Tuesday, November 29, 2005

A curva do Sucesso

Achei esta muito, muito, boa!

Mesmo para quem já está quase na estação dos 60...

Sunday, November 27, 2005

Obviamente, demito-o!!!

O Jerónimo está todo embalado, ninguém o segura.

Repararam na boca que mandou, como se a sua eleição fosse uma matéria do domínio do real?

"SE FÔR ELEITO, DEMITO O GOVERNO!"

Mai nada! O homem anda completamente no mundo da Lua!

Nem de propósito, no nº 23 do nosso colega "Folha de Couve da Ala Sul", MAC, em editorial, escreve o seguinte:

"O Jerónimo diz, com naturalidade, que se for eleito dissolve o governo.

Francamente, não é o Jerónimo – com toda a simpatia que lhe tenho e é alguma – que me preocupa.

O que me preocupa é este país maluco, onde um candidato à presidência diz, com toda a naturalidade, que se o povo o eleger, dissolverá o governo eleito com maioria absoluta pelo mesmo povo...

Eu sei que é um candidato de franja, que não representa uma quantidade importante de pessoas; mas é mesmo assim um candidato á presidência do País que diz uma coisa destas e é a Imprensa do mesmo país que a publicita...

Entre isto e o anúncio que diz “Enquanto dá um peidinho morre um golfinho” escarrapachado em veículos que circulam na via pública e prospectos distribuídos pelos peões, fica a minha perplexidade:

Estará todo o mundo louco e eu sã, ou é precisamente o contrário?

Hélas!"

P'ra que não digam que não gosto de gatos...

... pelo menos, fora de casa.

A namorada do Zé Sócrates?!

Sem mais comentários, aqui fica em extracto do Inevitável (a foto e o texto a preto) sobre a putativa namoradinha do nosso virtuoso primeiro ministro.

Visite Istambul

A mesquita de Suleiman vista do Bósforo, com a ponte que guarda a entrada do Corno de Ouro à direita

Para quem nunca tinha visitado um país muçulmano, Istambul foi uma surpresa muito, muito agradável.

É verdade que há mesquitas por todo o lado, eriçadas de altifalantes que debitam às seis da matina e às seis da tarde os cânticos a chamar os fiéis, com mais três rezas cantadas entre essas duas, ao nascer e pôr do sol, mas de resto, nem mulheres mascaradas ou burcadas, nem moscas a disputarem-nos o chá (que não é de menta, mas bom e saboroso chá preto), nem bandos de pedintes a chatear o viajante. Mesmo o véu dito islâmico só de longe em longe se vislumbra, vendo-se mulherio com aspecto normalíssimo, inclusive seguranças de pistola à cinta (no aeroporto).

Uma cidade enorme, razoavelmente limpa, com bazares que mais parecem centros comerciais (pelo menos o Grande Bazar e o Bazar das Especiarias), restaurantes para todos os gostos (em geral com preços mais europeus que asiáticos...), comércio a dar com um pau (couros, ouro, roupas, especiarias, quinquilharias), hotéis em conta. Ah! os russos estão por todo o lado (as russas é que dão mais nas vistas...)

Para além disso, a cidade é linda, linda, linda! Nas margens do Bósforo há palacetes e palácios com arquitectura e tamanho muito variados, a lembrar os livros do Corto Maltese e os tempos do Oriente Expresso (de que há agora uma outra versão, quinzenal, salvo erro, partindo de Londres). E não cheguei a atravessar para a cidade antiga, na margem asiática do Bósforo...

Em resumo, vá lá passar uma semanita e tu me diras des nouvelles!

Saturday, November 19, 2005

Professores a 90% (que sucesso!!!)

Foto do Público de 18 NOV 05

Fiquei estarrecido quando ouvi o circunspecto prof Paulo Sucena lamentar que o Ministério aproveitasse a greve e manif dos profs para falar da (falta de) assiduidade dos ditos.

Dizia o prof Sucena, como se fosse um argumento que definitivamente arrumasse a questão, que os professores dão 90% das aulas.

Noventa por cento, PORRA?!!!!

Isso quer dizer que faltam um dia inteiro em cada duas semanas! E isso inclui as baixas? E o apoio à família?

Será que o prof faz alguma ideia do que se passa no mundo real, considerando mundo irreal o universo da função pública, de que o professorado é expoente?!

Mais à frente, na reportagem televisiva, dizia um outro prof que já tinha feito as contas (notável!) e, entre o que trabalha na escola e o que gasta em casa a preparar as aulas, trabalha 40 horas por semana. E dizia isto como se fosse uma grande coisa (se calhar no tal mundo irreal é mesmo uma grande coisa!).

Para concluir, esta madrugada fui ao hospital de Santa Maria, às urgências; fui às 05h30 porque sabia que era uma hora calma, e não teria pela frente horas de bicha. Foi tudo muito rápido e na Oftalmologia, depois de "tocar à campainha e aguardar", fui atendido por uma médica ensonada, genuinamente perplexa por eu ter vindo àquela hora, e não às horas habituais. Acrescentou, com toda a franqueza, que tinham que aproveitar aquelas horas mortas para dormir para aguentarem o resto do turno.

Como diz a minha mais que tudo, "...é só coisas que me arreliam".

Friday, November 18, 2005

Wednesday, November 16, 2005

O verdadeiro Vereador

A foto mostra o fogoso Zé Sá Fernandes em visita ao túnel do Marquês, que ele jurou empatar até à exaustão.

Na foto, o Zé está mudo e quedo ouvindo atento, venerador e obrigado a arenga do seu ídolo, o decrépito Arqº paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, aqui com um certo ar amarrecado. Este homem sabe de tudo, hidráulica, estruturas, geotecnia, sísmica - parece que só não sabe mesmo é de arquitectura...

Percebe-se quem é o verdadeiro Vereador do Bloco de Esquerda, o Vereador Sombra, o alter ego do Empata Obras.

Sunday, November 13, 2005

As mulheres na ICAR (onde?!)

Que me perdoe o Senhor D. José Policarpo, mas este post deveria ser o "Só pode ser dos copos 2".

Realmente, D. Policarpo, a ICAR (esta paga direitos ao Saramago; ICAR = Igreja Católica Apostólica Romana) não é uma igreja em que os homens têm o papel preponderante? Ai não?

Veja o artigo do Correio da manhã AQUI (gentileza da Seila)

Quantas mulheres foram papa? Nenhuma (tirando a mítica papisa Joana...)

Quantas foram cardeais? Nenhuma.

Quantas foram bispos? Nenhuma.

Quantas foram padres? Nenhuma!!!

Ó Cardeal, mais respeito pelas mulheres, pelo menos por aquelas que não percebem por que raio é que não podem ser padres, bispos, cardeais, papas. Será por algo que têm a menos? Ou por algo que têm a mais?

Esta fixação da ICAR, que tem e sempre teve, pelo sexo (ou simplesmente pelo género) sempre me intrigou imenso...

Só pode ser dos copos...

Estas declarações, numa tipa do Bloco de Esquerda, Presidente da Câmara de uma região onde se bebem boas e abundantes pomadas, só podem ter sido mesmo resultado de uma tarde de copos ou de uma noitada bem regada.

Os dois maninhos da fama não se safam!

O Paulo Poderoso e o Hermann, não obstante serem falados quase todos os dias em tribunal, em particular o merdoso, parece que sempre se safam.

Da choça, que da fama já não se livram...

Na Relação, os senhores desembargadores acharam que os putos são uns aldrabões, até parece que... (hum, hum, é melhor fechar a matraca que ainda vou dentro).

Está gordíssimo, o Freitas!!!

Já repararam bem no Prof Freitas? O homem está gordíssimo, parce um texugo, para não dizer pior. Ó Professor, veja lá se começa a fazer um bocado de exercício, carago!

Vá lá, vamos a mexer essas banhas!

Friday, November 11, 2005

Actualização do dicionário

Otário: Indivíduo que defende, com ardor mas sem argumentos, a construção do Aeroporto da Ota.

Wednesday, November 09, 2005

Soares, o anti Salazar (sim, esse mesmo)

O texto é muito comprido, mas o Vasco Graça Moura (DN 9/11/05) excedeu-se. Leiam, mesmo que seja só em diagonal.

"Sem prejuízo de alguma complacência risonha, devem ser tratadas com a indispensável severidade as afirmações de Soares quanto ao seu currículo político, ao seu espírito humanista, ao seu sentido de solidariedade, à sua coerência, aos seus nove livros e às suas referências internacionais.

O seu currículo político encerrou-se por um desastre quando, em 1999, se obstinou em disputar a presidência do Parlamento Europeu e perdeu, sem glória e sem fair play. Desde então foi inócuo e decorativo. Mas já antes estava manchado pela parcialidade com que ele exerceu o seu segundo mandato, num crescendo de obstrução ao Governo.

Só dois casos, entre muitos em 1992, Soares fez fortes pressões sobre a UGT para impedir a concertação social, o que Torres Couto denunciou publicamente; em 1993, quis bloquear o plano de erradicação das barracas em Lisboa e no Porto.

A mesma acrisolada solidariedade humanista com que tentou impedir uma habitação condigna para os mais desfavorecidos, já o tinha também levado a negar a existência de fome em Setúbal, quando era primeiro-ministro e sabia do que ali se passava. Só muito mais tarde veio a reconhecer que as críticas do bispo de Setúbal eram legítimas.

Quanto à coerência estamos conversados depois das suas rábulas sem nome sobre a "ditadura da maioria" e de outras mais recentes, ele, que foi um medíocre primeiro-ministro antes de ter sido um presidente injusto, insinua agora que a chefia de um bom Governo é uma má qualificação para essas funções.

Depois, vem à baila a questão da Cultura.

Enquanto ele cultivava, por puro prazer e com o charme proverbial, os seus amigos escritores e artistas, Cavaco Silva reformava a Comunicação Social (apesar de Soares, o estrénuo paladino das liberdades, ter também boicotado quanto pôde a criação da televisão privada), lançava o Centro Cultural de Belém, a Casa de Serralves, a rede de leitura pública, a Comissão dos Descobrimentos, a reforma do sistema educativo; e também criava, sensível a uma intervenção directa de Luís Francisco Rebelo, um regime de IRS em benefício dos criadores culturais e obtinha em Bruxelas os primeiros fundos para se acorrer à recuperação do património cultural.

Isto para dar só alguns exemplos de preocupações culturais sérias, de intervenções culturais ainda mais sérias e de abertura multidisciplinar e fecunda às questões da cultura.

Acaso o cultivado Soares alguma vez perdeu tempo com estas minudências?

Mas, e os nove livros?

Sem contar as suas cinco obras anteriores, uma delas editada em Nova Iorque e Londres, mais os quatro volumes de intervenções como primeiro-ministro, mais os seus artigos, que puseram levianas governações em estado de choque (coisa que jamais se passou com uma só linha escrita por Soares), o discreto Cavaco Silva escreveu livros bem mais importantes As Reformas da Década (1995); Portugal e a Moeda Única (1997), com significativo prefácio de Jacques Delors; União Económica e Monetária, Funcionamento e Implicações (1999); Crónicas de uma Crise Anunciada (2001); Autobiografia Política (2002) e Autobiografia Política-II (2004). Houve títulos que ultrapassaram os 170 mil exemplares.

Por eles se pode ver o que Cavaco Silva andava a fazer, enquanto Soares patrocinava buzinões e endereçava ditirambos alambicados "à son ami Mitterrand".

Esta figura sinistra, ligada ao Governo de Vichy, patrocinou pelo menos um acto de terrorismo de Estado em que morreu um cidadão português e não hesitou em colocar a máquina do Estado francês ao serviço dos seus interesses estritamente pessoais, incluindo a mais nauseabunda rede de escutas telefónicas aos seus próprios colaboradores, apenas com esse fim.

O autor desta sucessão de patifarias é a grande referência ética, política, internacional e humanista de Soares. Leiam-se os textos que lhe dedica a pp. 205 e seguintes de Intervenções - 10 (1996).

Cavaco Silva, que faz parte do Clube de Madrid para a transição e consolidação democrática e da restrita Global Leading Foundation para aconselhamento político ao mais alto nível dos países com problemas, sempre seria ouvido com o maior respeito no Grupo Billerberg, ou em Davos, ou no G7, ou na OMC, lá, onde Soares hoje só teria lugar "cá fora", num chinfrim protestatário contra tudo e contra todos.

Soares já tinha idade para saber que não é assim que se luta contra um adversário a quem ele devia agradecer a maior parte da visibilidade que teve enquanto foi presidente. "

Sunday, November 06, 2005

O Coelho está em maus lençóis...

O Coelhone veio a público, todo enxofrado, proclamar-se um homem impoluto e absolutamente incorruptível.

Tudo bem. Até pode ser.

Só que, para além disso, proclamou (e o Tótó do Procurador Geral confirmou) que no processo respeitante ao empreiteiro Santo de Cascais não há absolutamente nada contra ele, que não é suspeito de nada.

Porra, estão a fazer de nós parvos ou quê?!

Então um juiz despacha favoravelmente uma devassa à casa de um cidadão (ainda por cima com acesso à comunicação social e a tudo e mais umas botas) sem que haja qualquer suspeita contra ele?! Sem que alguma coisa no processo o relacione com a investigação em curso?!

Seja o jogo de xadrês ou outra coisa qualquer, o juiz ordenou a devassa à casa do Coelhone porque havia indícios bastantes de que nessa casa poderia ser encontrada alguma coisa que fosse esclarecedora para o processo.

Claro que essa coisa poderia não ser do dono da casa e, simplesmente, estar no quarto da criada que andaria enrolada com o Bibi e, nas horas vagas, fazia uns fretes ao empreiteiro Santo.

Será isso? Se calhar...

Thursday, November 03, 2005

Evolução ... invertida

Do Staline ao Sócrates

Esta já se contava na Rússia no tempo do Grande Pai Staline...

Selos de Portugal

Sócrates queria um selo com a sua foto para deixar para a posteridade o seu mandato no Governo deste país que está de tanga. Os selos são criados, impressos e vendidos. O nosso PM fica radiante! Mas em poucos dias ele fica furioso ao ouvir reclamações de que o selo não adere aos envelopes.

O Primeiro-ministro convoca os responsáveis e ordena que investiguem o assunto.

Eles pesquisam as agências dos Correios de todo o país e relatam o problema.O relatório diz:

"Não há nada de errado com a qualidade dos selos.O problema é que o povo está a cuspir no lado errado."