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Como é que raio um tipo pode ser o "fundador" de um clube de "pensadores" e recusar-se a pensar, a aprender, não se interessar por perceber?!
Tal como dizia o Abraão Zacut do Stau Monteiro, também eu digo que agora sei que é possível: o grunho que a fotografia mostra, um tal Joaquim Jorge, fica psicologicamente (mentalmente?) bloqueado quando o Acordo Ortográfico vem à baila (à colação para ser mais "fino").
O homem está fora de si porque os brasileiros nos estão a colonizar e os angolanos vêm aí, caraças! O bom do Jaquim se calhar deu-se muito bem quando éramos nós a colonizar (colonizar mesmo!) mas agora enche-se de brios patrióticos quando lhe querem fazer pequenas alterações à língua que é algo (diz ele) de inegociável.
Nma coisa, contudo, o Jaquim tem razão: ele diz "Vou escrever sempre como aprendi e me ensinaram".
Passe a indigência mental de um tipo que é incapaz (não quer!) de aprender coisas diferentes, coisas novas, ele só se esquece que todos nós não só escrevemos mas falamos como aprendemos em pequeninos (com uns retoques na escola, na universidade e na vida) e não como a gramática ensina, ou seja:
Nós abrimos o E em espectáculo não por causa do C antes do T, mas porque aprendemos a falar assim em pequeninos. Claro que mais tarde, na escola, e mais tarde ainda, na universidade, vamos "perceber" por que é que as palavras se devem pronunciar assim e não assado, mas se aprendemos "assado", muitos de nós continuamos a dizer "assado" não obstante a escola nos dizer que a palavra se deve pronunciar "assim".
Lembrem-se só do hádem que muito boa gente usa porque aprendeu assim e, muitas vezes, o hádem resiste à escola e à universidade - o Jorge Coelho está longe, muito longe de ser caso único.
Moral da estória (*):
Não se assustem os que pensam que espectáculo vai passar a espetáculo (com E fechado, como quem espeta) só porque o C mudo cai. Não, Jaquim, não!
Espetáculo continuará a ser dito com E aberto desde que as criancinhas continuem a ser ensinadas a dizer assim. Como o são no Brasil.
Qual é o galho, cara?!
(*) ai que horror, dirá o Jaquim: estória, como escrevem os neocolonialistas brasileiros, que horror!!!