Thursday, July 30, 2009

UMA VOLTA POR LISBOA

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Um destes dias, depois de comer o meu almoço de frutas à secretária, que isto da elegância tem os seus quês e porquês, resolvi dar uma volta pela baixa.

Desta vez, cheguei lá, carago!

A última vez que tinha tentado lá ir, numa esplendorosa manhã de domingo, estava a chegar à estação do Cais do Sodré quando recebi uma chamada (não sabia, até então, que no Metro havia rede de telemóvel!) que me fez voltar para trás, sem meter o nariz fora dos túneis, ir a correr para casa fazer um statement e despachá-lo ASAP para o outro lado do Atlântico ou do Mediterrâneo, não me lembro agora para onde foi.

Posto isto, a Praça da Figueira continua a arruinar-se, à espera que os donos dos prédios morram e os herdeiros os vendam por tuta e meia - não se pode fazer nada neles, pelo que não valem um traque mal dado!

Só os pisos térreos estão ocupados, com comércio, e aí as obras lá vão sendo admitidas.

Mesmo assim, há zonas em que os próprios pisos térreos apresentam claros vestígios de aboandono e degradação (amplie as imagens, e vai ver).

Na passagem pelo Marquês, já de volta ao domus laborum, deparamos, ao menos, com uma estátua limpinha, tanto nos bronzes como nas cantarias, um mimo!

E voltei a correr para o Figo Maduro que já me estava a puxar o pé para Campo de Ourique e daí para as esplanadas da Doca de Santo Amaro.

Não há dúvida que a carne é fraca, mais vale não facilitar muito...

O SUBMARINO ATÓMICO INDIANO

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Depois dos 4 submarinos atómicos de Israel (um deles visto a atravessar o canal de Suez escoltado por uma fragata egípcia...) coube a vez à União Indiana anunciar a sua entrada na era dos submarinos atómicos.

Que pena o Pakistão estar ali mesmo ao lado, não é verdade?...

Um cartoonista russo, publicado pela P2 de hoje, viu assim o evento.

FANTÁSTICO!!!

Wednesday, July 29, 2009

TERREIRO DO PAÇO COMO ERA "DANTES"?!

O pessoal está todo (o do costume, pelo menos) excitadíssimo com o projecto para o Terreiro do Paço da autoria de Bruno Soares (o arquitecto que fez, por exemplo, o Centro de Congressos da FIL - Junqueira).

A maior parte da batucada vai no sentido de o autor não ter tido a humildade de se limitar a repor o que era a praça pombalina, sem se meter em riscos, cores e degraus.

Há até um matuto que, partindo desta posição, clama para que se faça a "conclusão do projecto inicial", pespegando cúpulas em cima dos torreões, sem esquecer as bandeirolas esvoaçantes como a que se vê no cocoruto da cúpula do torreão único, nas gravuras pré 1755 do Paço Real.

Bruno Soares, sensatamente, lá foi atenuando cores, eliminando "caminhos", limitando degraus, contemporizando...

Afinal, tanto banzé quando o projecto mexe exclusivamente nos pavimentos. Será que eles existiam na obra inicial, para além do lajedo sob as arcadas?

Na obra inicial (edifícios e monumentos - arco da rua Augusta e estátua do D. José) não se mexe uma vírgula.

Qual é, pois, o sentido de tamanha batucada?!

NÃO HÁ BRONCO MAIS BRONCO?! E O FAZENDA?

O Bloco de (extrema) Esquerda continua apostado em mostrar que é constituído por um grupinho de malta esquisita que, tendo sido de extrema esquerda aos 18 anos (normalito...) continua a sê-lo depois dos 50.

Para disfarçar este pequeno defeito físico, fundiram dois partidos de extrema esquerda num único ao qual fizeram cair o extrema, e ficam, assim, com um ar mais normal: extrème gauche aos 18, gauche aos 50, vá lá, vá lá...

Na realidade, aquelas cabecinhas tontas continuam, agora, tão cheias das ideias do Grande Pai Staline e do seu alter ego Trotsky, como estavam nos seus verdes anos.

Candidato à CML, de que é que se lembrou o rapaz Fazenda?

Simples, simples - já que o Bloco é contra os guetos para pobres, também deverá ser contra os guetos para ricos, e os slogans com que vai mobilizar as amplas massas deverão ser:

- ABAIXO OS CONDOMÍNIOS FECHADOS!

- RICOS, FORA DO GUETO, JÁ!!!!!!! (qu'é p'rà gente ir p'ra lá)

Pasmem, gentes! Se este matuto mandasse, um proprietário de uma quinta não poderia urbanizá-la como tal, mantendo-a como um todo e com o acesso restrito aos seus moradores (não já o caseiro e o morgado, mas os moradores das vivendas e apartamentos lá construídos).

O simplório acha que uma quinta ao ser urbanizada tem que ser devolvida (?) à cidade, integrada na malha urbana, sem outras áreas restritas para além do interior dos fogos!

Presumo que o "miolo" dos quarteirões, aproveitado em exclusivo pelos moradores, com hortas, galinheiros e oficinas, mas também com piscinas, relvados e esplanadas, teriam também que ser "devolvidos" à cidade, "recuperados" das garras aguçadas da propriedade privada.

Bando de CABRÕES!

Estes portadores da diferença "indigência mental e espiritual" nem devem dormir só a matutar no que hão de inventar para nos espetarem com novas restrições à liberdade. Tudo em nome do bem do colectivo, claro...

E quando se metem pelos terrenos pantanosos do planeamento urbano (de que parecem saber imenso...), sai debaixo!

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Este blog é bué da democrático; não sei se o suicídio assistido já é crime (para o assistente) mas, pelo sim, pelo não, aqui lhe deixo um copo de cicuta ou sarna para se coçar sob a forma de convite para aderir ao Bloco.

Se concorda com as "ideias" do Fazenda, não hesite, adira ao Bloco. É fácil, não lhe custa nada: clique AQUI (depois não se queixe...)

Sunday, July 26, 2009

BATISTA BASTOS - OMO SUPER: BRONCO MAIS BRONCO NÃO HÁ

Se não fosse um facto eu considerar o Baptista Bastos um perfeito idiota, esta frase bastaria para o considerar um sério candidato a esse estatuto.

Considero o BB um idiota daquele tipo, comum a muitos esquerdalhos da nossa praça, que estão convencidos de que têm uma imensa superioridade moral sobre nós todos, pelo simples facto de serem de esquerda e ainda por cima terem sido antifascistas (o que quer que isso possa ter sido...).

Este pateta parece achar que hoje há mais homossexuais do que quando ele era menino e moço, tempo em que, segundo ele, os homens gostavam de mulheres (hoje, parece que não...).

O paspalho não percebe (não perceberá, mesmo?) que hoje temos uma sociedade um bom bocado mais livre que no tempo dele e infinitamente mais livre que aquela que servia de modelo à sua pandilha - a Sóvia, se bem me entendem.

Esta maior liberdade permite que hoje as pessoas se sintam mais à vontade para se mostrarem em público de peito feito e cara lavada, pessoas que no tempo do bronco tinham que esconder a sua orientação sexual heterodoxa para evitarem a condenação social, quando não policial (para não falar da dos kamaradas do Partido).

Para idiotas como o Bastos (na foto, disfarçado, sem o lacinho) isso quer dizer que dantes os homens que eram homens matavam a cobra e mostravam o pau enquanto que hoje não gostam de mulheres e quanto a cobras e paus é melhor nem especular...

É de perguntar:

em que raio de mundo vives tu, ó meu bardamerdas?!

Friday, July 24, 2009

OSCAR WILDE

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Parece que a Santa Madre Igreja Católica, Apostólica Romana (ICAR, para ser mais curto) esta na senda da reabilitação do divino Óscar. O seu pasquim, o l'Osservatore Romano dignou-se publicar um artigo sobre o autor do Retrato de Dorian Gray, se calhar recordando-se da sua conversão quase in extremis.

Realmente, o medo da morte é uma chatice!

À ICAR, esta atitude só fica bem: depois de tanto padre e bispo a enrabar criancinhas, e a ICAR a entrar com milhões para proteger os ditos de darem com os costados na cadeia, mal ficaria continuar a crucificar Oscar Wilde apenas pela sua homossexualidade assumida.

Ainda por cima, reduzir Óscar Wilde a uma bichona é muito, muito redutor e só serve para se deixar de aproveitar uma personalidade complexa, sofisticada e muito interessante.

Malta que, agora como no século XIX, não abunda por aí.

Saturday, July 04, 2009

REAGAN, A GUERRA DAS ESTRELAS E A QUEDA DO MURO

Completar-se-ão este ano, em Novembro, 20 anos sobre a queda do Muro de Berlim, construção bizarra erigida em 1961 pelos comunas (Ulbricht na antiga RDA e Krutchev na antiga URSS) para estancar o esvaziamento populacional da RDA a que se vinha assistir desde a ocupação do leste da Alemanha pelo exército vermelho, com milhares e milhares de cidadãos a deixar o leste para procurar a liberdade do lado de cá. Vejam mais aqui .

Não só a liberdade mas também a esperança de um futuro mais desafogado, que do lado de lá, estava mais que visto, para passar da cepa torta só sendo do Partido e, mesmo assim, para valer a pena ficar, só numa posição upa, upa!

Felizmente os nossos filhos já não tiveram que viver num mundo bipolar em que toda a gente tinha que torcer por um ou por outro lado (enfim, com matizes nas franjas extremas de um e do outro).

Depois de uma certa abertura, com o degelo de Krutchev, a URSS entrou numa fase de "normalização" e consolidação com Breznev, em que o Partido mantinha o férreo controlo sobre o país e satélites, mas de uma forma mais discreta e menos sanguinária que nos tempos do Zé Ferreiro. Discreta, note-se, porque o arquipelago de GULAG era um conjunto de locais onde a entrada e saída de notícias era fortemente limitada e o que se escrevia nos jornais, o que se dizia na rádio e o que se mostrava na televisão era tudo fortemente censurado.

A Europa Ocidental e, de um modo geral, os presidentes americanos davam-se por felizes por se ter chegado a um modus vivendi em que se evitava o holocausto nuclear, em que cada bloco respeitava as áreas de influência do outro e se limitavam a conflitos regionais, dirimidos por interpostas potências locais, fora das zonas de influência.

Até que Reagan chegou ao poder e tudo mudou. Reagan veio disposto a acabar com dois males que se arrastavem e cuja cura não se descortinava: o sindroma da derrota no Vietname (agravada pelo sequestro do pessoal da embaixada em Teerão e pela inabilidade do Jimmy Carter) e a guerra fria que se mantinha empatada, com sucessos pontuais esporádicos, de parte a parte.

Leigo em matérias económicas (e não só), mas com muita experiência como político e governante, Reagan apresentou um programa económico (baptizado de reaganomics - veja detalhes aqui) que ele sintetizou em três acções: squeeze, cut and trim.

Os seus detractores apontam o estado da economia, no fim do seus dois mandatos, como prova da sua incompetência. Apertar, cortar e ajustar deram no maior déficit que os States alguma vez tiveram (e numa sequência de deficits anuais) que só a meio do segundo mandato do Clinton viria a ser compensado.

Mas toda esta despesa teve um objectivo que foi plenamente alcançado: levar a URSS à falência, ou fazê-la desistir do braço de ferro a que Reagan a sujeitou.

Tendo crismado a URSS de Império do Mal, Reagan decidiu que os States precisavam de criar um sistema de defesa contra os ICBM (mísseis balísticos intercontinentais) russos que deixasse a América ao abrigo da chantagem nuclear em que se baseava a política de détante durante a guerra fria (e, afinal, ainda hoje).

Para tanto foi lançado o programa de Iniciativa de Defesa Estratégica, crismada imediatamente de Star Wars (veja detalhes aqui) com o qual se pretendia colocar em órbita satélites assassinos, detectores de lançamento de mísseis, espelhos para dirigir contra misseis e satélites inimigos feixes de laser de alta energia, emitidos do chão.

O programa nunca entrou na fase operacional e os poucos testes feitos, dos vários módulos, não foram particularmente bem sucedidos, mas bastou para pôr a nu a indigência da URSS e democracias populares (vulgo satélites) e a sua incapacidade para manter, em simultâneo, programas de melhoria das condições de vida da população e para acompanhar a parada da Guerra das Estrelas americana.

Ora a população soviética estava, naquele tempo, cada vez menos complacente com o baixo nível de vida, e cada vez menos paciente ante as explicações politicamente correctas que o PCUS dava para os sacrifícios que vinha a pedir aos russos desde a revolução dita de Outubro...

Criadas as condições para a implosão da URSS, com o empurrãozinho do Papa Wojitila e do Solidariedade Polaco, a queda do muro, o desmembramento da URSS, a desratização (perdão, a descomunização) da Europa de Leste e a reunificação Alemã foram uma sucessão de pequenos passos que nem 10 anos demoraram.

Por tudo isto, no ano da queda do muro de Berlim duas pessoas devem ser lembradas e deve ser-lhes dado o devido destaque como obreiros incansáveis e eficazes do fim do comunismo:

Ronald Reagan e João Paulo II

PRAXE - O PIAGET FINALMENTE CONDENADO NO SUPREMO

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Depois de muitos anos, o processo interposto pela aluna do 1º ano, Ana Damião, contra o Instituto Piaget, de Macedo de Cavaleiros, foi finalmente julgado pelo Supremo Tribunal de Justiça, que confirmou a sentança da Relação (veja aqui ) e condenou aquele Instituto a pagar trinta e oito mil euros à queixosa.

É pena que os "veteranos" que "praxaram" a "caloira" tenham ficado por punir...

Esperemos que o acórdão do Supremo seja levado a sério pelas escolas deste pobre País e que a opção pela NÃO PRAXE possa ser assumida perlos novos alunos sem que sejam reduzidos ao estatuto de párias, situação actual que os "estatutos" da praxe consagram e as escolas assobiam para o lado. Talvez até concordem.

Este blog orgulha-se de sempre ter tido uma posição firme contra a praga das praxes (vejam aqui e acoli ), veículo de afirmação da ralé das escolas sobre os colegas recém entrados, sob a capa e pretexto de ritual de integração dos novos alunos.

Basta de praxe, basta de MERDA!!!

Friday, July 03, 2009

A ZEZINHA, A SOFIA E A CASA DO CAMPO GRANDE

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Mudar de jornal, de vez em quando, proporciona-nos a leitura de cronistas que, doutra forma, acabariam por nunca nos passar à mão.

Leiam esta bela crónica da Zezinha Nogueira Pinto (DN de hoje) sobre a Sophia de Mello Breyner Andresen (ao lado, uma foto da sua juventude; veja mais sobre a poetisa aqui ) a que nem falta uma chave de ouro emprestada por Fernando Pessoa, "morrer é só não ser visto" ou, alargando-a um pouco mais:

"A morte é a curva da estrada, morrer é só não ser visto"

A propósito, hoje foi dado o nome de Sophia ao miradouro da Graça, numa cerimónia em que participaram António Costa e os cinco filhos da poetisa (e de Francisco Sousa Tavares). Foram descerradas lápides, uma toponímica outra com um poema de Sophia, e um busto da autoria de António Duarte, que data dos anos 50.

Não se esqueçam de passar por lá, já que mais não seja para homenagear uma das boas poetisas da segunda metade do século passado.

MANUEL PINHO EM GRANDE!!!

Manuel Pinho perdeu a cabeça com a bancada do PCP e fez o gesto que a figura mostra, virado para a selecta bancada vermelha.

Veja um pequeno sketch aqui .

. Isto está bonito, está!

RONALD BIGGS, UM BANDIDO IMPENITENTE

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A praga dos assaltantes do combóio correio não há meio de acabar. Merda de bandidos!

Lembram-se do mais mediático deles, o Ronald Biggs ? O bandido que cavou para o Brasil, emprenhou uma caipira e, à pála de ter um filho brasileiro, conseguiu viver lá impunemente, à grande e à francesa, evitando a extradição, durante umas boas duas décadas.

Lembro-me de há um bom par de anos ter regressado a Inglaterra de livre vontade, enfrentando a prisão (inevitável, uma vez que tinha apanhado 30 anos de choça, num julgamento à sua revelia) esperando ser liberto por ser velho e doente - estes cabrões estão sempre a morrer para se verem livres da prisa, depois vivem mais uma porrada de anos!

Agora, ao que parece, toda a gente bem pensante achava que ele ia sair da prisão: valeu o ministro da Justiça que entendeu que, como o tipo nunca mostrou qualquer arrependimento (nem devolveu a massa...) a sociedade nada tinha que lhe perdoar da pena a que o condenara.

Muito bem!

Thursday, July 02, 2009

NÃO HÁ BELA(O) SEM SENÃO...

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O Paulo Varela bem me lixou: atão não é que o gajo me saíu um daqueles rapazinhos que acham que tudo, em particular os sítios "antigos" por onde passaram, devem ficar as is para todo o sempre, para seu gozo pessoal, preservados de pessoas e do inevitável betão?!

Os locais de descanso espiritual, tranquilos, silenciosos e pacatos, com boas praias, deveriam ficar para todo o sempre inexplorados e desertos, prontos para acolher os iluminados, e só eles, que desses locais tivessem conhecimento privilegiado.

Tal como os meninos de olhos redondos de felicidade e pasmo que os papás levam a ver o vale do Sabor (o último vale selvagem de Portugal...) o bom do Paulo Varela dá-nos uma imagem do seu filho André, de lágrimas nos olhos (?!), ante uma praia que ele conheceu deserta e linda, agora horrível com montes de restaurantes, prédios e (horror dos horrores!) pessoas. Pior que pessoas, turistas!

Ó Paulo, com esta é que me lixaste, pá!!!