Monday, May 24, 2010

BP = BRITISH POLLUTERS?

A tragédia que se desenrola no golfo do México trouxe-nos de forma violenta a consciência de uma realidade espantosa (para mim, pelo menos):

a incapacidade da indústria petrolífera em lidar com um acidente que não parece ser nada de inimaginável.

Com décadas de perfuração e exploração de poços no offshore do mar do Norte (muito mais tempestuoso que o Golfo d0 México, tufões à parte), a BP não estará na crista da onda do estado da arte da técnica e ciência da prospecção e exploração de petróleo? Ou o estado da arte não tem mesmo resposta para este problema?!

Realmente, ou por uma tempestade ou explosão ou ... etc, etc, etc, o que aconteceu parece ser um dos acidentes de ocorrência provável: a rotura do tubo entre a cabeça do poço (no fundo do mar) e a torre onde ele termina e onde se controla o fluxo para os petroleiros.

Será que nunca aconteceu? Será que foi a própria cabeça do poço que se escafedeu?

Sejam quais forem os pormenores da ocorrência e as causas, fico espantado por, ao fim de semanas, o derrame continuar sem perspectivas realistas de quando se fará o tamponamento do poço.

Claro que para os patetas da Greenpeace tudo se resume ao culpado a quem apontar o dedo: a BP, apresentada como British Polluters.

Será que as outras petrolíferas (para não falar nos pitorescos ambientalistas...) não têm know how para resolver a tragédia?!

Será que andamos há décadas a explorar petróleo no mar sem termos meios para fechar a torneira se o tubo se romper?!

Estranhos tempos os nossos...

Sunday, May 23, 2010

AFINAL OS JACARANDÁS FLORIDOS!

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Ao cimo da Barata Salgueiro e da Rosa Araújo (próximo do ACP e do hotel Altis) os jacarandás continuavam floridos.

Uma árvore ao cimo da Barata Salgueiro (foto ao lado), era um espanto, com a copa quase totalmente tomada pelas florinhas azuladas.

CANDEEIRO TORTO - O DESENRASCA DO PORTUGA...

Há umas semanas, ao descer pela milésima vez da Padre Cruz para Telheiras, fazendo o loop que passa por baixo da Padre Cruz, junto às bombas da BP, reparei pelo rabo do olho em qualquer coisa esquisita com um candeeiro.

Da vez seguinte olhei com mais atenção e ficou logo ali decidido que tinha que voltar lá armado de máquina fotográfica (ou telemóvel, que faz o mesmo efeito) para registar a maravilha:

Os camaradas trabalhadores espetaram um poste de candeeiro juntinho ao soco da fachada (se calhar ainda em tosco), sem contarem com o revestimento da dita nem com a "expressão" do candeeiro a instalar no cimo do poste.

Se fosse um daqueles candeeiros proleta com um braço em balanço, a coisa dava, mas com um candeeiro todo design, para dar dignidade aos arranjos exteriores de tão nobre urbanização, nada feito...

Resultado, o poste teve que ser forçado para fora, se modo a poder montar-se o candeeiro. Ganda desenrascanço!!!

E ontem lá me lembrei e parei ali por perto para registar o fenómeno.

Se isto fosse um bairro da lata ou, vá lá, um bairro social, a coisa passava sem grande espanto.

Afinal, em urbanização roskoff não se justificaria gastar dinheiro para reposicionar o candeeiro: ficou assim, encostadinho à fachada, funciona, não mexe mais!

Mas numa urbanização com tiques do finaço (ou fininho, pelo menos) junto ao novo estádio de Alvalade?!

Não pode ser!

Thursday, May 20, 2010

LIDAR COM MULHERES: NA MOUCHE!!!!

Joseph Conrad (quem leu Heart of darkness?) acerta na mouche.

Não espanta, por isso, que algumas mulheres se confundam e prefiram lidar com outras mulheres. Facilita-lhes a vida e agora ate podem juntar os trapinhos...

ARROGÂNCIA DIPLOMÁTICA AMERICANA

Esta citação (Público da semana passada) de um tal Curtis Roosevelt, neto do Presidente americano FDR, tem muito que se lhe diga e é perfeitamente actual e não se aplica só aos States.

Aplica-se igualmente à generalidade de nós outros, e grupos de pessoas, nomeadamente partidos e clubes de futebol:

A PRESUNÇÃO DE QUE NÓS FAZEMOS MELHOR, QUE A NOSSA VIA É MELHOR, É UMA EXPRESSÃO MUITO PAROQUIAL DE PESSOAS QUE NUNCA ESTIVERAM EXPOSTAS A OUTRAS CULTURAS.

Certíssimo!

Por esta amostra, bora comprar o livro de memórias que ele escreveu, a rondar os 71 anos, Growing up in the White House .

BURCA PROIBIDA EM FRANÇA - ALELUIA!!!!!!!!

Depois de muito debate, muitos avanços e recuos, muita contestação pela malta de esquerda, muito amigos das mulheres e apoiantes dos seus direitos, mas baqueando cobardemente sempre que se trata de peitar os mouros, depois de muito disso, a França proibiu o uso de burca em público.

Mais, as multas são claramente indicadoras do que está em causa:

- a portadora de burca poderá pagar até € 150,00 (salvo erro);

- o pai, marido, irmão, senhor ou mullah, que a obriga a usar aquela farpela pode pagar até 100 vezes mais (€ 15.000,00) e ir para a choça até um ano se o juiz achar que a sua acção é particularmente "meritória".

Claro que não se fez esperar a reacção das odaliscas que voluntariamente, usam a burca como uma espécie de distintivo cultural.

Vieram a público reivindicar o direito ao uso da burca, que o Governo de direita da França quer cercear.

  • ... capuchinha, capuchinha
  • basta de tanto esconder
  • deixa ver essa carinha,
  • que o que é bom é para se ver...

Isto era de uma daquelas canções dos anos 50, que vem mesmo a propósito. Quem se lembra?

Pobres diabos (há feminino para diabo?)...

Vejam lá mais abaixo como é que os mullahs acham que a mulher fica se lhe descobrirem a cara, só a cara...

Os mullahs levam muito a sério a cançãozinha que os infiéis cantavam lá para meados do século passado e receiam que o que os infiéis franceses querem é que elas mostrem o que é bom...

E como o Sarkozi é um grande maroto, talvez o receio dos mullahs se justifique e a imposição às odaliscas de vistosas burcas seja mesmo só para protecção delas.

Será?

Tuesday, May 18, 2010

ESTA TARDE NO IC 19

Esta tarde, pouco passaria das 3, o IC 19 estava meio entupido com o acidente do carro que se vê na foto - aparentemente terá feito tudo sozinho.

Como vêem, eu sou dos que abrandam para ver e, sempre que possível e interessante, abrandam ainda mais para fotografar.

Malditos mirones!!!

Sunday, May 16, 2010

OS JACARANDÁS E ANTÓNIO BARRETO

Como vem sendo habitual, António Barreto avisou-nos hoje de que os jacarandás floriram!

Este aviso periódico mas persistente fez-me, há muitos anos, reparar nos jacarandás que há por essa Lisboa, a começar pelos que existem algures entre o Rato e o Parque Mayer, pela rua do Salitre abaixo. Seriam, provavelmente, os mais próximos dos meus trajectos habituais.

Antes dele me ter chamado a atenção para a árvore, o jacarandá era apenas um bocado da letra de um sambinha:

meu limão,

meu limoeiro,

meu pé de jacarandá...

Claro que a letra de que eu me lembro, quando em miúdo ouvia a canção, era qualquer coisa como:

meu limão,

meu limoeiro,

meu pé que já quer andá...

De modo que só muito mais tarde, talvez perto dos vinte e picos o jacarandá apareceu como árvore com a mesma dignidade, direitos e presença física identificável como a mangueira, a noxeira, o loengueiro, a nespereira e por aí fora.

Esta manhã, depois de ler a nota informativa do António Barreto, feita carta à Directora, fui dar uma volta para ver os jacarandás em flor fui directo à rua que passa por cima do ACP e intersecta a rua do Salitre num largueto onde existem (existiam) uns três ou quatro jacarandás.

Primeira desilusão: obras por trás de um taipal (foto ao lado), um único jacarandá (será que não havia mais?! acho que havia) de cujos ramitos nus de folhas, nem uma manchazinha azul se destacava.

Zarpei, então, para a D. Carlos I, da Assembleia Nacional para o Xafarix, passando pelo RSB.

Aí, o esperado esplendor azulado só mesmo o do céu que não deixava margem, por contraste, para os raquíticos ramos floridos dos jacarandás se destacarem.

Alguns estavam ainda bem compostos, mas a grande maioria apresentava apenas ramos nus em que o cinza acastanhado era a cor dominante.

De longe em longe, um jacarandá florido rompia a monotonia do cinzento.

Olhando para o chão, deu para perceber. A floração terá ocorrido ontem ou anteontem (durante a semana passada, segundo Antº Barreto) e hoje grande parte das flores tinha já caído ao chão.

Mas, mesmo assim, algumas árvores eram um espectáculo!

Desci a D. Carlos I, virei à direita contornando o novo (enfim, já com uns bons 5 ou 6 anos) parque de estacionamento subterrâneio e entrei no largo Ribeiro Santos.

Da mancha verde do jardim nem um borrãozito de azul se destacava.

Mais à frente, já depois do decrépito Cinearte, lá apareceu um jacarandá juvenil, do dado esquerdo da rua.

Ao menos esse estava florido e ainda com grande parte das flores persistentemente presas aos ramos.

Ao longo do canal do caminho de ferro e dos eléctricos, no passeio sul da 24 de Julho, de longe em longe, um jacarandá florido.

No Parque Eduardo VII já não tive pachorra para grandes deambulações a pé e limitei-me a mirar tudo lá do alto, junto ao marsapo GT do João Cutileiro e à bandeira horrosa de grande do Carmona Rodrigues.

O Professor que me perdoe mas o seu a seu dono e oi meu amigo João, sempre atento a estas coisas, telefonou-me a chamar a atenção para o erro de atribuir a mega bandeira ao Pedro Santana Lopes.

Mas de jacarandás floridos, népias!

Moral da estória:

o aviso do Antóno Barreto chegou tarde e as manchas de jacarandás já não são o que eram.

Que chatice!

O BIN LADEN DA INTERNET...

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O Público traz hoje um artigo de duas páginas sobre o cavalheiro cuja foto e citação reproduzo ao lado.

Reproduzo acima a caixa inserta no artigo.

Segundo o Público, enquanto viveu nos EUA, ninguém o ouviu defender a morte dos seus compatriotas (o cavalheiro é americano...). Mas cada suspeito de um novo ataque no País diz ter sido influenciado por ele.

A CIA tem o nome do cavalheiro na lista das pessoas que está autorizada a matar. É o primeiro americano nessa lista (enfim ao que se pensa saber).

Como é possível que as sociedades democráticas não tenham, democraticamente, bem entendido, a vontade e os instrumentos expeditos para correrem com esta gente para fora de países que odeiam mas onde, pelos vistos, gostam de viver, de ter as suas odaliscas de cara tapada e os seus rebentos, futuros lutadores da jihad contra as sociedades que têm por decadentes e infiéis.

Que saudades da guerra fria!

Então, ao menos, sabia-se quem era o adversário, quais as suas razões, os seus objectivos e tinha-se com quem dialogar, com quem negociar. Tinhamos um inimigo civilizado (quem me havia de dizer que ainda havia de considerar civilizado o Grande Pai Staline?!)

Hoje, quem nos olha com ar untuoso e destilando imensa filosofia de um Islão pretensamente misericordioso e humanista (campeão das matemáticas há mil anos...) é o mesmo que na mesquita ou na madrasa prega a jihad contra os infiéis, com todo o cortejo de atentados, assassinatos, violência indiscriminada.

E nós de braços cruzados à espera que os muçulmanos bons vençam os muçulmanos maus...

ESTA CABRA QUER PUBLICIDADE!!!

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Esta putativa pêga diz que foi violada "da pior maneira possível" por Polanski; quatro anos depois "disso" entrou num filme realizado por ele; agora, 26 anos depois "disso", vem acusá-lo.

Esteve 26 anos à espera de vê-lo na mó de baixo?

Precisava de dar um empurrãozinho à sua carreira?

Foi a advogada especializada em estrelas de Hollywood que a desafiou para sacar umas massas ao realizador?

Já agora, ser abusada "da pior maneira possível" é o quê?

Grandecíssima cabra!

Saturday, May 15, 2010

VÉU ISLÂMICO E OUTROS

Será que quando forem proibidos os hijab, burcas e outros trajes indignos de serem usados por pessoas livres (da tirania da padralhada, dos maridos e das mulheres mais velhas - creio que são as piores!) será que os trajes pretos que só deixam ver parte da cara das ciganas velhas não vai ser abrangido pela proibição?

A lógica é a mesma: as miúdas ciganas são tiradas da escola ao "tornarem-se mulheres" e deixam de ter grandes liberdades quando são dadas (ou vendidas) a um homem. Nessa fase da sua vida e até à morte usam roupas pretas e tapam-se da cabeça aos pés.

As mouras tapam-se mais, é certo, mas a lógica da opressão é exactamente a mesma.

Portanto...

QUEIMA DAS FITAS, TRAJES DE PRAXE E PRAXE PROPRIAMENTE DITA

Hoje deparei com o rapaz que a foto mostra, que se dirigia para a alameda da Cidade Universitária, vestido de praxe, numa variante escocesa, com um kilt sumário, sem bolsa na barriga, com calças a sair do kilt, em vez de meias escocesamente decentes...

É a praxe em que se apoiam as comunidades estudantis das várias Universidades para se afirmarem aos olhos do público, com as suas vestes esquisitas, fora de moda, algumas com chapéus ridículos e estranhos.

Confesso que a praxe (ou as praxes) sempre foi coisa que me fez nervoso miudinho.

Desde o liceu de Sá da Bandalheira, único Liceu de Angola que levava a praxe "a sério", copiada do modelo Coimbrão, que a praxe me parece uma coisa estranha, idiota, desnecessária com a única utilidade de permitir que os maus alunos tenham uma área em que possam impor-se e brilhar.

Os desfiles de caloiros com trajes esquisitos, rebocados por carroças de bois sobre os quais se faziam transportar os senhores veteranos, parecia-me um carnaval deslocado e pateta, com a agravante de os caloiros não terem hipóteses de se baldar a tão estranhos rituais. Uma merda!

O meu desagrado agravou-se quando entrou para o Liceu um tipo vindo de fora e, não obstante entrar para o 6º ou 7º ano (o Liceu tinha só sete anos, portanto o sujeito era finalista ou semi finalista), não obstante isso, os figurões da praxe decidiram que ele tinha que ser praxado.

Ora o dito cujo achava que não e, como era bem abonado de carnes, "Touro" era a sua alcunha, durante umas semanas havia porrada quase todos os dias e os caloiros (nós) deliciavam-se porque os veteranos levavam quase sempre no trombilo.

As estórias que um vizinho meu me contava, já em Nova Lisboa, sobre as praxes vigentes no Tchivinguiro, mítica Escola de Regentes Agrícolas, de que se destacavam aspersões com água vacum (mijo de vaca, what else?!), ajuda ao rei velhinho a montar a cavalo, em que o caloiro fazia cadeirinha com as mãos para o rei velhinho apoiar o pé (com uma bota abundantemente embolada em bosta de vaca...), tudo isso não me fez passar a apreciar a praxe, antes pelo...

Na Academia Militar nem é bom falar: fui um dos dois infras (nome dado aos caloiros naquela veneranda instituição) mais praxados do meu ano, mas não me dispensava de responder torto sempre que me começava a chatear o que me valia grandes praxadelas de cambalhotas na parada, mergulhos na vala, corridas intermináveis à volta da parada, coisas que me incomodavam infinitamente menos do que estar a aturar "praxe psicológica" por um mentecapto a discorrer sobre filosofia ou a querer ouvir repetidas vezes a estória do baguinho de milho...

No fim do 2º ano fui a julgamento de praxe e fui condenado a não praxar durante os três primeiros meses do 3º ano, por suspeita de me ter vingado de um antigo praxador (no 2º ano eu era chefinho e ele faltava sem dar cavaco: acabou expulso). A acusação não conseguiu provar as minhas más intenções mas, pelo sim, pelo não, lá fui condenado a uma pena menor (para mim foi nula porque eu não praxava, ou quase).

Ao lado uma foto em que os infras do meu compartimento (espécie de quarto delimitado na camarata) estão caracterizados a preceito para o Natal de 1967. Eu estou mesmo a meio, de barba e bigodes, como S. José.

O menino Jesus está à esquerda, de tronco nu. O Gilinho morreu, anos depois, num acidente aéreo, como piloto da FAP.

De pé, o 2º a contar da nossa direita, a espreitar entre dois reis magos (o Sérgio Correia, tisnado de rei preto, e o Pinto Eliseu), está o Alfredo Correia Assunção que como adjunto do Salgueiro Maia levaria uma chapada do Brigadeiro Junqueira dos Reis, junto ao Terreiro do Paço, na madrugada de 25 de Abril de 74.

MORREU SALDANHA SANCHES UMA REFERENCIA DA MINHA JUVENTUDE

"...ora, de nada serve aumentar o IVA, ou tributar as mais-valias, se o Estado continuar a esbanjar os recursos."

In Expresso de hoje.

Veja o texto completo clicando na imagem acima.

Monday, May 10, 2010

EM BUSCA DO 3º SEGREDO DE FÁTIMA

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Esta noite, ao serão, estávamos a debater a questão do terceiro segredo de Fátima (*) e tive que ir à net para tirar algumas dúvidas que tinha sobre o verdadeiro conteúdo do segredo que a Senhora transmitira a Lúcia.

O segredo, melhor, os três segredos foram passados com pormenores tais que foi um verdadeiro milagre a catraia ter-se lembrado do texto todo e outro milagre ter fixado as palavras "difíceis" que, certamente não entravam no léxico de três pastorinhos.

Na net dei de caras com um filmezinho que é uma verdadeira maravilha. Fiquei a saber que o mundo quase acabou por volta de 2000 a 2001, sou um dos felizardos que se encontram entre o terço da humanidade que não baicou.

E não tinha comigo nem velas santificadas, nem água benta, mas talvez me tenha safo por ter uma água esquisita e velha, num jerrycan para as faltas de água (hábitos trazidos de Luanda...) que, ao que parece, estava magnetizada.

A imagem ao lado, tirada do tal filme brazooka explica as maravilhas que a água magnetizada pode obrar, caso não se tenha tido tempo de ir à igreja mais próxima dar a palmada a uma meia latinha de água benta.

Vejam e pasmem:

O Terceiro segredo de Fátima

. . . . . .

(*) Esclarece-se que o nosso núcleo familiar, cá em casa, é muito dado a estas coisas da devoção e da kultura, sendo habitual, depois do jantar, debatermos temas profundos como, por exemplo, a validade do milagre que beatificou a prima Lúcia (incorrectamente referida como irmã Lúcia: ela era prima dos outros dois pastorinhos e não irmã).

Sunday, May 09, 2010

VIVA A EXPO 98!!!

A EXPO 98 pode ter custado uma porradaria de dinheiro, o investimento público pode não ter sido ainda totalmente recuperado, a EXPO propriamente dita e a subsequente Parque EXPO pode ter dado rios de dinheiro fácil a rebanhos infindos de boys, seniors, filhos e afilhados, clientelas ávidas de tachos e carreiras sempre ascendentes à sombra do partido (geralmente PS e PSD), do padrinho, do "senhor".

Mas, mesmo assim, valeu a pena: nunca se tinha feito em Lisboa uma intervenção urbana tão extensa, tão profunda e tão bem sucedida, pelo menos com as três caracretísticas ao mesmo tempo.

As fotos são fresquinhas, tiradas esta manhã. A de cima, mostra o que 12 anos fizeram das árvorezinhas juvenis e dos arbustos incipientes na alameda dos vulcões de água (vê-se um, ao fundo).

A seguinte mostra uma intervenção actual, encostando um hotel de 20 andares à torre Vasco da Gama a qual, só com o restaurante do Zé Manel Trigo, lá no alto, não conseguia ser viável.

A última, ao lado, mostra uma das faixas de trânsito condicionado que passa entre o pavilhão de Portugal, o pavilhão multiusos e a FIL, do lado do rio, e o Shopping Vasco da Gama e o Casino, do outro lado.

Imaginem o que o Zé Sá Fernandes teria feito se a EXPO não tivesse sido protegida por um sistema de licenciamento blindado que permitiu decisões rápidas e sem recurso única maneira de termos a EXPO pronta a tempo de abrir na data aprazada.

Sem isso, teríamos agora vários processos a chegar ao Supremo, muito provavelmente com derrotas para o detestável advogado, mas a zona oriental de Lisboa teria continuado um estendal imenso de ruínas, fábricas encerradas e lixo.

Mas a salvo dos especuladores (esses malandros!)...

GRANDE RUI RIO!

Leiam, nem que seja em diagonal, o comunicado que Rui Rio tornou público anunciando a sua demissão do cargo de Administrador do Metro do Porto (veja o texto no fim do post; o link estava "esquisito" precisava do meu login e não lhe consegui dar a volta) e percebam por que é que um indivíduo hostilizado pelo F. C. Porto e pela legião de seguidores do seu gorduroso presidente conseguiu conquistar a Câmara Municipal do Porto, destronando Fernando Gomes, um factotum servil e obrigado do F.C. Porto, ser re-eleito por larga margem e manter-se no cargo com taxas de aprovação muito confortáveis.

A honestidade, felizmente, ainda é reconhecida pelas pessoas.

Ficam também (já agora) com uma ideia das razões, em termos gerais, que me levaram a não querer nada com a família Soares, nem com o PS nem com a numerosíssima cáfila que, a coberto de belos ideais de solidariedade, estado social, etc, tomaram de assalto o País e o ordenham por toda a teta e por todo o orifício donde escorra alguma coisa que valha dinheiro.

... e que, é bom não esquecer, levaram o País à situação a que chegou.

Notícia no Jornal de Notícias

Veja este vídeo

E mais este

"COMUNICADO

I)

1 – Nos últimos dias o meu nome apareceu na comunicação social, como alguém que, enquanto administrador da Metro do Porto, tinha recebido salários a que não tinha direito.

2 – A imagem dada para a opinião pública é, mais uma vez, uma imagem de degradação moral e de oportunismo por parte de quem exerce cargos políticos.

3 – É mais uma atitude irresponsável que, objectivamente, visa desprestigiar o poder político em geral e o poder local em particular, atitude para a qual eu não estou disponível.

II)

1 – O exercício do cargo de administrador da Metro do Porto, acarreta um conjunto de responsabilidades que sempre estive pronto a assumir.

2 – Aceitei sempre o valor que, quem de direito, resolveu pagar pelas responsabilidades assumidas pelos administradores não executivos e, pessoalmente, procurei cumprir com toda a dedicação essa função.

3 – Quando, por força da alteração da lei, os autarcas deixaram de ter o terço do seu vencimento base como limite máximo para o total das suas acumulações e, por isso, me passaram a pagar o vencimento na totalidade, tomei a iniciativa de solicitar à Sra. Presidente da Comissão de Fixação de Remunerações da Metro a redução do meu vencimento por, pessoalmente, o considerar excessivo.

4 – A Sra. Presidente - que foi indicada pelo Governo e pertence à IGF - respondeu-me, em papel timbrado da mesma IGF que não lhe parecia razoável fazê-lo, pelo que não me reduzia o vencimento.

5 – Ainda, assim, optei, de moto próprio, por reduzir a minha remuneração e dei instruções à Metro para me processarem apenas o valor correspondente a um terço do meu salário de autarca, tal como acontecia antes da revogação da lei que impunha esse limite.

6 – Quando o Governo (Ministério das Finanças) decidiu que os autarcas passariam a não ter direito a qualquer compensação pelo exercício deste cargo, continuei a desempenhar as mesmas funções e a assumir as responsabilidades inerentes, a título totalmente gratuito.

7 – Quando o mesmo Governo (Ministério das Finanças) entendeu que, por força das responsabilidades que tínhamos de assumir, deveríamos ser obrigados a fazer um seguro, mostrei-me, também, disponível para o absurdo; ou seja, pagar para trabalhar.

III)

1 – Só que, nos últimos dias, o Governo (Ministério das Finanças/IGF) perdeu o sentido do ridículo. Entendeu que tudo isto era pouco e resolveu ordenar a devolução dos salários que o seu próprio representante tinha definido. Não contente com a atitude, resolveu dar disso notícia nos jornais. Para este enxovalho público, é que eu já não estou disponível!

2 - Para que fique muito claro:

» Reduzi substancialmente e de moto próprio, o vencimento, que o representante do Governo me fixou.

» Aceitei a demagogia de ter de trabalhar e assumir responsabilidades totalmente de graça.

» Estive ainda disponível para aceitar o absurdo de ter de pagar para trabalhar.

» Mas não estou disponível para ser enxovalhado por quem não tem sentido de Estado e tudo lhe serve para fazer demagogia e denegrir quem exerce cargos públicos.

3 - Para mim, BASTA e, por isso, irei apresentar a minha demissão de administrador da Metro do Porto.

Aceitei o cargo para trabalhar, inclusive de graça, mas não estou disponível para que ponham publicamente em causa a minha dignidade e a minha honorabilidade. Não me quero confundir com essa gente!

Assumir responsabilidades de graça, ter de pagar para trabalhar, e ainda aparecer aos olhos da opinião pública como alguém que não teve um comportamento correcto, ultrapassa os limites da seriedade e da ética.

4 - Não é, aliás, a primeira vez que, no âmbito das funções que exerço no Metro, procuram manchar o meu nome. Mais uma vez, passaram-se os limites e, por isso, resolvi cortar o mal pela raiz. Ninguém me pode exigir que assuma o papel de figurante numa opereta que desacredita a acção política, e degrada ainda mais o regime dito democrático.

Fico, aliás, ainda mais livre, para na minha particular condição de Presidente da Junta Metropolitana, poder continuar a falar sobre o Metro, sem que, de seguida, alguém lance nos jornais mais uma qualquer história a propósito do meu “chorudo” lugar na sua administração, já que é essa a mentalidade dominante.

5 – Enquanto Presidente da Câmara do Porto e da Junta Metropolitana, continuarei a pugnar, por todos os meios ao meu alcance, para que este importante projecto, venha ao encontro das necessidades das populações e potencie o desenvolvimento da Cidade e da Região – mas não tenho que estar permanentemente disponível para continuar a aturar este tipo de episódios em torno do Metro do Porto.

6 - Portugal só poderá aspirar a ser um regime verdadeiramente democrático quando os portugueses confiarem nos políticos que os representam. Atitudes baixas como esta a que agora assistimos, não contribuem para a dignificação do serviço público, e só ajudam a descredibilizar ainda mais a pequenina classe política que vamos tendo.

Porto, 29 de Abril de 2010

Rui Rio "

Saturday, May 08, 2010

LEGALIZAR A PROSTITUIÇÃO - UM IMPERATIVO MORAL

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No passado 1º de Maio houve no Porto uma manifestação pela legalização da prostituição, para que passe a ser considerada um profissão como as demais, com direitos e devers (incluindo pagamento de impostos).

Uma reivindicação que o BE (é bloco, é esquerda, é bloco de esquerda!!!) tarda a apoiar, distraído com os magnos problemas de gays e lésbicas.

Leiam o texto ao lado, tirado da Visão.

A presente situação, por muita verborreia moralista que os bem pensantes destilem, só serve aos chulos, aos proxenetas, aos traficantes de "carne branca".

Trazer esta actividade da economia informal para a economia real, além de contribuir para proteger os profissionais do sexo (prostitutas e prostitutos) traria para o erário público muitos e bem vindos milhões em IRS.

Desgraçadamente os nossos moralistas preferem pagar a proxenetas e a madames (tudo na maior discrição...) a reconhecer que o que procuram é um serviço profissional legítimo.

Uma espécie de massagem, digo eu...

VIVAM AS GAJAS NA IGREJA!!!!!

A Papisa Joana ia encher o Terreiro do Paço de gajos em vez das decrepitas beatas e dos "jovens" virginais e castos.
Mas tocou-nos o Bentinho...
Porca miséria!

A vidinha corre mal ao Ze Sa Fernandes...

Parece estar, finalmente, a chegar ao fim a perseguição descabeleda que o psicótico Ze tem movido a tudo o fosse restaurar a cidade velha, em particular o chulezento e arruinado Parque Mayer e a suburbana e terceiro-mundista Feira Popular.
Ze Sa Fernandes tem perdido em toda a linha, ate na questão da tentativa de suborno que o Tribunal diz que houve, sim senhor, mas que nao valeu.
Claro que o Zé ganhou em toda a linha numa coisa: o Parque Mayer e a Feira Popular continuam paradas, dois campos de lixo, ruínas e entulho como monumentos em memória do estadista medíocre e cidadão merdoso e hipócrita que ele é.

Friday, May 07, 2010

Mais uma lapidar de Oscar Wilde

Este tipo, decididamente enche-me as medidas.

E esta citação nem é do melhor que ele tem...

AS SEQUELAS DO APARTHEID - E DO COLONIALISMO

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A Alexandra Lucas Coelho escreve na P2 (Público de hoje), a pretexto da memória da activista anti-apartheid Helen Suzman, um texto que nos conduz à reflexão sobre as sequelas do apartheid que marcaram gerações.

O mesmo pode, e deve, dizer-se das sequelas do colonialismo que marcaram de forma indelével gerações de africanos e europeus.

E, não obstante isso, ouvimos pessoas bem formadas (?) comentarem com todo o à vontade:

"Eles" já são independentes há trinta anos e ainda dizem que a culpa é do colono por se governaram tão mal?!

Como se as sequelas de centenas de anos de desqualificação, de secundarização, de servidão, de escravidão, não marcassem as pessoas muito, mas muito para lá das datas das independências...

Thursday, May 06, 2010

TRIBUTO AO QUE SE TEM, OU O DISCURSO DO CONTENTINHO

Acontece-me algumas vezes olhar para o que não tenho e sentir que fiquei muito aquem do que aspirava em rapaz.

Olho muitas vezes para moradias nos suplementos do Imobiliário do Público e do Expresso e fico a magicar no bom que seria ter uma casa como aquela (enfim, seria sempre diferente, em todas elas encontro alterações e melhorias a introduzir "se fosse minha").

O estado de infelicidade que essas elucubrações acarretam é, felizmente, de curta duração.

Não tenho dúvidas de que, se estivesse instalado na tal moradia, com uma situação económica compatível que a suportasse, olharia com alguma mágoa e frustração para a mansão que fulano de tal (o Patiño, por exemplo...) construíu e, se a tivesse, seguramente olharia para as mansões de Hollywood, das ilhas dos parlapatões gregos ou do patrão da Microsoft com igual angústia e apetite...

See what I mean?

A foto acima não faz justiça à mais recente mansão do Bill Gates...

É muito mais reconfortante (pelo menos quando já se passou há jmuito dos 30's) perceber que such is life e que, se nos ficámos num determinado estágio de conforto acima do qual será pouco provável que ascendamos, estamos bastante melhor do que se tivessemos dívidas a honrar, se tivessemos que contar os tostões para comprar um plasma (ou esperar pelo fim do mês, ou pelo 13º mês, ou ter que comprá-lo a prestações), se precisássemos de imaginar como arranjar uma casa mais em conta, com a família a crescer.

Estaríamos muito pior se tivessemos que fazer ginástica mensal para manter os filhos na Universidade, se tivéssemos que viver nos subúrbios e perder hooooooras todos os dias para ir e vir para o trabalho que, por sua vez, já é uma felicidade ter.

E fico-me por aqui.

Nem vale a pena levar a comparação até África ou América Central e do Sul onde milhões de famílias se sentem confortáveis e venturosas por terem um tecto sobre a cabeça, a barriga consolada, os filhos na escola e trabalho enquanto a idade e a doença não os "apanhar"...

É bom aspirar sempre a mais e melhor, esse é, afinal, o motor da evolução do Homem.

Não vejo mesmo grande problema em colocar-se a fasquia um bocado alta pelo menos no início da "corrida". Mas é essencial perceber que, pelas mais diversas razões, incluindo erros nossos na gestão da nossa "corrida", incluindo a curteza da duração da mesma, a nossa "riqueza" vai necessariamente estagnar num ponto acima do qual ainda haveria muito a aspirar.

Até para o Dias Loureiro ("Pai, estou Ministro, iuipiiiiiii!!!!") o Céu está muito, muito acima da sua cabeça.

É uma situação de potencial frustração e depressão que é preciso gerir, com os pés bem assentes na terra.

Se possível, nossa...