Ao completarem-se os 20 anos sobre a morte do Zeca Afonso, o "país solidário" agitou-se tentando trazer para a ribalta um cantor que foi muito importante antes do 25 de Abril mas que, depois daquela data, apareceu sempre colado à esquerda mais tresloucada do tipo "amigos do general Otelo", poder popular, UDP's, PUP's, GDUP's, FUP's e quejandos que não são mais (tirando a UDP, claro) que uma névoa difusa que já não sabemos bem o que eram nem quem lá andava - apenas que a ligação ao "general Otelo" era um traço de união.
Passado o 25 de Abril, na vertigem da "revolução", a qualidade da música do Zeca, contariamente ao que sucedeu com, por exemplo, Sérgio Godinho, caíu a pique com temas e letras feitas "a metro", do tipo "vamos todos ajudar o poder popular, vaiiiii" ou "Angola ué! Angola uá! fica de pé com o MPLA" e outros belos poemas quejandos. Uma lástima!
Pois a rapaziada de Grândola lembrou-se agora de fundar um Observatório Internacional das Canções de Protesto! Um quê?!
É preciso comentar?!
Porra!