Não me canso de dizer que em Portugal temos uma situação perfeitamente anómala no espectro partidário, que é a existência de um partido comunista, ortodoxo e stalinista, em pleno século XXI.
Tem um peso eleitoral considerável, da ordem dos 10% que, em certos municípios do sul do País, chega mesmo a constituir a principal força política da região.
Para além do PCP, existe ainda um partido de extrema esquerda, o Bloco de (Extrema) Esquerda, com peso eleitoral semelhante, ou seja, quase 20% do eleitorado é comunista!
Isto, quando na Europa, depois da implosão da URSS e da queda do muro de Berlim, a generalidade dos partidos comunistas fizeram um esforço de actualizar a cartilha sem, com isso, terem evitado perder acentuadamente peso eleitoral ficando, muitos deles, com posições meramente residuais.
Cá, não.
Vejam a pérola que retirei do Facebook, representativa do "pensamento" comunista que embebe os murais de muitos kamaradas que falam em uníssono afinado a favor dos seus "ideais" e zurzem ainda mais afinados e raivosos nos infiéis que ousam escrever diferente.
Um exemplo do stalinismo desta gente, um louvor a Staline como não se via na URSS desde, pelo menos, o XX Congresso (o tal em que Krutchev denuncioou os crimes do Paizinho dos Povos):
"...no tempo de Staline, o homem que mais projectos fascistas para a Humanidade venceu, até hoje, nenhuma democracia ocidental era mais democrática do que a URSS, porque ele fez de uma terra de escravos uma terra de gente digna e culta ao ponto de obter índices de desenvolvimento económico, social e humano nunca antes vistos. Aqui andava-se de carroça quando operários e camponeses russos desfrutavam das artes, da cultura, do desporto, de férias, 8 horas diárias, não havia desemprego, tinham tempo e direitos que nunca a maioria do povo português teve, e sem esses direitos sociais consagrados na prática, nenhuma sociedade pode ser considerada livre e muito menos democrática..."
Espantoso!