto, tão democrático que quase ficas com a coluna dividida em duas (ou sem ela!) É! e nem percebo porque é que uns podem negar o nazismo (nem que seja só para chatear)e os rapazes são apelidados de skins piolhosos: mas não são (também!) eles quem nega...ah! eles defendem a existência como coisa a repetir?! E porque não pode cada cidadão ter uma armazita (ou duas ou um arsenal?!) em nome da liberdade?! Então e não há contradição entre o conteúdo do post "As ideias que não se apagam" e do "Os ideias rapadas, skins piolhosos"?!!! mas então não são as ideias ( e as gentes) defendidas no cartaz, contra os pretos (e outros, brancos e não brancos)as mesmas que levam, e à mínima (digo eu!) sovarem até à morte um Alcino mais ou menos preto ou travesti ou sei lá eu que de exemplos?!
e tu achas que todos têm o direito...que o estado não deve proibir?!
convém que és um tanto que mais não seja escorregadio e duvidoso.
O seilá confunde liberdade com impunidade. Proibir que a estupidez se manifeste é contribuir para o seu crescimento. Nos Estados Unidos, o partido nazi é legal, assim como é legal a negação do holocausto, e no entanto, não passam de meia dúzia de bardamerdas.
Na Áustria, a pena de prisão pela negação do holocausto (pode ser apenas a negação da existência de câmaras de gás e a confirmação de tudo o resto) vai até 10 anos, e os grupos neonazis pululam a olhos vistos.
A proibição não resulta nem é pedagógica.
Em relação às armas...já temos os patetas conservadores a dizer que a culpa foi da Universidade que proibiu a existência de armas dentro do campus. É triste. Parece que as armas, que são a causa da insegurança, são também a solução para a insegurança.
laro que há por aí muito melhor, mas este ocasional, vedm mesmo a calhar e é um mimo!aqui
enganei-me aqui!
Confesso que não estou com grande pachorra para altos debates, mas não vejo qual é o teu drama.
Uma coisa (para o je) é ter ideias esconsas e defendê-las publicamente, às claras, inclusivé em associações, partidos, etc. Outra - completamente diferente, para mim - é passar as ideias da minha cabeça ou dos meus livros para a prática, actuando sobre os outros.
Eu exemplifico: não me choca puto que os rapazes do PNR defendam ideias racistas e xenófobas e acho que devem ter liberdade de as ter e defender. Mas, quanto a saírem dos seus debates (ou sessões de copos) e irem à cata de pretos ou/e panilas, aí estão a pisar o risco e soltem-lhes a polícia aos artelhos!
Já me devias conhecer o suficiente para perceber que o facto de não gostar dos nazis e de lhes chamar skins piolhosos não me obriga a achar que não têm o direito à vida. E que o facto de achar absolutamente condenáveis as perseguições aos judeus, em particular o holocausto, não me obriga a simpatizar com a comunidade judaica nem a achar que "os judeus" como grupo não tiram partido do que sucedeu aos seus pais de uma forma absolutamente repugnate e hipócrita.
Quanto ao controlo da posse de armas de fogo parece-me evidente que é uma necessidade básica da sociedade (nossa, que se quer pacífica), das poucas situações em que me parece que os camones estão atrás da velha óropa.
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