Candidata à frase mais burra do ano é, sem dúvida (para mim, pelo menos), a frase de um médico (tinha que ser, não?!), o sr dr investigador António Coutinho (quem?! Coutinho quê?! Quem conhece o gajo?!).
Logo apoiado pelos seus pares, com destaque para o bastonário da Ordem dos Médicos, o pateta terá dito qualquer coisa como:
- É preciso garantir que para médico não vão os aldrabões (*), nem os snobes nem os burros.
E continuou a perorar sobre o facto de "agora" o factor de selecção ser só a nota do secundário (**), não explicando como é que pretende garantir que só os tipos com espírito de missão e o "chamamento" acedam a tão especial profissão. Isso, e como vai barrar o acesso aos aldrabões (*), aos snobs (why, man?!) e ... aos burros. A estes últimos seria muito complicado e a distinta profissão arriscava-se a ver o seu campo de recrutamento muito limitado...
Bem, o que me parece de uma arrogância a toda a prova é este bando de totós pensarem (será que pensam mesmo?) que só na sua douta profissão seria interessante evitar a existência de aldrabões, burros e snobes. Então nas outras não há problema em serem exercidas por aldrabões e por burros?! Por snobes, não vejo, francamente, qual é o problema...
Oh sr doutor, enxergue-se, homem!
Maldosamente (?!), pareceu-me descortinar no "pensamento" do "investigador" Coutinho uma certa saudade pelos bons tempos em que havia respeito, havia "educação" e em que, para além das boas notas, era preciso também ser de boas famílias, já que a Universidade não era para qualquer um...
(*) creio que ele não disse aldrabões, mas não me lembro ao certo que outros figurões deveriam ter o caminho barrado ao exercício da medicina, segundo o senhor doutor...
(**) o inteligentíssimo Bastonário terá alvitrado a realização de um exame de admissão, pelo menos a algumas cadeiras, que seria um método mais correcto do que a nota do secundário (entenda-se, a do 12º ano). As entrevistas não são um método a considerar por causa das cunhas a que os senhores doutores seriam vulneráveis (pelos vistos, não é só às prendinhas dos promotores de vendas das farmaceuticas que eles são vulneráveis)